Summer, Savannah
Meus olhos se abriram como se nunca estivessem fechados. Eu havia passado grande parte daquela noite acordada em consequência por passar a tarde passada inteira dormindo, mas pior que a insônia foi o que minha mente lembrava-se durante a escuridão: Nathan Parker.
Quando finalmente o alarme despertou com minha música preferida, levantei-me calada e me arrastei até o closet, onde vesti um estilo totalmente diferente do meu. Caminhei até o espelho e lá me admirei vestida com uma calça justa um pouco rasgada nos joelhos, uma camiseta larga estampada com o rosto de Marilyn Monroe e para completar, uma bota sem salto. Definitivamente aquele não era meu estilo, ou pelo menos não era o que todos conheciam. Era impossível não lembrar Nathan em mim, era impossível esquecer o seu perfume forte que ainda estava em meu travesseiro... Era impossível não vê-lo naquele estilo rebelde. E quando finalmente saí daquele transe, dei-me conta de estar com um grande sorriso envergonhado que meus lábios formavam. Não gostei da sensação.
Rapidamente troquei de roupa e vesti algo mais apertado e colorido. Não dei-me nem ao trabalho de olhar no espelho, certamente eu estava "perfeita" como todos os outros dias.
Joguei a bolsa em meu ombro, arrumei meu cabelo o jogando para frente e caminhei até o encontro de meus pais para o silencioso e normal café da manhã.
- Bom dia, querida. - Falou minha mãe entre goles de seu café. - Feliz aniversário! - Caminhou até meu abraçado encostando seu rosto gelado no meu.
- Mãe, meu aniversário já passou! - Exclamei parada sem corresponder ao abraço forçado dela.
Seus olhos rapidamente rolaram até seu celular, provavelmente para conferir na sua agenda que meu aniversário havia sido a dois dias. Lançou-me um sorriso quase tão falso quanto o abraço, arrumou uma pequena mecha de cabelo que havia caído de seu coque devido ao abraço e voltou ao seu lugar na mesa.
Meu pai manteve os olhos no jornal durante todo o café da manhã. Eu realmente sentia como se eu fosse uma completa desconhecida diante dos meus pais. Era desagradável ficar juntos a eles.
Após alguns minutos naquele silêncio, a buzina de Marry avisou-me que estava na hora de ir. Sem despedidas, corri até seu encontro, onde me esperava com um sorriso quase tão largo quando o de Ali.
- Bom dia. - As cumprimentei ao entrar no carro já com o celular na mão e conectado a internet.
- Sua festa foi perfeita, Savannah. Perfeita! - Disse Marry enquanto dava a partida no carro.
- Com certeza a melhor festa de todas! - Confirmou Ali virando-se para me olhar no banco traseiro. - Todo mundo ficou com todo mundo, inclusive o garoto novo. - Completou.
- Com quem Nathan ficou? - Tentei não demonstrar interesse apesar de estar morrendo de ódio por dentro. A curiosidade foi mais forte que minha tentativa de ignora-lo.
- Quanta preocupação, Savannah. - Debochou Marry lançando-me um olhar malicioso pelo espelho.
- Ele pegou a Dianna Horse. - Sussurrou como se estivéssemos em um lugar público. - Aquela garota mais nova do primeiro ano. Disseram-me que eles estavam quase fazendo uma sex tape no canto do pátio. - Riram.
Gargalhei junto com as garotas, mas havia fogo em meus olhos. Como aquele garoto podia ser tão filho-da-puta? Mesmo após ter ficado com aquela garotinha ele ainda dormiu comigo... Não no sentido sexual, mas mesmo assim.
- Que babaca. - Pensei alto.
- E você amiga, ficou com quem? - Perguntou Ali sem ouvi meu pequeno desabafo.
- Com ninguém. Savannah não é de ficar com um garoto só por uma noite. - Marry respondeu por mim.
Pensei em argumentar sobre o quão ela estava errada, mas fiquei calava e apenas abri um pequeno sorriso confirmativo.
