O Golpe contra o povo

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O dia estava nublado na cidade de São Paulo, enquanto caminhavam na Avenida Paulista, Brenda e Ester conversavam sobre o último projeto em que elas participaram juntas.

- Ester, estava pensando comigo, o nosso último projeto teve um marco dentro da empresa, a forma que trabalhamos juntas até o final de tudo, me deixou realmente muito satisfeita. Realmente acredito que conseguiremos crescer cada vez mais.

Ester olhou para a Brenda, as duas estavam no fim do expediente em sua empresa, vestindo social e voltando para a casa delas no centro da cidade. Ester trabalhava como diretora estratégica da empresa da Brenda, onde também era sócia. Mas ela sabia que a Brenda estava falando de outro projeto que não estava vinculado à empresa delas.

- Sim, com o cuidado necessário, tempo correto e a estratégia certa, vamos conseguir crescer sem problemas.

Elas estavam falando do último roubo que realizaram juntas com suas amigas, todas elas eram executivas da empresa, porém por baixo dos panos elas roubavam, na verdade não gostavam de falar a palavra roubar e sim devolver, o dinheiro dos milionários, para as pessoas com mais necessidade.

Elas tinham toda uma estratégia onde elas pegavam o dinheiro do milionário alvo em algum evento que eles diziam ser beneficente, mas no fundo elas sabiam que eles eram corruptos e estavam fazendo todo aquele circo para pagarem de bons moços. Após pegarem o dinheiro deles, elas doaram para várias ONGs, ou qualquer outra instituição de pessoas carentes no Brasil inteiro, de forma anônima.

Enquanto elas continuavam a conversa e a caminhada até a casa delas, elas viram uma mulher correndo de dentro de um prédio e indo em direção a rua. Havia um ônibus vindo naquela rua em alta velocidade, e a mulher parou bem em frente ao ônibus, onde esse desviou com tudo e pegou de raspão na mulher, fazendo com que ela caísse no chão.

Alguns carros pararam, tanto para socorrer a mulher, quanto de curiosidade.

Quando Brenda e Ester chegaram perto da multidão, o motorista do ônibus havia conseguido parar o ônibus uns metros à frente e vinha correndo em direção a mulher, que estava caída no chão chorando.

- Moça a senhora está muito machucada? O que aconteceu para a senhora correr em uma avenida movimentada dessa forma?

Chorando a mulher olhou para ele e disse.

- Eu não tenho mais motivos para viver, durante anos trabalhei para um caralho, juntei dinheiro e investi esse dinheiro no Banco Silver. Acontece que o gerente do banco me falou sobre uma aplicação, que era confiável, que eu poderia investir sem medo que não teria nenhum problema. E adivinha? O dinheiro não foi aplicado! Descobri que o gerente que estava no local naquele dia, não trabalha lá, e que nunca nem viram a cara dele no banco. O meu dinheiro foi para onde? Eu não sei, possivelmente em uma conta na Suíça. O banco disse que não pode me ajudar e que eu não deveria ter confiado nele, sendo que ele estava dentro da porra do banco, com o uniforme deles.

Ela começou a chorar novamente, enquanto isso Ester e Brenda se entreolharam, afinal de contas elas conheciam o dono do Banco Silver de vista, e sabiam que ele tinha trâmites para agir ilegalmente, e a polícia não fazia nada, pois todos eram corruptos aos pés do cabeça branca dono do banco.

Elas olharam para a moça e Brenda tirou um cartão de visita do bolso e entregou para ela.

- Entendo a sua situação, mas se matar não vai fazer eles pagarem pelo o erro deles, toma, pegue esse cartão e liga para esse número, ele é advogado e meu amigo pessoal, passe todas as informações para ele, que ele te ajudará, os custos do processo ficará nas minhas mãos, não se preocupe.

- Nossa muito obrigada, mas acredito que isso não dará em nada. Mas ligarei para ele sim, qual o seu nome, me perdoe a pergunta?

- Brenda Hanshikay, pode dizer que fui eu quem pediu para você ligar, ele saberá como deverá prosseguir com o restante.

As Mascaradas da Liberdade: Rumo à CoreiaOnde histórias criam vida. Descubra agora