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[N/A: Oie! Essa é uma ideia que me veio na cabeça desde que o assunto de multiverso surgiu no MCU! Essa história já tem bastante coisa escrita e provavelmente não vai ser longa! Espero que vocês curtam e comentem bastante! Um beijo!]

Steve Rogers se enfiou no carro depois de trocar de roupa outra vez. Sentia o corpo inteiro tremer pela adrenalina da viagem no tempo, de ter retornado intacto; mas principalmente, pela ida a Vormir.

Não foi a presença do antigo inimigo que o intimidou - aquele não era o Caveira Vermelha que ele tinha conhecido e contra quem tinha lutado em 1945 - não, aquele era apenas uma sombra do que tinha sido.

Era só devolver a pedra, certo? Era só devolvê-la e então a troca seria desfeita. Voltaria com Natasha e pronto.

Mas não.

O maldito guardião da maldita pedra explicou que aquela era uma troca feita uma vez só - que uma vez que uma alma fosse trocada pela Joia da Alma, para todos os efeitos, deixava de existir.

Então foda-se.

Devolveu a porcaria da Jóia e foi embora daquele planeta horroroso. Voltou à Terra. Entregou o escudo para Sam, despediu-se de Bucky e agora ali estava, dentro do carro, acelerando para longe.

Ao olhar para o retrovisor pela última vez, viu os amigos olhando para a traseira do carro, claramente preocupados.

Que fosse. Tinha se preocupado com os outros tempo demais, a vida e os planos dele sempre em segundo plano; tudo que tinha planejado com ela era para "depois que derrotassem Thanos".

Nunca houve o depois.

Sentindo os olhos arderem pelas lágrimas, caiu na estrada.

~

Dois anos depois

Steve Rogers abriu os olhos lentamente numa manhã de primavera. Olhou para o teto do quarto, a luz que entrava pelas frestas da janela fazia uma zebra no teto. O Sol finalmente tinha saído, o que era uma novidade bem vinda em meio à monotonia. Às vezes pensava que abriria os olhos e estaria em outro lugar, o que era risível. Onde mais estaria?

Contemplou a possibilidade de ficar na cama, mas logo levantou. Fez todo o ritual de sempre. Escovou os dentes no banheiro gelado, tomou café sem gosto, comeu torradas do dia anterior e trocou de roupa - calças jeans e camiseta branca.

Ao sair no grande espaço aberto atrás de casa, viu o pólen que voava em partículas enormes contra o Sol. Alimentou as galinhas. Ligou os sprinklers da horta. Se colocou a cortar a lenha que ainda estava ali, esperando para ser armazenada.

Todo dia era a mesma coisa. Cortar a lenha, alimentar os animais, nadar no lago, correr ao redor da propriedade, ir até a cidade de vez em quando. Não necessariamente nessa ordem, ou em qualquer uma.

Há dois anos, aquela era a rotina. Tinham derrotado Thanos, Tony estava morto, o mundo os considerava heróis novamente. Não é como se Steve ligasse para nada daquilo mais; tinha passado o escudo para Sam - alguém que ele acreditava ser digno de carregar o que aquele artefato metálico representava. Tinha devolvido as joias e o Mjolnir ao lugar de onde não deveriam ter saído, e em teoria, tudo estava certo.

Em teoria.

Não queria pensar naquela parte do assunto; não naquela manhã de primavera depois de um longo inverno incapacitante, que o tinha mantido dentro de casa pensando mais merda do que deveria. Nem mesmo uma pneumonia era capaz de pegar para se preocupar ao invés.

Afastou as imagens da cabeça. Não queria pensar em cabelos ruivos, precipícios e promessas sussurradas antes de tudo ir para o caralho. Não era hora para aquilo.

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