Lembranças ruins

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Acordou no chão frio em uma sala vazia com apenas uma lâmpada iluminando a escuridão, com seu corpo dolorido  as mãos amarradas e apenas com suas roupas intimas, sem saber o que estava acontecendo, por mais que gritasse até sua garganta arde ninguém apareceu, as lágrimas caiam, juntando toda a força  ela se arrastou até o canto se escondendo na escuridão. Se esforçando até a exaustão  para retirar aquela amará de seus pulsos, fazendo sua carne ficar em caner viva.

A fome veio fazendo meu estômago arder, a minha boca está seca, com os braços  já dormente, foi quando ouvi os passos pesados e as vozes masculinas se aproximando. Me indireito contra a parede, a porta foi aberta e cinco homens mascarados entraram, me encolheu ainda mais, tentando me fundir dentro da parede. 

—Bom dia boneca.— Fala com a voz abafadas pela balaclava.

—Nossa ela é gostosa mesmo.— Comenta o outro com malícia.

Um deles se aproximou  se abaixando e agarrando o meu cabelo com suas enormes mãos, puxando-o para cima, minhas lágrimas escorrem pela dor em meu couro cabeludo, ele iria arrancar o meu cabelo. Me arrastando para a luz.

—Claro que ela é, olha estes peitos. —Ele fala, agarrando com a outra mão o seio esquerdo dela e apertando com força.—Eu tenho bom gosto.

Foi sem pensar, quando  cuspi na máscara daquele homem, a raiva e o nojo de ser tocada por alguém sem concentimento, fez meu estômago revirar.

—Wow ela é durona. —Zomba.

O rosnando furioso do que me segurava deixou claro que eu havia feito merda, ele acertou um tapa no meu rosto com força, a minha cabeça  bateu com tudo no concreto do chão,  e a última coisa que senti antes de desmaiar, foram as mãos grande se ásperas tocando meu corpo.



O olhar de Jason  a deixou com as bochechas quentes  de vergonha, ele viu a marca humilhante  que ela carrega, ser uma noiva presente e repugnante  para qualquer mulher  que ainda vive, ter que carregar, aquela  cicatriz  em forma de meia lua em alguma parte de seu corpo, feita por ferro quente. A pior das violação, ser marcada como gado, vendida e usada.

—Não liga para o meu irmão...Está segura aqui nunca vamos deixar ninguém  ferir você.— A voz dele é firme.

—Jason, não está com nojo?— Pergunta com a voz triste se encolhendo, e evitando olhar nos olhos dele.

As mãos maiores pega a dela, com leves levando  até os lábios e beijando, ela olha para ele com receio.

—E a mulher mais linda que já vi, nunca sentiria nada além de adoração por você. —Jason declarou suavemente, os olhos dele brilhavam cheios de carinho.

Ela sentia seu rosto esquentar, quando foi a última vez  que um homem a tratou com tanto carinho assim, por instinto  ela o abraçou com força, aconchegando-se contra o peitoral dele, sentindo o cheiro delicioso de Jason, ouvindo seu coração acelerado e sua respiração  abafada contra os fios de seu cabelo, as mãos dele passeando pela costa dela suavemente.



Ser abraçado  por ela fez cada parte do meu cérebro  entrar em pane, o cheiro doce dela invadiu meu organismo,  seu corpo pequeno e quente contra meu corpo, é como estar no paraíso, aquele sentimento invadiu meus sentidos, algo que eu tentei ao máximo esconder, sei que isso vai assustar ela, mas Laenna  é minha obsessão, nunca mais vou deixar ninguém  machucá-la.

Jason continuou abraçado a ela até a mesma se afastar, com vergonha ao seu estômago  reclamar de fome. Ele a  ajudou a comer, e checou sua temperatura, até preparou um chá de ervas, com alguns comprimidos esmagados, e deu a ela, a mesma não precisa saber que ele a drogou, é para o bem dela, ocupando a cadeira perto da janela ele começou a limpar suas armas, enquanto olhava a chuva cair. Se deitou ao lado dela na cama a puxando para se aconchegar contra o peito dele enquanto afundava o nariz contra o cabelo dela cheirando aquele cheiro delicioso que só ela tem.


Ela olhou com medo para o homem de terno escuro, luvas e sapatos sociais, parece caro, o cheiro do charuto a deixa tonta, de todos os homens que estavam naquele lugar ele é o que estava mais interessado nela, está em uma espécie de leilão, viu ele acertar um tapa na cara de uma mulher que também  estava na mesma situação  que a dela, o olhar dele é como de uma águia.

Evito olhar para ele, mantendo a cabeça baixa, mas ele tem outros planos, as mãos enorme dele toca minha orelha, o couro da sua luva e estranha em minha pele.

—Olhe para mim criança. —Ele ordena.

O obedecendo levanto o olhar, vejo seu rosto, tem traços  finos e um olhar gélido, o verde de seus olhos e escuro e cheio de um brilho predatório e cruel, ele lambeu os lábios finos com a ponta da língua e da uma tragada no charuto, isso me faz tossir, ele me olha  com curiosidade antes de jogar o charuto no chão e apagar o mesmo com o pé, soltando a fumaça  para cima.

—Três milhões, vou levar ela agora. —A voz autoritária  dele faz ela tremer.

Ele acena com mão e um homem alto de cabelo preto se aproxima entregando uma maleta para um dos meus captores antes de se virar para mim e me pegar no colo, o ar frio de fora fez meu corpo tremer,  entramos em um carro, e ele me aconchega em seu colo, ele é tão quente e confortável, meus olhos ficam pesados.

—Logo estaremos em casa. Foi a última coisa que ela ouviu.

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