Isabela Pov
Acordo com a música que meu pai sempre botava pela manhã, o que me deixava em parte feliz e ao mesmo tempo querendo quebrar aquele rádio, principalmente hoje, tínhamos chegado de mudança a dois dias, moramos em Los Angeles antes, até minha mãe que é arquiteta conseguir um emprego na cidade vizinha a nossa atual, como era uma obra grande tivemos que nos mudar para facilitar as coisas para ela, mas eu não ficaria muito tempo aqui, eu voltaria para Los Angeles quando me formasse e entrasse na faculdade, meu sonho era a UCLA, mas ainda havia um pouco mais de dois anos entre mim e esse sonho. O bom de termos vindo para cá e que não estávamos totalmente sozinhos, minha tia morava com seu marido e filho em Meridian , tá bom que em vez de escolher a cidade grande de Meridian onde seria o trabalho da minha mãe eles decidiram escolher a calmaria da cidade vizinha que ficava a uma hora de carro de Meridian: Thunder Bay, era uma cidade pequena, e pelo pouco que vi de dentro do carro uma cidade de pessoas muito ricas , mas não posso falar nada, eu também era muito bem de vida, com uma mãe arquiteta e meu pai dentista tínhamos tudo do bom e do melhor. Mas nada foi dado de graça para eles como parece que foi dado aos moradores daqui, as casa da rua que iríamos morar eram praticamente não visíveis por seus muros altos, mas deixava algo para se imaginar
De princípio eu e meus irmãos não tínhamos gostado da mudança, até chegar em Meridian e nos encantar com a cidade, o que não durou mais de dois dias até nossos pais nos arrastarem para cá, mas nossa indignação mudou para animação assim que descobrimos que morariamos ao lado de um cemitério, eu e meu irmão Nicolas adoravamos filmes de terror e coisa macabras desse estilo, e nossa irmã mais nova de cinco anos Valentina tinha um pouco de medo mas era facilmente levada, então com pouco papo enrolamos a mesma e ela se animou tambem. Depois de ficar um tempo na cama respiro fundo e me levanto e abro a porta e ao mesmo tempo Nicolas que tinha o quarto na frente do meu também faz o mesmo.
- Ele não vai para com isso nunca não é? - O mesmo pergunta se referindo a Suave Bruta de Joe Arroyo que tocava no último volume, vejo Valentina saindo do quarto dela ainda coçando os olhinhos e acordando.
- De novo isso? - A mesma fala com uma voz um pouco chateada, respiro fundo.
-Vamos lá falar com. Pego Valentina no colo e descemos os três juntos, meu pai havia se casado com uma Colombiana, nossa mãe amava o país de origem e íamos lá nas férias visitar nossa família, e meu pai era um americano que amava a cultura e o país de sua esposa, ele queria que nos lembrássemos de nosso sangue colombiano então a maneira dele de fazer isso era colocando músicas tradicionais da Colômbia dentro de casa, mas isso às vezes era um tanto incômodo, principalmente que não fazíamos ideias de que músicas eram aquelas.
Chegando na cozinha vemos ele preparando o café enquanto cantava, ou melhor, tentava acompanhar a música cantando, mesmo tendo vinte anos de casado o espanhol do meu pai era horrível, ele mais entendia do que falava.
-Papá. - Chamo o mesmo em espanhol e assim que ele escuta se vira para nós sorrindo e abaixa o som, meu pai de formal alguma aparentava a idade que tinha, ele tinha os cabelos loiros assim como a barba, sua pele era clara e seus olhos era de um azul marcante, azul esse que eu havia sido a única dentre meus irmãos a herdar, Nicolas era a forma masculina da minha mãe, pele bronzeada como a dela, cabelos de um castanho claro e olhos verdes, já Valentina tinha os olhos verdes e os cabelos loiros, e tinha sido a única a não herdar a pele bronzeada, na Colômbia meus avós diziam que eu era como minha mãe na juventude, isso como se ela parecesse velha, tinha pele bronzeada e os cabelos castanhos claros, mas os olhos eram do meu pai, minha mãe assim como meu pai parecia muito mais nova do que realmente era, já fomos confundidas até com irmãs.
-Oi meus filhos, bom dia, o café tá quase pronto, e daqui a pouco o Rafael vem levar você e seu irmão para a escola, e eu vou levar a Valentina.- O mesmo fala enquanto não parava de andar na cozinha.
