10 - A irmã do Guardião

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O caminho ficou cansativo depois de um tempo. Aruna quase pediu que Ragnar a fizesse flutuar de novo. Só pra não precisar sentir os pés doendo dentro dos tênis. Ela olhou para os pés dele calçados em botas. Ele parecia completamente à vontade.

- Seus pés não estão doendo? - ela perguntou. Estava andando lentamente com as costas curvada e os braços caídos ao lado do corpo por conta do cansaço. Estava morrendo de sede e com fome também. Sabia que não deveria ser uma imagem muito agradável, mas não se importou.

- Estou acostumado.

Aruna olhou para além dos troncos das arvores, onde um céu azul brilhava intensamente. Ela sentia como se estivesse ali há horas, mas o sol não tinha sequer se movido. Não parecia nem perto do anoitecer. Estavam caminhando por uma trilha larga com arvores de troncos retorcido formando um arco, onde as folhas amareladas os protegiam dos raios mais agressivos do sol escaldante. Era muito bonito para falar a verdade.

- Estou com sede - falou sentindo a língua pesada dentro da boca

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- Estou com sede - falou sentindo a língua pesada dentro da boca.

- Você só sabe reclamar?

- Não tenho culpa de estar com sede - rebateu.

Ele parou de andar e inclinou a cabeça para o lado. Suas orelhas tremeram um pouco, como as de um cachorrinho que captou algum som.

- Tem um riacho aqui perto. E não estamos longe de casa.

- Você pode ouvir?

- Claro que sim.

Dito isso ele virou à direita e saiu da trilha, entrou no meio das árvores sem olhar para trás para ver se ela o seguia. Aruna teve que correr para acompanhar. Ele tinha pernas longas e mesmo andando alcançava uma distância maior que a dela.

Conforme avançavam, passaram entre árvores onde os pequenos galhos mais baixos ficavam enroscando no casaco de Aruna e em seus cabelos. Logo também ouviu o som da água correndo. Foi como música para os ouvidos.

Quando enfim saiu do meio das árvores, Ragnar já estava agachado na beira da água com as mãos em concha levando a boca. Seus cabelos caiam sobre os ombros, brilhosos e sedosos sob a luz clara.

Mesmo com a sede secando a boca, ela parou para olhar o redor. O lugar era todo em tons de verde com rochas lisas e claras espalhadas no caminho que a água seguia para baixo. A água era cristalina tornando visível o fundo que tinha pedras coloridas que deixou Aruna encantada.

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Akarsana - O Encanto da FlorestaOnde histórias criam vida. Descubra agora