01_ Falência.

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- Às vezes, se apaixonar é a atitude mais corajosa que alguém pode ter. - Kiera Cass.

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Amar alguém... Parece assustador, né?

Sinceramente, eu acho que nunca poderia chegar esse nível de sentimentos em relação a outra pessoa. De verdade, na minha vida nunca existiu isso e eu acho difícil que possa acontecer isso.

Meu nome é Roxy Kimberly Jhonson, atualmente tenho 19 anos e terminei o ensino médio a pouco tempo. Devo admitir que terminar finalmente a escola foi uma das coisas mais incríveis que eu já fiz.

Ser uma pessoa que se importa com o futuro pode ser bem complicada. Ok, eu poderia facilmente resolver tudo isso com apenas umas notas de dinheiro, mas eu queria pelo menos conquistar alguma coisa com o meu próprio esforço. Ou melhor, com a minha inteligência.

Com 19 anos eu nunca senti algo intenso por ninguém. Digo, algo intenso e grande como o amor. Eu até tive algumas tentativas, mas elas foram falhas e o que eu consegui foi apenas frustrações comigo mesma por não saber bem o que era.

Imagina só! Entregar totalmente meu coração a alguém desprezível? Babaca? Escroto? Ficar vulnerável a alguém? Confiar cegamente o coração a alguém? Eu, particularmente, não queria que acontecesse comigo de jeito nenhum.

Amassei o papel em minha mão, soltando um grunhido de raiva por não conseguir terminar aquele desenho.

É uma segunda-feira em Miami, faltavam poucos instantes para a hora do almoço e eu estava em meu quarto naquele momento. Sentada na minha cadeira giratória, com meus cabelos cacheados preso em um coque, com óculos de grau em cima do meu nariz, uma expressão irritada, com os lábios semicerrados e uma grande frustração.

Eu estava sem inspiração naquele momento. E eu me odiava por isso.

ㅡ Roxy Kimberly Jhonson!!! ㅡ Revirei meus olhos ao ouvir o meu nome ser pronunciado por aquela voz estridente. No segundo seguinte a porta do meu quarto foi aberta com brutalidade. ㅡ Roxy, olha pra mim! Agora!

Virei a cadeira, levantei o óculos com o dedo indicador e encarei ele. O que se alto nomeia meu pai.

Ele não era o melhor exemplo de pai que alguém pode ter, na verdade é o pior. Eu sou a irmã do meio de três irmãos, e ter chegado na época de adolescência do meu irmão mais velho foi uma das piores coisas que poderia acontecer.

Meu irmão mais velho, Connor, teve toda razão e todo meu apoio em sair de casa com apenas 17 anos para seguir a sua vida longe daqui. Nosso pai nunca foi uma pessoa em que podíamos confiar cegamente.

Ele foi embora quando meu irmão tinha 16 e eu tinha apenas 7. Além disso, ele era um péssimo pai e durante anos a minha mãe ficou submissa a ele mesmo estando a quilômetros de distância.

ㅡ O que foi agora? ㅡ Indaguei, com desdém. Olhei para a sua mão estendida e percebi que era um dos cartões de crédito dele.

Sorri abertamente.

ㅡ Você achou? Eu coloquei de volta na sua carteira. ㅡ Respondi sarcásticamente.

ㅡ Você praticamente estorou o limite dele, Kimberly!

ㅡ Não me chama de Kimberly! ㅡ Grunhi, um pouco irritada.

Não me levem a mal, para uma criança que passou a ser chamava com agressividade de Kimberly não era nada legal. Além disso, odiava aquele nome pelo simples fato dele ter colocado.

ㅡ E por que você se importa? Até parece que liga para qualquer coisa que eu faça! ㅡ Revirei meus olhos fingindo não me importar, mas no fundo algo se apertou dentro de mim.

Casando-se com um BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora