Capítulo 7: Escuridão.

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Quando abriu seus olhos, o Jovem Yang não se encontrava mais na arena. Nem na cama de seu quarto. Era um lugar escuro e gelado. Tão escuro que não podia enxergar o local. Seu corpo doía, mas não apenas pelos machucados.

Chiou e pressionou seu peito, próximo ao coração. Era uma dor tão grande, parecia que lhe queimava por dentro. Tentou se levantar, mas não tinha forças o suficiente.

— A-Alguém? — Chamou, com a voz fraca e assustada. Não fazia a minima ideia de onde estava. Engoliu seco, o que machucou sua garganta irritada.

Chamou mais um par de vezes, até não aguentar mais nem respirar sem sentir uma dor forte. As lágrimas começaram a banhar seu rosto. Onde diabos estava? O que havia acontecido, após o treino?

Treino.

"Seungmin" pensou, logo sentindo seu choro se intensificar. Será que o Kim estava bem? Afinal, quanto tempo havia passado desde aquele momento? Ele não conseguia dizer. Sua mente traiçoeira começou a formar imagens vindas da escuridão.

Primeiro viu a silhueta familiar de Seungmin, correndo até ele e então, sendo esmagado por uma parede pesada, de madeira e ferro. Depois, o Kim sendo levado, inconsciente. Céus! Como doía!

Seu coração doído só clamava por refúgio. Por proteção. E somente um nome era chamado:

Hyunjin.

Como queria abraça-lo e chorar em seu peito, queria ser consolado e receber tanto carinho até não sentir mais essa tristeza e dor tão grande. Beija-lo até que o mar de chamas dolorosas em seu peito se tornasse um jardim de flores. Por que Hyunjin tinha esse efeito, causar paz em seu ser.

E Jeongin sentia que precisava dele, mais do que nunca.

Seus olhos se iluminaram ao ouvir passos se aproximando, lentos, porém pesados. Uma respiração também era ouvida, calma. Começou a soar de nervoso e implorava para ser aquele que tanto desejava ter ao seu lado.

Quando uma frecha de luz foi se expandindo e iluminando o quarto onde estava, Jeongin confirmou que era um portão de ferro. A claridade machucou seus olhos inchados, então ele os fechou com força. O barulho do mar chegou a seus ouvidos, o que causou um balanço em seu estômago.

Estavam na aldeia?

Não, Hyunjin não poderia ir para a aldeia. Ele não era maluco ao ponto de se entregar aos inimigos dessa maneira.

Quando voltou a abrir seus olhos, pôde ter a certeza de que, sim, não era seu amado fúria da noite. E a visão que teve o deixou travado, congelado como as imensas geleiras.

— P-Pai...

Nunca, em toda sua vida, havia visto seu pai com tal expressão: uma mistura de dor e ira tão profunda, que assustou Jeongin e o fez tremer imediatamente. O olhar do líder Yang lhe julgava de maneira tão severa que o mais novo sentiu como se ele soubesse de todos os planos e coisas que fez por suas costas.

— Jeongin. — Sua voz fria e cortante feriu ainda mais o coração do menor. Seu pai nunca havia lhe falado com tal frieza.

— Pai... Q-Que lugar é esse? — Perguntou, com a voz fraca. — Por que estou aqui?... Está frio e meu c-corpo dói. Mu-Muito.

Fechou os olhos, com a esperança de que seu pai estivesse ali para lhe tirar daquele inferno escuro e levá-lo para casa. Mas não. O senhor Yang não moveu nenhum músculo, mesmo com seus olhos se enchendo de lágrimas, ele não foi até Jeongin.

— Eu nunca imaginei, Jeongin, que logo você, meu filho... — Parou, engolindo seco e contendo as lágrimas. A figura de seu filho, naquele piso de pedra, frio e sujo, cheio de machucados, o quebrava, mas havia algo que o impedia de socorrer seu pequeno.

Como cuidar do seu... Dragão? (HyunIn e MinSung)Onde histórias criam vida. Descubra agora