O Rei Vampiro

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— Como você conseguiu? — tiro meu olhar do Patrício para encara meu irmão caçula

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— Como você conseguiu? — tiro meu olhar do Patrício para encara meu irmão caçula.

Asko possuía uma beleza severa, uma beleza que endureceu com o passar dos seculos. Lembro-me que meu irmãozinho era mais alegre, sua face carregada de leveza que se transformou em dureza. Mas por alguma razão, seu coração ainda continuava suave. Ele põe as mãos sobre sua bengala e encara a janela da biblioteca, a luz estava sendo obstruída por algumas nuvens noturnas.

— Como você conseguiu viver após ter perdido tudo? — volto-me para o homem dormindo no pequeno sofá ao lado da janela. — Suas palavras ainda ronda minha cabeça, eu esperei tanto tempo por ele que imaginei que quando o encontrasse ele me amaria da mesma medida que o amo.

— Eu não vivo Dragon, — meu irmão me olhava e eu via apenas solidão em seus olhos. — Apenas acordo todos os dias na esperança de ser o último dia da minha vida.

Engulo seco por não ter conhecimento tão profundo da sua dor.

— Se eu soubesse que acabaríamos assim... eu teria seguindo por outro caminho. — meu irmão apenas pisca e acena.

Patrício se mexe e retiro minha mão de seu rosto. Esperei tanto tempo por ele, todos esses anos fui obrigado a engolir os homens que passaram por sua cama, fui obrigado a engolir a raiva, a dor e agonia todas às vezes que ele se deitava com outro homem. Na morte de seu pai, mesmo de longe, eu estava lá na, ganancia de pelo menos contemplar seu rosto. Quando seu avô morreu larguei tudo para esta com ele, mesmo de longe eu queria segurar sua dor, descarregar o fardo nem que seja por um segundo. Seus primeiros passos, sua primeira queda, seu dente de leite, o primeiro dia de escola, eu estava lá.

A única coisa que me acalmava era ele, nos meus momentos de inquietação Patrício era minha calmaria. Eu sabia que era ele assim que nasceu, seu sangue me chamava, me deixava com cede enlouquecedora.

Foi em meio a uma tempestade que sorri feito louco assim que ele nasceu.

— Lembra quando ele nasceu, a dor que senti, a cede de sangue que queimava a minha garganta — meu irmão acena. — Ali eu soube, você soube que era ele, que o pacto entre mim e seu ancestral estava sendo cumprindo.

— Lembro-me, você ficoudescontrolado, seus olhos estavam negros, suas presas quase arrancaram a jugularde um dos nossos homens. — sorrio para meu irmão que faz o mesmo. — O raio caiu a cinquenta passos de ondeestávamos, ele abafou seu grito. Se nãofosses por isso, toda a cidade teria ouvido seu rugido.

— Não estou pronto para deixá-lo, Asko. Nunca vou estar pronto para deixá-lo ir da minha vida. O tive em meus braços e foi espetacular. — passo o polegar em seus lábios. Patrício suspira fundo.

— Aprendi que quando você prende os humanos, eles têm a tendência de se rebelar e se distanciar, você mais do que ninguém deveria saber disso irmão.

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