VIII

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S/n se sentia sufocada com aquele vestido e com o peso que estava andando em direção ao local a qual era praticamente empurrada pelos guardas – sem contar a descida e subida de diversas escadas, o que ela imaginou estar indo em direção ao jardim exterior.

A cada empurrada que a mulher levava de um dos guardas, ela sentia Luffy apertar a barriga dela tendo que se segurar um pouco mais para acabar não caindo e ser descoberto. Mas isso não era o problema para Luffy, o problema é que ele estava com raiva o suficiente deles estarem a tratando daquele jeito e não esperava a hora de sair dali e acabar com aquela festa ridícula.

Quando a grande porta para o jardim de trás foi aberta, S/n sentiu o aroma de plantas que a muito significava para ela, mas quando olhou ao redor sentiu calafrios pelo lugar ter uma aparência morta. Não que o lugar não estivesse em devidas condições de um reino mas não tinha mais aquela mágica que acreditava que existia um tempo antes de tudo acontecer.

Como se sua criança interior tivesse morrido.

A esperança e aquele sentimento bom de leveza que se é tirado tão facilmente das pessoas quando se quebra.

Nem todos conseguiam voltar ao normal depois dessa quebra, mas aqueles que conseguissem deveriam ser gratos por ter mais uma chance de aproveitar, não era todo mundo que conseguia.

Mas Luffy parecia já ter passado por isso.

Ele se quebrou, mas conseguiu voltar graças a seus companheiros que não o abandonaram e mesmo não a conhecendo tão bem quanto eles, o capitão não a deixou cair.

Então parte daquele sentimento bom estava voltando, mesmo que não todo de uma vez.

Sentiu o olhar do seu tio queimar em si, a olhando de cima a baixo com a sobrancelha arqueada e fazendo careta.

– Não foi esse que eu escolhi

– Não gostei daquele

– Mas sou eu quem tenho que admirar, você não está...

S/n sorriu sem graça quando ouviu o barulho de resmungo de Luffy como se quisesse protestar, mas ela tossiu para cobrir o som e com o pé deu um chute para trás, acertando a bunda do chapéu de palha.

Luffy tentou olhar para a própria bunda resmungando baixinho.

– Isso foi... você?

– Estou resfriada – Fingiu um espirro agora – O mar não me fez bem

O homem deu de ombros e estendeu a mão para ela. S/n olhou ao redor vendo poucas pessoas, apenas as de confiança de seu tio para testemunhar aquele acontecimento. Ela hesitou antes de pegar na mão dele sentindo ela ser apertada de forma firme, como se fosse para não fugir.

– Adiante

O padre começou a falar e a falar e S/n já nem estava prestando atenção, olhando para o nada e evitando completamente o olhar com o tio. Não conseguia mais o olhar nos olhos, era como se fosse uma repulsa de todas as coisas ruins que ele fez apenas por sua ganância.

S/n sentiu um arrepio pelo corpo quando escutou barulhos vindo do lado de dentro do castelo e desviou o olhar para tentar ver por trás de seu ombro mas seu rosto foi pego pelo seu tio, as bochechas foram apertadas e ela tinha certeza que com aquela força poderia deixar marca.

– Cadê aquele pirata?

– Não sei...– Teve dificuldade para falar e Luffy percebeu olhando para cima fazendo seu vestido atrás se mover um pouco e vendo o nada por conta da montoeira de pano branco – Para, está me machucando

WILLOW - Monkey D LuffyOnde histórias criam vida. Descubra agora