Ajuda

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Logo vai escurecer, o medo de ser pega, a deixou firme até agora, ela vê a imagem embaçada pela neblina de um posto de combustível ao longe.

Ao se aproximar  mais do local ela consegue ter o dedlumbre do lugar, está bem caído, a pintura gasta e as bombas não foram trocadas por um modelo mais novo, o cheiro de mofo, sujeira, graxa. Ela ajeita o capuz e entra na loja, o frio desta região está começando a ficar insuportável, suas mãos estão congelando, o casaco está molhado isso a faz tremer mais sonda de frio, mas o mesmo a  ajuda em seu disfarce.

O sino da porta fez o senhor velho olhar com curiosidade de trás do balcão, enquanto ela anda com presa pelos corredores de prateleiras, pegando um pacote de salgadinhos e uma garrafa de água mineral.

— Olá! Boa tarde. Fala deixando sair um tom forçado  de uma voz rouca.

— Boa.—O velho pergunta curioso.— Você não é “daqui”? Deu sete tudo.— Falou enfatizando o daqui.

— Não.—Ela Responde, mechendo nos bolsos atrás do seu último dinheiro.

— Você parece uma garotinha.—O velho resmunga olhando  para o corpo dela, ele lambeu os lábios secos com malícia.—Tudo bem se não tiver dinheiro, muitos garotos como você vem aqui, eu sempre ajudo eles, mas eles também  me agradecem sabe.

Nojento, um velho asqueroso, ela precisava  sair o mais rápido possível, colocando a única nota de dez encima  do balcão, ele olhou com receio está amassada e seja de sangue ainda fresco, pegando o troco ela saiu rapidamente  daquela loja, adentrando a trilha em direção  a floresta, já estava escurecendo  e dormir na beira da estrada nunca foi uma opção.





Aquelas árvores assustadoramente altas, não que ela tenha medo de dormir em  um lugar como aquele, mas ainda sim sua mente a reprende  listando os riscos desde de ser abduzida por extraterrestres ou pior ver a mulher de branco Deus um animal selvagem pode atacala.

Sentando entre as raizes de uma arvore ela olha para o seu escuro com poucas estrelas, realmente  desejando, uma cama confortável e um banho quente.

Dizer que havia dormido seria uma grande mentira, assim que clareou um pouco ela se colocou  de pé e saiu floresta a dentro outra vez, desejando achar uma cabana abandonada ou algo assim. Realmente  não havia percebido a raiz de uma árvore  seu pé se enroscou e ela caiu no chão, isso não seria nada a não ser pela dor latejante em seu ferimento.

—Merda, o que eu vou fazer.— Ela olha para baixo, o corte profundo estava aberto outra vez.




Já fazia horas que ele estava escondido esperando sua presa,
Observou o pequeno peludo de pelagem marrom, comendo e olhando em  volta, a procura de um possível predador, o caçador mirou no mesmo a três metros de distância, prendendo a respiração, e um tiro limpo.

Um coelho  vai ser a refeição, ele prepara uma pequena fogueira, removendo com cuidado a pele, evitando danificar, abrindo o abdômen com a faca e retira os órgãos do coelho, pegando um pequeno recipiente com um pouco de tempero e jogando por cima da carne,  atravessando-o com um espeto improvisado feito de graveto, a centímetros do fogo, e acomodou-se no chão.

O estralar de galhos  sendo quebrados por passos desleixados o deixa  em alerta, levantando-se, é alguém pequeno, com o cheiro doce, um garoto surge em meio as árvores, ele nem chega a altura dos  ombros do maior, com um casaco vermelho, calça jeans surradas, seus olhos o encontram, se arregalando de espanto.

—Oie. —O cumprimentou sem jeito, forçando  uma voz rouca é grave.

—Cuidado! Avisou, ao ver onde ele está.

Mais um passo e teria a perna perfurada por uma armadilha, o pequeno fica parado olhando em  volta, ele aproxima-se dele com cuidado.


—Tem muitas armadilhas na floresta. —Comenta, o alertando.—Vêm.

— Entendo. —Responde olhando para o chão.


