Brenda
A noite havia caído, e finalmente depois de um dia cansativo eu me deitei ao lado da minha loirinha, descansei o meu corpo sob o seu e segurei em sua mão e entrelaçei nossos dedos.
— a noite tá um pouco mais fria não é amor?
Soraya disse pra mim de forma que sua voz saiu baixinha e aveludada.
— tá, mas é só você me esquentar que eu nem me preocupo.
A encarei por alguns segundos antes de tomar seus lábios em um selinho demorado.
— deixa eu te falar vida. Agora que a minha mãe está bem melhor, a samy tá cuidando dela e até o meu pai vai lá visitá-la, bom...já comprei as nossas passagens.
— já? Quando ?
— hoje mesmo, enquanto você estava na sessão.
— mas amor...
— eu sei, eu sei que não entregou a justificativa, mas eu sim!
— oque? Brenda, você entregou a minha e a sua?
Me encarou surpresa.
— mas é claro meu amor, uma boa advogada tem que exercer bem a sua profissão, não é?
— mô, eu quero fazer uma coisa antes.
— oque?
— antes de falar, você tem que me prometer que vai fazer.
— eu prometo, se eu não prometer, você vai me obrigar mesmo.
— que mentira! Eu nunca te obriguei a nada!
Cruzou os braços.
— ah não? Meu amor, eu tenho uma listagem, você quer ver?
— não. Mas olha, deixa eu falar de uma vez, eu quero andar de moto.
— oi? Sory você quer andar de moto?
— sim, porque? Eu quero sentir o vento, a adrenalina no meu corpo.
— vamos!
Me levantei da cama em um pulo enquanto seus olhos me encaravam um tanto desconfiada.
— agora?
— Óbvio amor, vem, vamos agora!
Segurei em sua mão para que levantasse da cama, e assim ela fez, ficou de pé. Estava com seu sorriso sereno em seus lábios.
Mudei a minha roupa rapidamente e Soraya fez o mesmo, usando uma roupa mais curto do que de costume, e eu nada mais do que uma calça cargo e uma camisa larga preta e um coque espojado.
Quando ela terminou de passar o batom nos descemos de elevador de mãos dadas.
Assim que coloquei os pés estacionamento fui em direção a minha moto que mal usava, uma Honda Bros 160 preta. Me posicionei no acento.
— vem amor.
Soraya se sentou atrás de mim e abraçou o meu corpo por trás me apertando forte.
— se segura hein.
Coloquei a chave a e girei, segurei no guidom e dei partida na moto logo depois da porta automática se abrir.
As mãos da minha mulher estavam sob o meu busto, me segurando forte, ela usa capacete, porém mesmo assim ainda consigo sentir a sua respiração. Acelerei a moto chegando a 80 km/h em uma pista de 60km/h
O vento batia forte contra o meu rosto, apesar de praticamente não ter carros na rua por conta do horário, eu fazia curvas durante a viagem.
— vai mais rápido vida!
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MRS. Soraya Thronicke
RomanceUma jovem prepotente mas que odeia vida social, vai ter que lidar com a direita radical na qual não apoia vai lidar com a arrogância extremista de uma mulher autoritária, e ficará dividida entre o desejo e o ódio, a mulher não é ninguém mais que Sor...