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[N/A: Espero que gostem!]

"Não que eu esteja reclamando de estar a salvo da Wanda," Steve disse enquanto misturava o açúcar ao café numa xícara. "Mas qual o plano, exatamente? O que vamos fazer aqui?"

Natasha e Tony trocaram um olhar apreensivo antes dele limpar a garganta e dizer,

"É claro que a Feiticeira Escarlate é uma ameaça multidimensional. Apesar de sermos muito mais avançados nesses estudos do que a maioria dos outros universos, é preciso cautela. Não sabemos o que pode acontecer se simplesmente os mandarmos de volta. Todo caminho entre universos deixa um rastro, menos os abertos por America."

"Então isso significa que seremos estudados como cobaias?" America disse.

"Nós não, você." Steve rebateu. "Vim por acidente."

A garota o olhou feio, mas não respondeu. Natasha balançou a cabeça em um movimento negativo.

"Não só isso. Estou desenvolvendo uma ferramenta que me permite achar outros exemplares de uma pessoa nos multiversos próximos. Acho que a presença de vocês pode ser útil. Nunca tive pessoas para testar o alcance das pulseiras."

"Bem, não vou reclamar." America deu de ombros. "Pelo menos estamos distantes da Wanda."

"Por enquanto." Stark rebateu. "Prometi passar o dia com Morgan hoje. Me deem licença."

Steve ficava feliz de saber que Morgan e Pepper estavam vivas naquele universo, e que Tony não tinha morrido. Ao menos alguma família tinha ficado intacta.

Os dias no QG eram mais do mesmo. Natasha passava quase o tempo inteiro enfiada no laboratório. Steve não tinha ideia de como o assunto 'multiverso' era sério, mas aparentemente, era a pesquisa da vida inteira dela.

Ele fazia o máximo possível para se manter longe - não que ela não fosse agradável de estar perto, mas ele não conseguia ser. Não queria ser o esquisito que ficava falando da Natasha de outro universo e de como ele a amava. Com certeza causaria uma impressão ainda pior do que ela já tinha dele.

~

Três noites depois, acordou suado. Abriu os olhos assustado e demorou para perceber onde estava. Engolindo em seco, sabia que não conseguiria voltar a dormir, então se levantou rapidamente.

Lavou o rosto no banheiro da suíte, tentando tirar de si os vestígios do pesadelo que tinha tido. Vormir outra vez.

Ao mesmo tempo em que nunca tinha visto o corpo de Natasha, a mente dele conjurava imagens terríveis de como ela podia ter ficado depois da queda. Ao menos uma vez por semana, sonhava com aquele cenário terrível. No começo, chegava até a chorar. Agora, só sentia as mãos tremerem, mas aquilo nunca deixava de perturbá-lo.

Desceu as escadas sem fazer barulho e foi para a cozinha deserta. Pensou em fazer algo para comer, mas acabou sentando em uma das banquetas altas com um copo d'água.

Minutos depois, ouviu passos. Natasha entrou na cozinha. O coração ainda errava uma batida ou duas ao vê-la viva, saudável, mesmo que não fosse ela propriamente dita. O contraste da presença dela com o sonho horrível que tinha acabado de ter era quase uma crueldade do destino.

A pontada no coração ficou completa ao ver que ela trajava uma camiseta muito parecida com a que a Natasha dele gostava de vestir. Acompanhando, shorts pretos e pés descalços. O cabelo estava preso em um coque bagunçado, e a cara amassada de sono era exatamente a mesma que ele conhecia desde sempre.

"Hey." Ela disse, a voz rouca de sono. "Perdeu o sono?"

"Sonho ruim." Ele respondeu, bebendo o resto da água.

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