Really don't care.

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Summers, Savannah

***

No fim das contas, nenhuma aposta foi feita na noite passada. Nathan e eu apenas nos abraçamos e tentamos ficar confortáveis no pequeno sofá. Eu não sei como explicar, mas era como se o fato dele estar ali comigo, me suportando, sendo como um porto seguro para mim, estava fazendo com que o gelo que cobria meu coração derretesse.

Apesar de estar extremamente aquecida, o sofá não era o melhor lugar para se dormir com alguém, ainda mais quando esse alguém é um garoto espaçoso. Eu estava a ponto de cair do sofá, por isso passei um braço pela cintura de Nathan e me aconcheguei ainda mais nele. De uma forma ou de outra, eu já havia perdido o sono, então fiquei em silêncio, observando-o em seu sono. Era tão estranho ver uma pessoa dormir, mas um estranho bom. Porque quando alguém está dormindo, sua expressão é completamente suave, sem rugas de preocupação, sem covinhas por causa de um sorriso, é uma expressão tão relaxada e serena que chega a ser absolutamente bela.

- Você está me encarando. - eu ouvi a voz de Nathan. Seus olhos ainda estavam fechados, mas sua boca repuxava-se em um mínimo sorriso de canto.

- Não, eu não estou. - protestei, remexendo-me um pouco para conseguir desviar o olhar.

- Mentirosa. - ele murmurou, passando o braço pela minha cintura e puxando-me para mais perto.

- Você está de olhos fechados, nem tem como saber se eu estava encarando ou não. - eu disse, rindo pelo nariz. - E, só para constar, eu não estava! - Nathan balançou a cabeça, soltando um suspiro e rindo baixo. Ele abriu os olhos e aproximou seu rosto do meu, dando-me um longo beijo na bochecha.

Meu coração parou uma batida, e logo voltou a bater um pouco mais acelerado do que o normal. Eu ri e balancei a cabeça, tentando pensar em outra coisa para livrar-me do vermelho que já tomava conta de minhas bochechas. Coloquei as pernas para fora do sofá, e sentei-me de costas para Nathan, observando-o com o canto dos olhos.

- Que horas são? - perguntou ele, se revirando e se espreguiçando no sofá.

- Minha bateria acabou, lembra? Cadê o seu celular? - perguntei, virando completamente o rosto para olhá-lo.

- Não sei, acho que deixei no meu quarto. - disse, dando de ombros e fechando os olhos novamente.

- Ei, você não vai dormir de novo! - exclamei, batendo em seu ombro com uma almofada. - Vamos, levante-se! Eu vou peguar o seu celular. - disse, rindo baixo enquanto ele sentava-se e esfregava os olhos.

Levantei do sofá e, lentamente subi as escadas. Entrei no quarto de Nathan e olhei em volta, finalmente encontrando o celular em cima de sua cama bagunçada. Infelizmente, não pude deixar de notar que haviam cinco mensagens não lidas. Eu sei o que o ditado diz ''A curiosidade matou o gato'' ou ''Quem procura, sempre acha'', mas eu não era um gato, e certezamente não estava procurando nada especifico, mas com certeza acharia alguma coisa.

Abri a caixa de mensagens recebidas e notei que todas as cinco eram do mesmo número, de uma mesma garota chamada Hailey. Lancei um olhar para a porta, e tentei ouvir algo no andar de baixo, com sorte, Nathan havia caído no sono novamente. Abri a primeira mensagem:

''Hey, gato. Onde você tá, amor?''

Franzi o cenho. ''Quem era essa garota? De onde ela conhecia Nathan? E, o mais importante, qual exatamente era a relação deles?'' Inúmeras perguntas já enchiam a minha cabeça, decidi abrir as outras mensagens:

''Nathan, quando poderemos passar uma noite daquelas de novo?''

''Quero ver você.''

''Nossa noite juntos não sai da minha cabeça.''

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