Ele apenas o ignorou e volto para a fogueira, ouvindo seus passos atrapalhados o seguindo, ele senta no chão, pegando um pequeno pedaço  da carne com a faca, e o garoto se senta ao lado  esquerdo dele, sentindo seu olhar, suspirando frustado, pegou outro pedaço com a faca e oferecendo-lhe.

—Obrigado.— Agradece pegando a carne.

Ele coloca na boca, mastiga e solta um gemido manhoso, fecha os olhos e leva os dedos a boca os chupando, limpando os resquícios da carne, Por algum motivo  o gemido o deixou alegre, ninguém nunca o elogiou assim.

"Não coloque os dedos dentro da boca, nem  chupe os mesmos, pare de fazer esses barulhos, que merda, não  faça  isso".

Ele  remexe no bolso do casaco, tira uma barra de chocolate, quebra ao meio e  oferece ao maior, que aceita, pegando e comendo.

—Sou o Jason. —Ele fala baixo.—Faz muito tempo que não vejo, ninguém  nesta redondeza.—Sua voz é  séria.—Está fugindo ou algo assim?

—Ah bem, aqui estou.— Admite divertido, sendo vago.

—E muito perigoso para você..."Sangue, você cheira a sangue".—Está sangrando! Afirma espantado.

—Ah não  é nada. —O responde baixo.

—Deixe-me  ver. —Ordena aproximando-se dele, o garoto se afasta rapidamente.
—Vem tenho um kit de sutura lá em casa. —Comenta, pegando as coisas, e apagando a fogueira.

—Estou bem eu tenho...

O corpo do garoto é pego por Jason antes de atingir  o chão. Ele levou o garoto até a sua cabana, o garoto e leve facil de carregar, e tem um cheiro doce, assim que entrou em casa foi direto para o quarto por sorte nem seu pai e irmão está presente.

—Onde?—O garoto pergunta grogue enquanto Jason o coloca na cama.

O maior deixa a mochila no chão e se volta para o outro, se aproximando e o fazendo se encolher.

—Tira a blusa. —Pede, procurando uns panos limpos.

O garoto retira o casaco, ele vira dando de cara com o par de seios volumosos.

"Uma garota!!!Puta que pariu... que merda é essa? São seio de uma garota, seios reais, uma garota, como não, só pode ser brincadeira."

Ela não  não está usando nada em baixo do casaco, a respiração dele falha.

"São perfeitos, quero apertar eles, que droga".

Afastando os pensamentos  malicios para longe Jason se aproxima sentando junto a ela na cama, passou um pouco de álcool  em um pano e começou a limpar o ferimento dela, o contato faz ela suspirar alto, tirando toda a concentração dele.
As mãos dele são ágeis apesar  de serem grandes e ásperas, Jason a costurou, vinte pontos, enrolou a faixa  em volta do ferimento.

—Pronto pequena.—Ele avisa. Com sua voz rouca.—Ainda não posso dizer que está bem, tera que ficar sobre minha observação. —Responde  brincando com um sorriso quase imperceptível.

—Realmente  agradeço , mas tenho que...

—Relaxa eu não vou machucar você. —Fala segurando as mãos dela.

Ele se levanta e pega uma camisa  branca no guarda roupa, Jason ajuda ela a colocar a camiseta, ao tocar sem querer na cabeça  dela, a garota se encolhe e choraminga de dor, o mais gentil possível ele mexe nos fios escuros separandos, ele está pegajoso, o sangue estava secando, até achar o corte, ela suspira com dor ao sentir o algodão ser passado no couro cabeludo.

—Vou ter que dar uns pontos, pequena. —Ele avisa, a olhando esperando sua resposta.

Ela apenas sorri triste, fechando os olhos, e mordendo a língua, para reprimir os barulhos de dor, ele cuida do ferimento.

"Mas que porra? O que estou fazendo? Cada toque nela faz surgirem mais perguntas, isso não é bom".

Ela pisca algumas  vezes e olha ao redor com dúvida, antes de desmaiar, Jason a deita na cama com cuidado, retirando os tênis dela,  e a cobrindo com a coberta mais grossa.

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