Capítulo 8: Correntes e verdades.

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Ao grito do capitão, o navio zarpou. O balançar não estava tão intenso quanto em dias de tempestade, mas Jisung ainda assim sentia um enjôo tremendo. Seus olhos inchados e doloridos não se focavam em qualquer outro lugar se não no Nadder Mortal, que também lhe encarava. Seus corações pediam a gritos para que os corpos se juntassem, que se abraçassem e nunca se separassem. Mas as correntes não deixavam que Minho sequer se movesse direito, quem dirá ir até o Han, que se apoiava na borda do navio, estando preparado para vomitar sempre que sentir necessidade.

— Minho, não... — Jisung disse, alternando seu olhar entre o ruivo e o capitão.

— Não se intrometa, Han Jisung. — Ordenou o líder e imediatamente os que seguravam o ferreiro apontaram as lanças para seu pescoço. — Vamos, Nadder, me dê sua resposta.

Minho continuou olhando para seu garoto, sentindo seu corpo inteiro tremer e suas garras rasgarem suas mãos, cerradas fortemente. Logo focou no asqueroso homem que esperava por sua resposta. — Não entendo como alguém que não se importa com seu povo, pode ser líder. — Disse, rangendo os dentes.

— Como se você, um monstro, pudesse entender o que é ser líder. — Sorrio debochado o Líder Yang. — Rápido, Nadder, o tempo está acabando.

A ponta da lança fez um raso corte no pescoço de Han, que gemeu baixinho com o ardor.

Minho se forçou a ir até seu amado, mas as correntes não o deixavam. Rosnou alto, deixando suas presas a mostra para todos. — Larga ele! — Vociferou.

— Sua resposta. — O líder continuou em seu lugar.

A lança novamente ousou ferir Han, dessa vez fazendo um corte em seu belo rosto.

— Certo! Eu aceito! Agora soltem ele!

— Minho! — Jisung gritou em repreensão.

Sorrindo, o líder fez um gesto com suas mãos e aqueles guerreiros soltaram o ferreiro, o deixando cair no chão do convés.

— Temos um acordo, Nadder Mortal. Se você o quebrar — Apontou para o jovem Han. — Não hesitaremos em acabar com ele. Esteja avisado.

Jisung sabia que Minho nunca iria deixar que morresse, isso só piorava sua situação. Por sua culpa, agora ele não teria mais como fugir!

— Ji. — Tombou a cabeça para o lado, enquanto observava o Lee, confuso. — Não pensa demais, certo?

Já mais afastado do casal, o líder esperava um dos guerreiros.

— Lider Yang, a carta está pronta. — Um dos homens entregou o papel, já dobrado e pronto para ser enviado. O Yang assentiu e prendeu a carta na pequena perna de sua águia.

— Leve-a até o Capitão Seo. — Foi sua ordem, antes de lançar o pássaro até os céus.

A águia era rápida e esperta. Mas não era como se ela precisasse viajar muito para encontrar o homem que procurava. Ele estava mais perto do que poderiam imaginar.

[...]

Quanto tempo havia passado? Jeongin nem se preocupava mais em contar. Mantinha seus olhos fechados e a boca entreaberta, com respirações fundas e pesadas. A ponta de seus dedos estavam cada vez mais azuladas, por conta do frio ambiente.

E, sendo sincero, Jeongin não aguentava mais.

O que faria se chegasse a sair daquele lugar? Seu pai o abandonou, a vila o condenará por traição, Seungmin... Seungmin se machucou por sua causa e provavelmente lhe odeia.

Como cuidar do seu... Dragão? (HyunIn e MinSung)Onde histórias criam vida. Descubra agora