Capítulo 2
Nisha
Acordo sentindo o forte sol em meu rosto, Merda.
Esqueci a janela aberta denovo, pego meu celular olhando as horas e vou tomar um banho, hoje sessão de fotos hoje na loja da minha mãe.Saio do banheiro enrolada na toalha e passo meu Hidratante de Morango no corpo, coloco um vestido midi e calço minha havaianas saindo do quarto.
- Bom dia mãezinha. - falo abraçando minha rainha, que toma café escorada na bancada.
- Bom dia filhota. - me abraça com uma mão, e da um beijo na bocecha. - Dormiu bem?
Confirmo me lembrando que cheguei em casa quase duas da manhã essa noite, abro um pão e começo preparar meu café da manhã.
- Tem pão de queijo no forno, come rapidinho e vai pra loja. - fala deixando a xícara na pia e me dá um beijo na testa. - Não se atrase Dona Nisha.
- Sim senhora. - respondo batendo continência.
Comecei a fazer fotos para a loja com quinze anos, no começo eu não queria por vergonha, mas depois com muita ajuda e insistência da minha mãe, peguei gosto e hoje é oque eu amo fazer.
Estou construindo minha carreira de modelo aos poucos, conforme fui ganhando experiência e visibilidade, comecei a ser reconhecida e graças a deus estou conseguindo fechar parceria com várias marcas famosas.
Termino meu café e lavo a louça suja, como não temos empregada e minha mãe é super chata com limpeza eu tento manter tudo do jeitinho dela, mas só eu, porque meu pai só faz bagunça.
Bagulhão e um caso sério, mas eu o amo de paixão, sempre foi muito carinhoso e atencioso comigo, me ensinou desde pequena oque é certo e oque é errado.
Me contou toda sua história de vida e o porquê entrou no Crime, desde nova me alertava do risco que corro só por ser filha dele, sempre me pediu para seguir um caminho diferente, me incentivou tanto que estou fazendo faculdade de administração.
Depois de tudo lavado saio de casa fechando a porta, monto na minha motinha e saio buzinando pro Gw que faz a segurança de casa a muitos anos, as vezes acho até que ele vai se aposentar no Crime.
Rapidinho chego na loja que fica aqui na Comunidade mesmo, estaciono minha fúria da noite na calçada e abro a porta de vidro sentindo o gelado do ar condicionado, arrepiar minha pele.
- Bom dia Jujuba. - Comprimento minha mais irmã doque primas, atrás do caixa. - Dormiu bem?
- Como um bebê. - sussurra me abraçando, estamos juntas ontem lá no mirante.- Preparada para o dia de hoje?
- Mais que pronta. - falo rindo e pego a pilha de roupas de cima do caixa. - Hoje estou topando tudo por dinheiro.
Falo pegando o conjunto preto da pilha e coloco na frente do corpo, me olho no reflexo do espelho, escuto a risada da minha mãe.
- Deixa seu pai ouvir essas conversas. - fala minha mãe saindo da sala dela, coloco a mão na boca segurando a risada, e a vejo entregar um papel a Ju. - Fico lindo, combinou com você.
- Aproveita a deixa, e já separa Minha irmã. - olho pra ela entendendo a jogada. - Sábado tem baile, ela vai ficar linda né tia.
- Vai mesmo. - fala e vira as costas atendendo o celular.
- Toma boba, já coloca na sacola aproveita que ela deixou. - A Ju fala rápido e me passa uma sacola. - Consegui fazer ela me dar um também.
- Boa garota. - falo fazendo nosso toque com ela. - Mais não sei se vou no baile sabado não Ju.
- Vem não vadia, coloca um cropped e vamo reagir. - fala toda animada, a Ju e daquelas amigas que todo dia quer ir num buteco diferente, e na maioria das vezes ela me arrasta junto. - Mulher seu pai mandou trazer o Cabelinho, não perco por nada.
- Mentira. - falo incrédula a anos que meu pai não traz um Mc que presta. - Se meu marido vai vim não posso perder.
Falo balançando a bunda e ela da Risada, eu e a Ju crescemos juntas, temos praticamente a mesma idade, além de prima ela se tornou uma irmã, minha confidente.
Sabemos absolutamente tudo uma da outra, e tudo oque fazemos é juntas, ela que vive me dando cobertura quando quero viver umas aventuras perigosas escondida do meu pai.
Foi a primeira a saber quando perdi a virgindade, e sou a única que ela confia para contar suas loucuras, como sou filha única a Ju preencheu o vazio de ter uma irmã, estudamos toda vida juntas, só agora com as aulas da faculdade que não estamos mais tão coladas como somos sempre, mas nunca passamos mais de um dia sem se falar, a não ser quando me estresso com ela, ou meu pai me coloca de castigo.
Sim, eu tenho dezoito anos e ainda fica de castigo, não que eu realmente fique, porque eu vivo fugindo, mas respeito muito meu pai, ele sempre me deu de tudo, me mimou em todos os aspectos e só quer meu bem.
Passo a manhã tirando fotos e fazendo divulgação das novas peças, no horário do almoço vou em casa tomar um banho, e depois vou cumprir com minhas parceiras.
No final do dia vou direto para a faculdade, graças a deus essas são as últimas semanas, estou confiante que consegui passar esse semestre, o sinal toca avisando o fim da aula, pego minha mochila e vou em direção ao meu armário, troco meus livros pegando os que vou ter aula amanhã.
Fecho a porta e me assusto com o homem alto ao meu lado, Nossa Senhora das calcinhas molhadas da onde saiu essa beldade?
Olho diretamente nos olhos verdes dele e sorrio.- Nisha, né? - fala sorrindo, confirmo e ele me estende a mão, que pego sentido ele apertar. - Prazer, Marcelo.
- Vai cursar oque Marcelo? - Pergunto reparando em seu corpo alto, calça jeans, camiseta Polo, tênis comum típico playboy de condomínio. - Como você sabia meu nome?
Pergunto desconfiada é o vejo sorrir abrindo o armário ao lado do meu.
- A senhora da secretaria disse que meu armário era ao lado do armário da Nisha e me mostrou você na câmera. - no mesmo instante que ele fala me viro na direção da câmera e mostro dedo. - Ela sabia que você ia fazer isso.
- Eu sei. - Falo sorrindo, a tia da secretaria e um amor de pessoa, mora na Comunidade também. - Até mais.
- Me passa seu número? - Pede quando viro as costas.
Levanto o dedo pro alto negando, ando até o estacionamento e destravo minha pcx, coloco meu fone o capacete e acelero minha fúria da noite em Direção a Favela.
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Paixão Avassaladora (Degustação)
Ficção Adolescente*- Segundo Livro Da Trilogia III Pilares-* A paixão Avassaladora Vem Sem Hora é nem Dia marcado, Adentra nosso " Frágil " Coração, Que Destemido parece Ficar. Ela Arrebata todos os Nossos Sentimentos e cega nossa Direção pelas quais Não impedimos q...