I Hate You, Don't Leave Me.

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Summers, Savannah

***

A música soava alto de dentro do carro, as janelas abertas bagunçavam completamente meu cabelo, mas pela primeira vez em muito tempo eu não me importei. Porque eu sabia que seja lá onde Nathan estava me levando seria um lugar longe de pessoas, se não poderíamos ter ficado em casa ou ter parado em umas das cinco casas de festas por quais passamos. Já havia anoitecido fazia algum tempo, nós já tínhamos parado para jantar e depois para ir ao banheiro. Mas eu ainda não sabia onde ele estava me levando.

A música acabou e logo outra começou em seu lugar, mas eu já estava cansada de ouvir música. Puxei meus pés para cima do banco e desliguei o rádio.

- Ei, por que fez isso? Eu gosto daquela música! - disse ele, olhando-me rapidamente, sem deixar de prestar atenção na estrada.

- Certo, você já teve o seu tempo de segredos e já está tarde da noite, então quer, por favor, me dizer onde estamos indo? - perguntei, rolando os olhos e cruzando os braços.

- Estamos quase lá. - foi a única coisa que ele disse. Eu tive que me segurar para não gritar ou bater nele, apenas virei minha cabeça e olhei pela janela.

Estávamos passando ao lado de uma floresta e mais a frente havia uma estrada de terra. Para a minha surpresa, Nathan virou ali e fechou as janelas com o botão automático.

- Ok, isso é muito assustador. Por que estamos no meio da floresta? - perguntei, baixando meus pés e virando-me para ele com o cenho franzido.

- Calma, eu não vou estuprar você e nem nada. - ele disse, rindo da cara de nojo que fiz.

- Você não é nem louco de tentar. - disse, olhando para a floresta ao lado de fora.

- Quer apostar? - riu-se.

- Nojento! - exclamei, e antes que ele pudesse retrucar, meu celular apitou. Peguei-o no bolso de trás e olhei para a tela. Era uma mensagem de Annie ''Papai e mamãe estão em casa e perguntando de você. Parece que alguém se encrencou, xoxo'' - Que... Vadia! - exclamei, olhando diretamente para a tela do meu celular.

Cliquei em ''responder'', mas antes que eu pudesse começar a escrever, o celular apitou duas vezes seguidas, uma nova mensagem e um aviso de que a bateria estava fraca, ótimo. Abri a segunda mensagem, era de Ali ''Amiga, onde você se meteu? Marry vai dar uma festa hoje, tentamos falar com você o dia todo. Me liga!'' Assim que terminei de ler, suspirei.

- O que foi? - Nathan perguntou. Olhei para ele acusadoramente, era tudo culpa dele afinal.

- Meus pais, por algum motivo desconhecido pelo universo, resolveram se preocupar comigo e estão loucos sem saber onde eu me meti. Ah, e as minhas melhores amigas vão dar uma festa e eu vou perder. Muito obrigada, Parker! - bufei, afundando-me no banco do passageiro.

Nathan não disse nada, apenas deu de ombros e riu, erguendo a sobrancelha e sorrindo para mim de forma ''sedutora''.

Meu celular apitou mais uma vez. Só deu tempo de eu olhar para tela e ler ''Bateria Fraca'' e o celular apagou.

- Ótimo, como se agora pudesse ficar pior. - resmunguei comigo mesma. Felizmente, a vida real era bem diferente de filmes. Se minha vida fosse um filme, começaria a chover, o carro iria ficar preso na lama e nós teríamos que andar na chuva até o lugar de destino. Como eu disse, felizmente a vida real era bem diferente dos filmes.

Nathan dirigiu por mais uns dez minutos, até a estrada de terra se abrir para um enorme lago, então contornando-o chegamos em frente a uma cabana.

- Que lugar é esse? - perguntei, olhando a casa de madeira pela janela.

- Meus pais compraram esse lugar e tiveram a noite de núpcias aqui, depois disso até os meus doze anos, nós vínhamos aqui passar as férias no lago.

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