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Acordo tonta e não tenho noção de quanto tempo fiquei desacordada. Me encontro amarrada em uma cadeira, com um pano em minha boca. Rapidamente tento alcançar uma faca que guardo dentro do sapato, mas quando procuro não encontro nada.

-Finalmente acordou, gatinha-uma voz masculina que vinha de trás de mim falou. Eu tentei virar a cabeça para vê-lo, mas ele apareceu em minha frente.
Era um garoto de cabelos pretos e olhos extremamente verdes, muito bonito, parecia ser da minha idade, mas seu rosto não me parecia familiar. Ele se aproximou de mim e puxou o pano que estava em minha boca.

-aqui tem isolamento acústico. Poupe sua voz, e se gritar, eu corto sua garganta no mesmo instante.

-Quem é você? Ou melhor.. O que é você? Um metamorfo? Vampiro? Demônio?

-isso não interessa pra você, amor-ele se aproximou.

-Então o que você quer?

-diversão. Você estava me procurando, eu sei disso.

Eu analizo o lugar onde eu estava. Parecia um porão, mas no andar de cima tocava uma música animada e parecia acontecer uma festa. O lugar onde eu estava não tinha apenas eu, mas outras pessoas que estavam presas ali, todas quase mortas, cansadas e sangrando. Uma delas eu reconheci, era Rose LeBlanc.

-então por que não vem aqui se divertir comigo?

O garoto se aproximou de mim sorrindo maliciosamente. Ele coloca sua mão na parte interna da minha coxa e abre minhas pernas devagar, se abaixando, sem tirar os olhos dos meus. Eu estava com a mesma saia de ontem.

-me diga o que você é, querido, e pode se divertir o quanto quiser.

Ele se aproximou ainda mas e sorriu para mim, mostrando os dentes. As presas pontudas, os olhos ficando vermelhos e veias aparecendo em sua face. Vampiro. Um tremor percorreu minha espinha, e quando ele se aproximou de novo, meu reflexo foi chutar a sua cara.

-SUA VADIA!-ele colocou a mão na mandibula, onde meu chute acertou, e abriu um sorriso amedrontador.

Eu o encarei com ódio no meu olhar.

-a gente poderia ter se divertido, bichinho.

-então me solta para nos divertimos juntos, meu amor.-eu disse, procurando ganhar tempo. Pego um esqueiro que estava no sapato e vou queimando as cordas enquanto distraio o vampiro.

-sabe, gostei de você. Até que vou sentir sua falta quando eu arrancar seu coração, ou será que deveria cortar sua garganta? -ele se aproximava ainda mais, seu hálito quente fazendo cócegas em meu rosto, e aquele sorriso cada vez maior em sua face. quando o vampiro estava a centímetros de meu pescoço, sua respiração já acariciando minha pele e me fazendo estremecer de medo, duas pessoas entraram pela porta do lugar onde eu estava. Uma garota e um cara, que logo eu reconheci: era o bartender da boate.

-Ethan, Está tudo bem por aqui? Essa coisa não está te dando trabalho?-o bartender falou, se aproximando da onde estávamos junto da garota.

-estamos só nos divertindo, Locke. Bichinho, esses são Locke e Athys seja educada e diga oi.

-pra mim você e seu bonde de morceguinhos podem ir tomar no cu.

-controle a língua de sua convidada, Ethan, antes que eu arranque ela-a garota diz, mostrando os dentes para mim. Ela era linda, porém assustadora. Tinha um cabelo liso vermelho-rubi, pele pálida e usava uma sombra preta nos olhos e um vestido da mesma cor com decote nos seios.

-relaxa, eu só tô começando a dar trabalho-eu digo e finalmente consigo me livrar das cordas e sem exitar, jogo a cadeira na cabeça de ethan, que cai pra trás, me dando espaço para alcançar a faca em cima de uma mesinha, mas logo senti alguém voar em meu pescoço.

-VAGABUNDA!-a garota tirou a faca da minha mão e me golpeou duas vezes no meu ombro com cicatriz, eu gritei de dor e meus olhos começaram a marejar, eu puxo a faca de sua mão com toda a força que tenho e mordo o seu braço para ela soltar, a vampira urra de dor e solta a faca, eu rapidamente enfio a lâmina em sua garganta, perfurando e cortando pele e osso, sangue quente voou em meu rosto até eu estar completamente encharcada, minhas mãos cheias de sangue da maldita vampira. A cabeça da garota cai em meus pés. Decapitação, a melhor forma de matar um vampiro.

-NAO! ATHYS! SUA...-o bartender gritou e logo estava correndo em minha direção.

-Locke, deixe esse bichinho comigo. Mate todos que estão aqui em baixo, vamos fazer um massacre em memória de Athys-ele riu e não deu tempo nem de eu tentar fugir, quando ele surge na minha frente, me pressionando contra a parede, as mãos apertando meu pescoço enquanto eu batia com toda a força que me restava, tentando me soltar.

-Acabou, bichinho.-ele bateu a minha cabeça na parede com força.

Eu escuto passos e gritos, e logo a música do andar de cima parou. O silêncio durou segundos, pois Não dá tempo nem de pensar quando Dean e Sam arrombam na porta da frente.

-olha amor, seus amiguinhos chegaram.

Sam correu até onde Locke estava matando todos os sequestrados e sumiu de vista, porém Dean correu até a gente, distraindo Ethan por tempo o suficiente para eu dar uma cotovelada em seu nariz e pegar a faca que tinha caído no chão, mas quando eu ia enfiar no pescoço do desgraçado, ele riu e correu numa velocidade sobrenatural até a porta, desaparecendo de vista.

-filho da puta!

Dean se aproximou.

-Kathy, tá tudo bem!? Você está ferida?

-Vai ficar. Estou com um corte no ombro, mas depois resolvemos. Como me acharam?

-invadimos a cozinha da boate e abrimos uma geladeira repleta de sangue, todos os tipos sanguíneos que possa imaginar, então esperamos até que todos saíssem para seguir um dessas coisas, aí chegamos até aqui.

-otimo, agora vamos sair desse lugar imundo.

Sam voltou pouco tempo depois, acompanhado de mais cinco sobreviventes: três garotas e dois garotos, fico feliz em ver que uma das garotas era Rose.

-eles estavam amarrados, os vampiros estavam coletando o sangue deles aos poucos. Todos estão muito fracos, mas vão sobreviver.

-enquanto ao outro vampiro?-pergunto.

Sam ergue uma cabeça decapitada como resposta e eu sorrio.

Saímos de lá e voltamos para o hotel onde estávamos, eu tomei um banho quente e demorado, tirando aquele sangue grudento de mim

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Saímos de lá e voltamos para o hotel onde estávamos, eu tomei um banho quente e demorado, tirando aquele sangue grudento de mim.

Ao sair, coloco um short de pijama e uma blusa mais larga, sentando na cama do hotel pensativa.

-Rapazes, obrigada. Por salvarem minha pele e por tudo.

-sempre vamos estar aqui pra te salvar pirralha-dean diz e eu abro um sorriso para ele antes de me deitar na cama e me cobrir com os enormes edredons.

O quarto tinha três camas, eu dormia no meio, Dean a minha direita e Sam a minha esquerda.

apago a luz do abajur, mas permaneço de olhos abertos pensando em tudo que havia acontecido, percebo que seria uma longa noite.

Blood On Hands | Sam WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora