4- Regras (Parte 1)

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SAM POV:

-Oi?! - Mon me olha chocada com a minha proposta.

-É simples, para o nosso casamento ser convincente para o mundo todo, nós devemos agir como um casal. Acho que não será bem visto pelas pessoas se você aparecer do nada como minha noiva. - Vejo ela colocar seus dedos no queixo em tom pensativo.

-É, você tem razão. Mesmo que seja um casamento arranjado, nós devemos agir como um casal apaixonado. Eu dei uma olhada nas redes sociais e muitas pessoas estavam nos shippando a partir do momento que você deu aquele empurrão no senhor Wright. - Um sorriso bobo brota em meu rosto, não imaginava que ela iria aceitar a minha proposta tão tranquilamente.

-Acho que devemos começar isso agora! - Eu me levanto e estendo minha mão a ela. - Venha, vamos dar um passeio pela cidade. Eu quero conhecer o lugar em que você nasceu e cresceu. - Neste momento vejo o sorriso dela, dessa vez o mais sincero e o mais lindo de todos que já vi antes, estava com saudades de ver as covinhas espalhadas em seu rosto e seus olhos sorriam também, ela é muito fofa.

-Vamos! Rhye não é um lugar gigantesco como Londres, mas acredito que uma cidade do interior vai te dar mais paz e tranquilidade. - Ela pega a minha mão e eu entrelaço nossos dedos, esse ato fez com que o seu olhar mudasse, de alegria foi para tristeza.

-O que aconteceu, princesa? Você sente nojo de mim? - Vejo ela negando com a cabeça.

-Sabe, eu sinto que estou brincando com os seus sentimentos, a última coisa que desejo no mundo é te machucar. Por que eu? Por que você não se apaixonou por outra pessoa, Sam? - Sinto sua mão apertando a minha com bastante força e pela primeira vez após muitos anos ela não é tão formal comigo.

-Sabe Mon, eu quero te esclarecer algo de uma vez por todas, você nunca vai me machucar, mesmo que esse casamento seja de fachada pelo resto da minha vida, só ter você aqui comigo é o suficiente, seja você sendo minha amiga ou minha amante. Eu não escolhi me apaixonar por você, quem te escolheu foi o meu coração, agradeço muito a ele pela escolha mais do que perfeita que ele teve. - Levanto sua mão em direção ao meu rosto para beijá-la e vejo ela totalmente chocada com o meu ato. - E pela primeira vez você me chamou de Sam, por favor, me chame assim daqui em diante. - A nostalgia faz com que eu abra o meu melhor sorriso a ela.

-Sam...

Eu vejo seus olhos lacrimejando e automaticamente isso faz com que o meu corpo sinta a necessidade de abraçá-la e foi isso que ele fez. Nós ficamos no abraço por muito tempo, o meu coração estava pulando pela minha boca, com certeza ela estava sentindo e ouvindo. Não sei o que ela realmente está sentindo. Pena é a primeira coisa que vem à minha cabeça, talvez eu esteja agindo de uma forma tão patética na frente dela, mas o meu orgulho some quando estou com ela. Para falar a verdade, eu não ligo que ela conheça esse lado que escondo de todos. Saio dos meus pensamentos quando ouço um burburinho dela.

-O que você disse, Mon?

-Você é uma pessoa incrível, sabia? Obrigada, eu nunca ouvi palavras tão lindas e doces de outra pessoa, nem mesmo dos meus pais. Posso te pedir duas coisas antes de sairmos? - Ela me pergunta fazendo biquinho parecendo uma criança.

-Claro, quais são os seus pedidos?

-O primeiro pedido é que de agora em diante você pode me chamar de Mon, não vejo mais sentido em ser tão formal com você e nem você comigo, já o meu outro pedido, err... - Ela parece bastante tímida para o segundo pedido. - Podemos ficar mais um tempinho assim?

De repente sinto como se o tempo tivesse parado, eu vejo ela se aninhando ainda mais no nosso abraço e ficamos assim por bastante tempo. Dessa vez consigo ficar calma, como se nós estivéssemos flutuando em nuvens, acho incrível como essa mulher consegue desbloquear vários sentimentos diferentes dentro de mim.

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