John Cameron.

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- Um dia depois de o detetive interrogar Maya. -
"Ricos são todos iguais." Foi o que a detetive Anne pensou quando viu as casas da rua onde Jhon Cameron morava. Todas as casas eram grandes e bonitas, porém, todas eram exatamente iguais. Alguns detalhes eram diferentes de umas e outras, mas o resto era totalmente igual. Nem um pouco original.
Anne arrumou seu cabelo, pegou seu celular e saiu do carro. Após bater em três portas de casas diferentes, na quarta, ela finalmente acertou a casa de Jhon Cameron. Um homem abriu a porta. Ele era um homem de prováveis quarenta e poucos anos. Cabelo grisalho e vestia um terno. "Sou a detetive Anne." Disse, mostrando o distintivo.

Anne: Acredito que seja o Sr. Cameron.
Sr. Cameron:  sim, eu sou.
Anne: desculpe o incomodo, mas gostaria de saber se posso falar com o seu filho.
Sr. Cameron:  tudo bem... Mas, sobre o que se trata?
Anne: sobre o desaparecimento de Emma Brown e o assassinato de Katherine Smith.
- o homem ficou assustado. Talvez o jeito de Anne falar não fora a melhor forma, mas o que ela podia fazer? Não era o tipo de ser discreta ou sensível de mais. -
Sr. Cameron: nossa... Mas eu tenho certeza que o meu filho não tem nada a ver com isso. Ele sempre foi um garoto muito bom...
Anne: entendo. Eu só queria falar com ele. Acho que talvez ele saiba mais do que contou.
Sr. Cameron: espere, você falou com ele?
Anne: sim? Na escola, depois que a aula havia acabado... Ele não contou para o senhor?
Sr. Cameron: Você vai ter que desculpar, detetive, mas se interrogou um de menor sem a presença de um adulto, cometeu um erro!
Anne: Não se preocupe, nao cometi nenhum erro, e nem pretendo fazer isso. A escola está totalmente ciente do que houve, e não foi só ele que foi interrogado, mas mais dois adolescentes, que aliás, eram amigos da morta e da desaparecida. Se a escola ou ele não lhe avisou nada, infelizmente isso não tem nada a ver comigo ou com qualquer outra pessoa.
- Ele ouviu com atenção e ficou calado por alguns segundos. A expressão em seu rosto era de alguém assutado e que sinceramente não sabia o que dizer. -
Sr. Cameron: Bom... Não sei se está informação de que ele era amigo das... Das vítimas, é verdadeira. Eu e minha esposa sempre falamos o certo e o errado, e conhecemos todas as amizades dele.
Anne: talvez não conheça seu filho tão bem.
Sr. Cameron: o que disse?
- Os dois foram interrompidos por Jhon.
Jhon: Detetive Anne? O que faz aqui?
Anne: Jhon, Que bom que está aqui! Vim até aqui para falar com você. Eu queria que você me falasse com mais detalhes e do seu ponto de vista de como eram Katherine e Emma.
- O Sr. Cameron e Jhon se olharam durante alguns segundos.  "Deixe ela entrar." Disse, Jhon. O Sr. Cameron hesitou, mas abriu a porta.
Anne entrou lentamente dentro da casa. " Se bem que Andrew disse que esse ia ser difícil. " Pensou Anne. Haviam dois sofás, um de frente para o outro. Anne e Jhon sentaram em sofás opostos.

Jhon: pai, poderia sair? É uma conversa... Particular.
Sr. Cameron: tudo bem... Detetive. - disse, se aproximando de Anne. - pegue leve com ele, ele é um menino... Digamos que... Nervoso.
Anne: o senhor está me dizendo que ele é um menino... Nervoso...?
Jhon: já chega, pai.
- o Sr. Cameron subiu as escadas e saiu da sala.
Anne: bom, Jhon, são apenas algumas perguntas. Primeiro, quero saber como conheceu o seu grupo.
Jhon: na detenção. Quando a gente tava lá, a gente começou a conversar e... Meio que viramos amigos.
Anne: meio que viraram? Pelo o que soube, vocês tinham um lugar secreto que só vocês iam juntos.
Jhon: como... Como sabe do nosso lugar secreto?
Anne: as paredes tem ouvidos, Jhon. Saiba que o que eu não lhe perguntar aqui hoje é algo que eu já sei. De qualquer forma...  Vamos continuar.
Jhon: ok... - disse, de certa forma assustado.
Anne: como era a amizade de Emma e Katherine?
Jhon: Elas duas não se falavam muito... Quer dizer, até um tempo...
Anne: como assim?
Jhon: houve um tempo em que a Emma começou a se afastar do grupo. Só a Maya sabia o por que, como eu não queria meter, não perguntei... Mas quando a Emma começou a se afastar do resto do grupo, ela começou a se aproximar da Katherine, de certa forma...
Anne: sei... E o Oliver? Você é amigo dele?
Jhon: bom, eu não sei ao certo. Acho que sim... Digamos que ele não é o tipo de pessoa que os meu pais gostariam que eu fosse amigo. Mas... Sim, eu gosto da relação que nós dois temos.
Anne: entendo. Mas, é como diz o ditado, né? Os opostos se atraem.
Jhon: é... Acho que sim.
Anne: não faz sentido vocês dois serem amigos. Ele é um desajustado e você um garoto com um futuro brilhante.
Jhon: eu acho o Oliver brilhante também. Só que ele só se perde as vezes...
Anne: ótimo, talvez você possa ser a luz dele.
Jhon: você fala do Oliver como se conhecesse bem a situação dele.
Anne: acredite, sei muito mais do que me contam. Quando você já foi igual o Oliver, da pra saber só no olhar.
Jhon: então você já foi... Já foi uma desajustada?
Anne: talvez sim.
Jhon: você disse pra eu ser a luz dele... Você já teve uma luz? Foi o que fez você... Deixar de ser uma desajustada?
Anne: sim... Sim, eu já tive uma luz no fim do túnel.
Jhon: quem foi ele?
Anne: não era "ele". Espera, você está tentando me enrolar, não é?
Jhon: o que? Não!
Anne: sei! Bom, temos coisas a mais pra resolver.
Anne fez algumas perguntas a mais para Jhon, e logo depôs foi embora.
Ela se encontrou com Andrew e os dois reuniram as provas juntos, dentro do carro.

Anne: você tava certo, falar com Jhon Cameron foi um desafio!
Andrew: eu disse! Ele é o típico riquinho que nunca fez nada de ruim.
Anne: não reclama, por que você era assim também!
Andrew: nada a vê!
Anne: de qualquer forma, acho que o Jhon escondeu algo. Da pra perceber.
Andrew: como você sabe?
Anne: o pai dele disse que ele um "menino nervoso".
Andrew: é sério isso?
Anne: sim. Sabe qual é a próxima pessoa que temos que falar, não é?
Andrew: sim. Oliver, nós aguarde.

Aconteceu Naquela Noite. (Andrew & Anne/Vol 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora