WILLOW - Monkey D Luffy

II

O navio tinha mudado de rota e agora não teria mais volta. A mulher, nos dias que se passaram, tentou fazer com que o chapéu de palha mudasse de ideia mas cada vez que tentava argumentar recebia um "Idai?" ou "Eu que decido quando paro de ajudar". Ele parecia não ter medo de nada nem mesmo se estivesse se envolvendo com homens que com certeza poderiam acabar com sua vida rapidamente e sem piedade.

Como seu tio tentou fazer.

Estava sentada no navio tentando não vomitar com o balançar dele e fazendo de tudo para não olhar o mar a sua volta. Seu estômago estava embrulhado e o café da manhã não parecia mais cair bem – mesmo que o homem loiro, Sanji, tenha feito absolutamente tudo maravilhoso e sempre perguntando se queria mais alguma coisa. Ainda que tremesse, tentou se concentrar na dança peculiar que os companheiros de Luffy faziam.

Não tinha visto o garoto do chapéu de palha desde a noite passada quando tentou fazê-lo mudar de ideia novamente, quanto mais ele falava, mais ela ficava sem saber o que dizer. Isso por que ela tentou fazê-lo mudar de ideia de todos os jeitos diferentes que veio em sua mente.

– Onde fica o banheiro? – Perguntou um pouco mais alto se levantando mas olhou para o lado e aquele mar estava com ondas consideravelmente fortes e logo se sentou – Eu... eu preciso...

Ela iria vomitar. Com toda certeza. O ciborgue explicou e ela tentou decorar as falas engatinhando pelo navio por que nem se a pagassem iria olhar aquele mar novamente. Sentiu raiva pela vergonha que estaria passando e por parecer tão medrosa, mas talvez o fato de tudo ter acontecido tão rápido naquelas semana que se sucederam a tenha deixado com medo o suficiente para não arriscar mais nada.

– Cê tá procurando alguma coisa? – Olhou para cima, para o garoto do chapéu de palha que tinha a cabeça tombada para o lado – Você não é cachorro

– É claro que não sou cachorro seu idiota! – Luffy riu e se ajoelhou ficando na mesma posição que ela só que de frente – Você só pode estar brincando comigo

– Ué, você que tá aí, andando como se fosse um cachorro pelo meu navio e eu que estou brincando?

S/n respirou fundo e se sentou sentindo o navio balançar mais uma vez e o estômago embrulhar. Ela colocou a mão na boca e se apoiou no ombro de Luffy antes de correr e abrir a porta de todos os locais daquele corredor até achar o banheiro e vomitar.

Odiava navegar. Odiava aquele navio e odiava a situação que se meteu.

– Quer ajuda?

– Não

– Eu posso...

– Você já está fazendo demais, fica em silêncio, pelo menos um pouco

Luffy ficou quieto parado na porta do banheiro a vendo vomitar e a mulher não sabia se sentia raiva ou se ficava indignada. Ela molhou a boca lavando e olhou para o garoto que permanecia parado a encarando.

– O que você quer?

– Por que seu tio tentou te matar?

– Eu já disse, ele queria se casar comigo e eu neguei

– Por que ele quer ser rei

– Sim

– E seus pais?

S/n desviou o olhar e ficou em silêncio. Notou que o chapéu de palha a observava como se estivesse estudando mas duvidava muito que estava pensando em alguma coisa.

– No que está pensando?

– Nada

– Nada?

– É, nada