Distance » Cameron Dallas

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  Os dias passam mas as memórias não, eu ainda não esqueci e nem vou esquecer o que se passou, as fotos estão gravadas na minha memória. Neste últimos dias não tenho feito nada de jeito, mal apareço às aulas da universidade e vou ao trabalho porque preciso de dinheiro, mas não falo com ninguém. Eu confio nas pessoas e elas acabam por me trair. Não respondo a nenhuma mensagem ou chamada vinda da América, apenas do meu irmão e muito exclusivamente. Hoje decidi vir à universidade, eu tenho de esquecer e preparar o meu futuro. Quando vi o David e o Thomas acenei-lhes, mas não fiz o meu caminho para eles, segui até à sala onde iria ter Gestão.

- Daisy - sinto alguém a chamar-me e pouco tempo depois a tocar-me no ombro - olá, está tudo bem? - o Thomas pergunta-me, enquanto se senta na cadeira vazia ao meu lado - não tens vindo às aulas, estiveste doente? - ele perguntou-me e eu acenei que sim, mentindo - sabes que eu sei que foste trabalhar, sabes que estou aqui para te ouvir - eu admito que me tento manter forte

- eu estou bem, apenas não tive vontade de vir - eu respondo, ele continua olhar-me, mas pouco tempo depois dá-me um beijo na cabeça e volta à sua posição inicial

  As aulas seguintes foram a mesma coisa, ouvir a matéria e esperar que desse o toque. Antes de abandonar a universidade fui ao pequeno bar, quando acabei fiz o meu caminho para a exterior e quando chego ao grande portão, os meus olhos foram direccionados para um rapariga de cabelos castanhos por mim conhecida. Anne. A rapariga sorri e começa a caminhar na minha direção, eu não acredito que ela esteve a dignidade de vir cá ter comigo.

- Daisy - ela aproxima-se de mim, para me dar um abraço e eu meto a mão à frente não dando permissão para contacto físico - que se passa? - ela pergunta e em menos de segundos a minha mão entra em contacto com a sua bochecha - estás maluca? - ela quase grita após por a mão no sitio onde lhe tinha batido

- eu confiei em ti e tu traíste-me, tu sabias o quanto eu gostava de dele e fizeste-me aquilo, tu metes-me nojo - eu digo, e as lágrimas escorrem pela minha cara

- de que estás a falar? - ela pergunta, e sinto alguém atrás de mim

- tu beijaste o Cameron em Las Vegas - eu digo - vocês magoaram-me, eu confiei tanto em ti - eu profiro 

- Daisy, eu.. -  interrompo a sua desculpa, ignorando-a e passando para o passeio, o corpo que se encontrava atrás de mim segue-me

- Daisy, espera - eu paro a ouvir a voz e quando me viro, apenas abraço o seu corpo, deixando as lágrimas caírem - oh, Daisy, eu sei o que estás a sentir

- Thomas - eu digo baixinho, apertando mais o seu corpo, e tudo volta outra vez, eu só queria a minha mãe para a poder abraçar e chorar até secar e ouvi-la dizer que iria ficar tudo bem

- eu estou aqui - ele reconfortou as minhas costas - eu não te vou deixar cair, eu vou estar aqui para tudo o que acontecer - ele disse, eu gostava de acreditar mas a última pessoa que disse isso, saiu da minha vida de um momento para o outro