III

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A cada página que passava, o livro ficava mais interessante. Não sabia quais eram os critérios para Nico Robin escolher sua leitura, mas adorou cada segundo do seu dia. Ao menos, ela poderia aproveitar esses momentos de paz sem pensar no dia seguinte que ficavam cada vez mais próximos e logo chegaria o ao seu reino, e ao seu tio.

Por grandes momentos, aqueles livros a faziam fugir da realidade e viver. Uma vida cheia de aventuras que ficariam só em seus sonhos, uma vida que não conseguia sair do papel por mais que ela desejasse isso.

– A senhorita está dormindo aqui? – S/n deu um grito alto quando viu a caveira bem em sua frente, não tinha escutado os passos – Perdão por te assustar novamente, é que eu fiquei pensando se não seria mais confortável uma cama

– É... eu, eu... só estou passando um tempo aqui, as meninas dividiram o quarto comigo

– Oh, certo! Eu até diria que não consigo ver como aqui pode ser mais confortável, mas eu não tenho olhos! Yohohoho

S/n soltou um pequeno sorriso mas logo o escondeu por ainda não ter se acostumado com uma caveira que era tripulante e ainda estava viva – mesmo que o próprio se descrevesse como "Mortinho e puro osso"

– O que você é da tripulação? Todos aqui tem um cargo ao que percebi

– Sou músico, gostaria de cantar uma canção comigo?

– Acho que não sou muito boa nisso

– Ah, não se preocupe, você nunca viu nosso capitão cantar, é de sangrar as orelhas mas eu não tenho orelhas então não posso te dizer como é

Dessa vez, ela gargalhou alto por que o esqueleto ficou tocando do lado do rosto como se estivesse procurando a orelha faltante. Brook era rápido e quando ela piscou ele já tinha ido buscar o violino e estava aquecendo a voz pronto para cantar.

– Posso te ensinar algumas músicas

– Qual o capitão costuma cantar?

– Você não vai querer escutar

– Por que?

– Hm. Hm. – Brook preparou a voz como se fosse imitar Luffy e ele realmente o fez e mesmo assim, o tom dele ficou perfeito – AH, AH, minha chinela vai cantar! Sofrer pra que?! Vem no pulo pulo, zoio maior que a boca, Idiota!

– Está falando sério? – S/n dobrou os lábios e Brook assentiu – Ele realmente canta isso?

– Bem, a voz de Luffy sama não se compara com a minha, mas ele tem seus... talentos, nenhum deles voltado para a música, é claro

Não sabia o que tinha de diferente nessa tripulação, mas aos poucos, estava se apegando a maneira que eles tratavam uns aos outros e o quão bom eles estavam sendo para ela, mesmo sendo praticamente uma desconhecida que entrou no navio deles. Eles nem questionaram Luffy quando ele decidiu que iria salvar seu reino.

S/n olhou para a porta pensando se deveria agradecer mais uma vez, mas pensou que isso poderia torná-la uma pessoa chata. Luffy não tinha procurado por ela depois do incidente com seu tio e talvez ela também precisasse de um pouco de tempo para pensar como procederia no momento.

– Yo ho ho ho! Yo ho ho ho! – S/n se virou para Brook e prestou atenção com os olhos brilhando, não mais com medo do esqueleto, e sim admirando sua voz – Estamos no mar para o saquê do Bink entregar, sentindo a brisa do mar, navegamos nas ondas, do outro lado da maré, o sol vai repousar...

– Estamos no mar para o saquê do Bink entregar...– S/n tentava acompanhar o músico curtindo de verdade a música que escutava

– Que isso?! Vocês estão comendo sem mim?! – Escutou a voz de Luffy de longe e se virou para a porta vendo o garoto quase bater na porta de tanto que correu, mas isso não foi o suficiente para tirar sua atenção da música – Ué, cadê a...

WILLOW - Monkey D LuffyOnde histórias criam vida. Descubra agora