A PROPOSTA - NYX

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Tirei meus sapatos pensando que se eles pudessem falar, eles gritariam um "obrigado". Eu joguei na cama gigante, sentindo todo o meu corpo doer e relaxando aos poucos.

Ali no quarto, sozinha, se coloca de pé. Tentei mais fazer que tudo tirasse o esparlho que ele apertava. O vestido havia saído facilmente, mas aquele troço a sufocava até a alma.

Por segundo ela ponderou em pedir, educadamente e sem malícias, que Nyx a ajudasse. Mas aquela ideia parecia absurda, dada as circunstâncias.

O problema era que ela não queria dormir com aquele negócio que ela apertava. Ela colocou um roupão de será por cima do corpo e respirou fundo, abrindo a maçaneta.

Sai do quarto, olhando até o fundo do corredor, onde Nyx disse com toda a seriedade que aquele era o quarto dele . Então, quando cheguei ao quarto, abra a porta sem pensar, e...

Fiquei sem ar. Ali, diante de mim, a poucos metros de distância, em cima da cama almofadada e grande, estava o que eu agora chamava de marido.

De costas, completamente nu, no meio de uma mulher, que gemia descontroladamente enquanto ele estocava violentamente.

Nyx olhou para mim por cima do ombro, seus olhos azuis acizentados brilhando, com um sorriso nos lábios e alguns fios de cabelo grudados em sua testa.

Pequenas gotículas de suor se acumulavam em sua costa, fazendo sua pele amornada brilhar um pouco mais. Ele sorriu para mim por cima do ombro.

– Ei, S/n – ele disse com a voz grave e ofegante.

Aquilo poderia facilmente fazer com que eu me sentisse extremamente excitado. Se eu não tivesse morrido de raiva.

– Poderia fechar a porta quando sair?

O estrondo que invadiu a casa toda – ou que para mim era uma mansão – poderia ser escutado do lado de fora, eu tinha certeza de alguma coisa.

Meu corpo tremia de ódio e eu lutava para que minha respiração voltasse ao normal. Voltei para o meu quarto, no qual eu não deveria ter saído.

Quase rasguei o roupão que estava no meu corpo, tirando-o. Abra as gavetas de tudo o que via, na tentativa de achar algo pontudo.

Peguei nas mãos um abridor de cartas, que estava mais para um pequeno punhal e apunhalei o esparlho que espremia meu corpo, arrastando o abridor até a base, rasgando-o.

Não sei porque não fiz isso antes. Burra.

Me deitei na minha cama, sentindo minha garganta fazendo por acumular um grito. Nyx queria me machucar, fazer qualquer coisa para me menosprezar. Mas aquilo não ficaria daquele jeito. Pelo caldeirão, ele iria provar o próprio remédio.

[...]

No dia seguinte eu havia acordado cedo, eu estava decidido a fazer algo em casa. Mesmo que fosse só explorar.

Para mim, aquilo era um palácio. A luz natural entrava por todo o canto, as janelas eram grandes e as portas também eram do teto ao chão praticamente. Parecia que era tudo o que o dinheiro poderia comprar.

Quando virei minha cabeça para admirar a sala que tinha as duas portas abertas, com prateleiras cheias de livros, ouvi um "bom dia" do fundo do corredor.

Virei e vi um macho de belos cabelos ruivos, a pele clara, com os olhos castanhos claros. Ele tinha poucas sardas em seu rosto e um maxilar marcado. A camisa branca era quase transparente em seu peito, dando para ver que ele tinha um corpo escultural.