Durante o caminho até o colégio, pelo meu celular, eu atualizava o facebook para olhar as fotos da minha festa que muita gente já havia postado. A maioria dos status afirmando que a festa havia sido a melhor, mas como alguém pode achar uma festa tão boa se ficaram bêbados na primeira hora e não se lembram de 60% do que fizeram? Acho que apenas pelo simples motivo de ter feito algo diferente e de maneira livre.
Quando chegamos ao colégio, senti como se minha popularidade houvesse aumentado, pois durante todo o tempo que fiquei no corredor, recebi elogios e sorrisos até de pessoas que eu nunca havia visto e muito provavelmente tivessem comparecido no meu aniversário.
Quando o sinal tocou, nos despedimos e seguimos nossos caminhos até a primeira aula onde para minha sorte, era história, minha matéria favorita que com certeza iria me fazer parar de pensar em coisas fúteis e no Nathan, o que seria basicamente a mesma coisa.
Após os primeiros quinze minutos de aula, minha visão no quadro começou a ficar sem foco, me fazendo perder totalmente o interesse na aula e voltar a pensar naquele babaca e nos motivos que tornavam ele um babaca. A verdade é que eu poderia fazer uma lista com os defeitos dele, isso que eu nem o conheço direito, mas de certa forma, eu admito que talvez sejam esses defeitos que o torna mais atraente.
O sinal tocou mais uma vez e para minha surpresa, já era hora do almoço. Eu realmente havia me perdido no tempo. Enquanto todos saíam, eu permaneci sentada na espera de ser a ultima a deixar a sala, porque Marry sempre diz que para sermos notadas, precisamos de uma entrada triunfal, apesar de eu achar isso uma total estupidez, não iria discordar dela.
Coloquei minhas coisas dentro da bolsa e retirei meu celular do bolso, e sem tirar os olhos dele, saí fechando a porta.
- Sentiu saudades de mim? - Ouvi alguém sussurrar, mas não dei-me ao trabalho de olhar. - Será que eu vou precisar tirar seu telefone de você de novo? - Reconheci imediatamente após sua pergunta, parei de andar e o encarei de maneira mais séria possível.
- Como você teve coragem, Nathan? - Alterei o tom de voz.
- Do que estamos falando? - Colocou as mãos nos bolsos e parou na minha frente.
- Você ficou com a Dianna Cavalo e depois ainda fez aquela cena no meu quarto. - Aproximei-me dele ainda mais brava. - Você é mesmo um idiota! A cada minuto que passa, eu consigo te odiar mais, isso não é incrível? - Não conseguia esconder minha fúria. Por mais que minha mente me dissesse para não demonstrar qualquer tipo de sentimento, minha decepção me fazia querer discutir.
- Você está com ciúmes, princesa? - Abriu um sorriso malicioso, se aproximou e deixou suas mãos na minha cintura por alguns instantes até eu as tirar.
- Além de idiota é retardado? Você deveria para de agir como uma criança e ser um pouco mais homem. - Cruzei os braços e esperei sua resposta.
Ele soltou uma pequena gargalhada e mordeu o lábio inferior abrindo novamente um sorriso encantador. Aproximou-se rapidamente de mim, segurou com força meus braços, e me empurrou até minhas costas baterem na parede.
- Se você quiser, eu posso te mostrar o quanto homem eu sou. - Disse baixo no meu ouvido, deixando-me arrepiada e me impedindo de continuar a discussão.
- Porque você não pede para Dianna conferir isso para você? Ela já esta acostumada mesmo. - Tentei-me esquivar de seus braços que me prendiam.
- A Dianna é uma garota legal, mas ela não se compara a você.
- Não precisa fingir que eu sou uma garota diferente das outras.
- Talvez você seja especial para mim, princesa.
- Você também não precisa fingir estar apaixonado por mim, Nathan.
- Talvez isso não seja mais uma escolha.
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I found you
Teen FictionEla, uma veterana conhecida por todo o colégio, amada por todos os garotos e invejada por muitas garotas. Ele, um transferido rebelde que faz tudo o que quer, quando quer e com quem quer. Apesar de suas diferenças notáveis, o acaso irá fazer com qu...