-Papá sabe que não precisamos dessa música para nos lembrarmos da Colômbia, para falar a verdade, mal conhecemos ela-. Falo me sentando com meus irmãos.
- Eu e sua mãe dançamos muito quando eu estava lá.- O mesmo sorri deixando as rugas nos cantos dos olhos à mostra, só isso denunciava sua idade.
Suspiro conformada sabendo que aquilo era uma aviso que teríamos música todo dia, depois de uns minutos ele nos serve o café da manhã e comemos enquanto conversávamos, depois do café, eu e meus irmãos subimos e nos arrumamos para a escola, ponho o uniforme da escola assim como meu irmão, prendo o cabelo em uma trança e logo saio para ajudar Valentina a terminar de se arrumar, assim que termino o cabelo dela posso escutar a buzina do carro de Rafael, nosso primo, ele morava em Meridian, mas a minha tia resolveu colocá-lo para estudar com a gente, para talvez não nos sentirmos sozinhos, me despeço de Valentina e do meu pai e entro no carro de Rafael junto com Nicolas e vamos conversando até a escola, chegando lá Rafa para o carro ao lado de uma duas motos enormes e pretas, eram motos esportivas, saímos do carro e Rafa parecia hipnotizado.
-O que foi?- Pergunto enquanto parava atrás dele e olhava para as motos também.
-Sabe que motos são essas?- Ele me pergunta.
-Eu não conheço nada sobre motos e sabe disso.
-Essas belezinhas são Kawasakis Ninja ZX-10R tem 203 cv de potência. - O mesmo fala fascinado.
-Hum, interessante. -Falo com se estivesse falando do tempo e volto a andar enquanto Rafe vem atrás de mim reclamando da minha falta de interesse, vamos para a secretaria para pegar nossos horários.
A moça falava conosco quando escutamos a porta abrir e vemos um cara alto, com cabelos pretos e olhos azuis entrando, ele era realmente gato e me deixou um pouco interessada, ele sorri para nós.
-E aí, eu me chamo Ivarsen Torrance, vou apresentar a escola para vocês. - O mesmo se apresenta apertando nossas mãos.
-Eu só quero saber onde é minha sala, o resto eu me viro. - Rafa fala e aquilo me anima, ficaria sozinha com um gato.
- Eu quero conhecer tudo. - sorrio e tenho o sorriso retribuído por Ivarsen.
O mesmo mostra a sala do meu primo e depois me mostra a escola, chegamos na quadra de basquete e vejo ao fundo umas meninas líderes de torcida, aquilo me anima, eu era a capitã na minha antiga escola, a partir daquele momento tinha minha atividade extracurricular ali. Quando me viro novamente para Ivarsen vejo que ele estava conversando com um garoto, mas o mesmo estava de costas então não sabia como ele era, me aproximo um pouco e quando Ivarsen olha para mim o garoto se vira e Deus mio, ele era mais bonito até que Ivarsen, o mesmo tinha um cabelo que cobria a nuca, era de um tamanho médio, sua pele era como porcelana e seus olhos eram um pouco puxados, diria que de uma descendência asiática, seus cabelos e olhos eram pretos, ele era a perfeição, percebo que estava olhando demais quando o mesmo começa a me olhar com um olhar estranho, me recomponho mesmo estando com vergonha.
-Isa esse é meu primo, Madden Mori, eu tive um imprevisto então então vai terminar o tour com você. - Ivarsen fala mas não me dá tempo de responder e já sai às pressas. Madden me olha e dá as costas começando a andar, mas para assim que percebe que eu não o segui.
-Você não vem? - O mesmo pergunta, e nossa, até sua voz era bonita, era uma voz grossa e rouca, como se tivesse acabado de acordar, com um pouco de vergonha forço minhas pernas a se moverem, parece que as coisas tinham acabado de ficar mais interessantes nessa cidadezinha.
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𝕿𝖍𝖊 𝕯𝖊𝖛𝖎𝖑 ~ 𝕸𝖆𝖉𝖉𝖊𝖓 𝕸𝖔𝖗𝖎
RomantikPara Isabela Ramirez, Thunder Bay seria seu domínio, ela seria a capitã das líderes de torcida, a garota que veio da cidade grande, e seria a vida perfeita como em sua antiga escola, afinal o que uma cidade pequena e tranquila poderia esconder não é...