12°Capítulo

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Helena

Cada minuto que passa só sinto mais vontade de matar a todos, que odio dessa gente, como pode, usar uma criança para me ameaçar, não posso vacilar, sei do que eles são capaz de fazer, assim que a Gringa saiu daquela sala, ouvir coisas absurdas, também tive a confirmação que eles tem medo dela, o que me fez pensar que ela possa ser a manda, ou ela não sabe de nada, e esta suspeitando de nada, não posso descarta nada, sei que tudo é possível, achei estranho que de uma hora para outra decidiram tirar todas as crianças do convento, já que foi decidido que elas não iriam acompanhar o enterro, e até eu preferia assim, mas tivemos que trazer todas, até os bebês, aí tem coisa, estávamos acompanhado o cortejo até o cemitério que fica aqui na comunidade.

__minha tia Diana foi me vê__paro olhando para a Clara assim que ouço o que ela diz, não sei de quem se trata, mas ela gosta muito dessa mulher, e eu tenho até medo de ser alguém tentando fazer algum tipo de maldade__ela disse que vai levar nós duas para morar com ela.

__onde você a viu?

__ela foi me vê lá no quarto.

__ela te perguntou algo?

__perguntou por você__olha aí, não disse, aí tem coisa.

__o que você disse a ela?

__vamos Helena, a madre está de olho em você__olho para a Marcela, ela está um pouco estranha, já me deu algumas patada, desde a hora que ela bateu em meu quarto, pensei até na possibilidade dela ter visto algo, mas acho que não, acredito que ela não ficaria calada, continuamos a caminhar.

No cemitério foi outra eternidade, eu doida para que esse circo acabe logo, para que tanta baboseira, pior ainda, para um ser tão ruim.

__vem Clara__já fico apreensiva__as crianças vão de carro agora.

__quero ir com a tia Lena.

__são ordens da madre, não discuta garota.

__posso ir com elas?

__não precisa se preocupar, Helena, não tenta nada, lembre o que eu disse ontem__ela pega na mão da Clara, sei que aí tem coisa.

A Marcela entra em um dos carros com algumas das crianças, em outro entra a Maria com o restante das crianças e a madre, que antes de entrar me olha, queria entender de onde vem tanto ódio,  nunca fiz nada para essa gente.

__oi moça__sorrio ao ver o garotinho do supermercado__você se lembra de mim?

__lembro sim, o que você faz aqui? Está sozinho?

__estou com o meu primo, eu queria ver como é um enterro sabe?

__e sua mãe, sabe que você está aqui?

__que nada, se ela descobrir eu ficarei um mês se castigo, você não me disse seu nome.

__Helena.

__o meu é Guilherme, você é muito linda sabia, minha mãe vai gostar muito de te conhecer.

__Guilherme, sua mãe está uma fera__uma senhora para ao seu lado, ela não me olha, parece preocupada, e não é para menos.

__olha vó, a moça que eu falei, a do supermercado__ela volta sua atenção para mim, estranho o jeito que ela me olha, parece surpresa e nervosa__ela é linda, né vó? Vou apresentar ela a minha mãe, o nome dela é Helena.

__Cíntia, leva o Guilherme__a voz da Gringa ecoa nas minhas costas e pelo tom ela parece está com raiva, não olho, pois o olhar da senhora sobre mim me deixa nervosa, não entendo o motivo dela esta assim, tão surpresa.

Senhora da LuxúriaOnde histórias criam vida. Descubra agora