Casando-se com um Bilionário

35_ Escritório do Eliot.

ㅡ Como anda as coisas na mansão? ㅡ Eliot questionou, mantendo seu sorriso falso e sua inútil tentativa de ser um pai cuidador.

Era ridículo ver toda aquela cena dele. Claramente era uma farsa que ele sempre costumava fazer, para fingir e tapar o buraco que tínhamos dentro daquela família tão perturbadora.

Estávamos na sala de jantar, todos a mesa almoçando parecendo uma família feliz. Eliot estava sentado na ponta da mesa, com um sorriso enorme e falso nos lábios, minha mãe estava do seu lado direito e o Anthony ao lado dela. Já eu estava em seu lado esquerdo, com o Damon do meu lado segurando minha mão por debaixo da mesa.

Ele sabia que á qualquer momento eu poderia explodir e dizer tudo o que estava preso na minha garganta. Porque eu estava com raiva pela tamanha falsidade dele e pela minha mãe continuar sendo idiota.

Ela já sabia da traição a muito tempo e mesmo assim continuava aguentando tudo aquilo calada e fingindo. Eu queria saber o porquê. Queria que ela me contasse tudo e tirasse todas as minhas dúvidas, mas sabia que ela não faria isso.

ㅡ Isso não interessa à você. ㅡ Afirmei, balançando o bife no meu prato com o garfo.

Ele pigarreou em seguida.

ㅡ Andam super bem, Eliot. ㅡ Damon falou em seguida, acariciando meus dedos frios ainda debaixo da mesa. ㅡ Eu e Roxy estamos numa sintonia incrível como noivos.

ㅡ Eu fico feliz por vocês. ㅡ Minha mãe se pronunciou, com o sorriso nitidamente forçado.

Conhecia ela. Conhecia todas as suas reações, emoções, feições e cada traço da personalidade dela.

Ela estava fingindo. Como sempre.

ㅡ E ela tem estado presente nos negócios? ㅡ Indagou, bebendo um pouco do vinho em sua taça. ㅡ Porque eu sempre tentava colocar ela a par de tudo, mas ela sempre negava. Claramente, após ser influenciada pelo idiota do Connor.

Apertei meus lábios, com meu corpo estremecendo sob a cadeira.

ㅡ Prefiro ele à você ㅡ Afirmei, tentando ser o mais cínica e falsa o possível assim como ele. ㅡ Ele, pelo menos, cumpriu o papel de pai que você não fez quando foi embora. Ou melhor, viajou à negócios.

Era torturante para mim estar ali. Era mais torturante saber que aquilo me machucava terrivelmente e eu tinha que aguentar tudo calada porque não tinha poder nenhum sobre minha mãe. Ela nem sequer escutava meus conselhos.

ㅡ Roxy ㅡ Ela sussurrou entre dentes, indicando o Anthony com a cabeça. Suspirei, abaixando meus ombros.

Anthony.

A pessoa que ainda estava presa aqueles dois porque ainda tinha apenas 7 anos. Eu queria protegê-lo de tudo aquilo, porque ele era inocente demais para estar no meio de tanta bagunça e tanta falsidade que existia naquela família.

Damon apertou minha mão levemente, chamando minha atenção. Aquele toque calmo e leve dele me acalmou, fazendo a raiva esvair do meu corpo lentamente.

O que, claramente, voltaria em questão de segundos por estar do lado do Eliot.

ㅡ Roxy tem participado, sim, Eliot. ㅡ Damon respondeu, continuando a acariciar minha mão. ㅡ Mas, mesmo que ela se recuse a participar, eu vou respeitar. Ela tem o gosto dela, além disso vai se ocupar com as coisas da faculdade.

Sorri, sentindo meu coração acelerar com as palavras dele.

ㅡ Vai fazer faculdade, filha? ㅡ Minha mãe me encarou com um sorriso, genuíno e real, abrindo em seus lábios. ㅡ Qual?