Capítulo 8 - Alienígena

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1

- Lembra de mim? – ela perguntou, arrastando um machado com a mão direita.

- Diego, quem é essa louca com o machado Diego, pelo amor de Deus, diz que lembra quem ela é e que você nunca fez nada de mal pra ela! Por favor Diego! VAMOS DIEGOOOO!

Diego não conseguia responder nenhum dos dois. Ele lembrava quem era ela. É claro, havia enfiado uma bala em sua cabeça. Mas ali, algemados àqueles postes, Diego não conseguia dizer uma palavra.

- DIEGO, ELA TEM UM MACHADO, DIEGO, ME AJUDAAA!

- Eu tenho pensado nesse dia desde que aquela piqueturcha me trouxe de volta. Qual ia ser o melhor jeito de me vingar. Então eu lembrei que você tinha um amigo. Eu podia matar ele, mas... – ela olhou para o ferimento na perna de Ed – acho que minha irmã já fez essa parte do trabalho. Que pena.

Ela deu meia volta com o machado e então se virou de novo levantando o dedo indicador e dizendo:

- Maaaaass... Eu ainda posso ferrar com o resto que sobrou de vocês. Eu fiquei pensando em como quando eu vi a bala no seu joelho. Então eu peguei isso aqui – ela balançou o machado – e fiquei me olhando assim... E gente, eu sou muito bonita!

- Diegooo...!

- Então eu pensei em arrancar o rosto do seu amigo. Assim você ia ter uma ótima lembrança da morte dele. Também pensei em arrancar seus braços, assim você não ia poder abraçá-lo nem enxugar as lágrimas. Eeeeee... É isso. Não tive nenhuma ideia melhor, então vai essas duas mesmo.

- Diego! Não deixa ela fazer isso Diego! Diego fala alguma coisa!

- Isso, diz alguma coisa. Vai deixar o coitado morrer sem nem saber o porquê?

Diego olhou para Ed e finalmente abriu a boca.

- Desculpa... Desculpa!

- Não desculpo – ela disse, erguendo o machado.

Ela afastou a lâmina e golpeou o braço de Diego, que gritava como uma menininha. Mas, pouco antes de acertar a carne, ela parou no que parecia um braço feito de rabiscos e então olhos de giz se abriram para ela.

Era o braço do Cozinheiro, mas não era um braço de homem.

A Sádica tomou a mesma forma escura feita de rabiscos e olhos de giz.

- A Bruxa me prometeu que eu ia me vingar dele! – ela disse.

- Acho que a Bruxa não está aqui, está?

- Não, não está, e é bom você sair da frente se quiser ver ela de novo.

Nessa hora Boca de Vodu apareceu na sala, na mesma forma bizarra e escura. A Sádica olhou ao redor e se afastou.

- Não vou comprar uma briga que não posso ganhar. Mas vocês sabem que a Bruxa vai atrás de vocês quando voltar. Eu é que não queria estar na pele de vocês.

- Isso é problema nosso – Disse o Cozinheiro, retirando as algemas de Diego e Ed.


2

Ed e Diego seguiram o Cozinheiro e sua companheira. Ed lançava alguns olhares tortos para Diego no caminho, do tipo "você me deve explicações".

Eles chegaram a um tipo de restaurante, arrombaram a porta, se sentaram e acenderam velas.

Boca de Vodu pegou uma caixa de madeira, abriu e despejou seu conteúdo na mesa.

Eram letrinhas.

pERgUntaS ?

- Todas, por favor – disse Ed.

- Mais rápido, por favor! – disse o Cozinheiro.

Boca de Vodu revirou os olhos.

- Queremos pará-la – disse o cozinheiro.

- Parar quem? – perguntou Diego.

a BruxA

- Quem é essa Bruxa que vocês tanto falam? – Perguntou Ed.

- A Bruxa é só uma garotinha de 12 anos que deu piti e está com raivinha dos pais. Eu já disse que ela não é o problema.

- Foi a Bruxa que roubou as estrelas? – perguntou Diego.

- O que é pior então? – Perguntou Ed.

- Sim, foi a Bruxa – respondeu o Cozinheiro.

- E o que é pior que a Bruxa? – perguntou Ed.

Boca de Vodu mordeu os lábios e moveu as pecinhas.

a Sombra


3

- Como assim você roubou as estrelas? – perguntou Cinthya.

Marlett e ela se olharam.

- Eu tô brincando, sua bobona! – disse Marlett, rindo.

- Ah, por um momento achei que você realmente acreditasse nisso!

- É que eu sou alienígena de uma raça avançada e controlo onde as estrelas ficam.

- Aham, sei. Eu sei que você não é ô. Sabe por quê?

- Por quê?

- Porque aliens não sentem cosquinha! Ahaaa! – disse Cinthya, enquanto fazia cosquinhas... Mas Marlett não riu.

- Ué, você não tem cosquinhas? – ela perguntou.

- Hn hn. Nada de cosseguinhas – disse Marlett balançando a cabeça.

- Hmmmm... Chata.

- Chata é você, seeeu... Tubérculo!

Cinthya riu.

- Sua alienígena!

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⏰ Última atualização: Jul 09, 2023 ⏰

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