51_ Aprovada.

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ㅡ O que foi que o Eliot disse? ㅡ Damon questionou, girando o volante nas mãos prestando atenção na estrada.

Nesse momento, estávamos no carro indo pra casa. Sr Lincoln se despediu da gente, avisando que precisava correr pra casa e descansar já que nos últimos dias ele tem trabalhado muito.

Eu e Damon, como viemos juntos, estávamos dentro do carro conversando e falando sobre a reunião que foi encerrada da maneira mais inusitada e perfeita. Muito além do que tínhamos imaginado.

ㅡ Ele só perguntou mesmo o que eu tinha feito ㅡ Respondi, brincando com meus dedos em cima das minhas coxas. ㅡ Acho que a ficha dele não caiu direito.

Damon riu com meu tom de deboche, me conhecendo muito bem.

A parte boa daquilo tudo era que Eliot não receberia nada dos Lincoln já que não iria me casar. A parte ruim era que mamãe e Anthony ainda estavam envolvidos com ele, dependendo da situação financeira.

Porém, eu já tinha pensando tudo com o Connor e também com Damon.

O nosso final de semana passou como um borrão, porque passamos a maior parte do tempo planejando como faríamos para desvendar o mistério que ainda rondava as nossas cabeças. A morte do tio Elijah.

E, obviamente, também a forma que não deixaríamos mamãe e Anthony na mão já que eles estavam sem dinheiro.

Anthony precisava dos seus remédios respectivos todos os dias e, infelizmente, o tratamento dele não era barato e isso acabava levando a maior parte do dinheiro que Eliot dava para minha mãe. Com ajuda do Damon sendo investidor que entendia bem sobre o assunto, planejamos dá sempre uma renda ㅡ ao meu ver era uma mesada, mas preferimos nomear de renda para não parecer algo tão insignificante ㅡ , por mês que daria para o tratamento do Anthony e as compras que daria para os dois. E que ainda sobraria.

Tudo isso sem o Eliot saber, é claro.

ㅡ Está bem, né?

Abri um sorriso sincero nos lábios, com um alívio imenso me tomando. Não totalmente um alívio, e sim uma forma de me sentir melhor já que tudo estava se encaixando perfeitamente assim como eu desejava.

Uma parte dela, é óbvio.

ㅡ Sim, Damon ㅡ Respondi finalmente, levando minha mão até a sua coxa coberta pela calça social. ㅡ Bom, ainda tem as questões do mistério da morte do Elijah, mas isso pode ser resolvido logo.

Tentei me convencer disso, porque o receio de não ter ajuda da minha mãe era grande.

Ela ainda relutava contra as verdades, alegando que Eliot não seria capaz de matar o próprio irmão para salvar á própria pele.

ㅡ Tem certeza que sua mãe vai ajudar? Ela parece está... ㅡ Ele pareceu procurar á palavra certa, tentando algo plausível que se encaixasse no final daquela frase.

Cega ㅡ Completei por ele, dando com os ombros. ㅡ Realmente, ela está. Ele já voltou, então ela com certeza vai ficar ainda mais relutante contra a verdade.

Torci os lábios, descrente.

ㅡ Como alguém consegue olhar para o escroto do Eliot e ver verdade? Ou melhor, como minha mãe acredita nele mesmo com todas as evidências que ele é um grande merda? ㅡ Questionei-me, desacreditada com a minha própria mãe. ㅡ Francamente...

ㅡ Calma, linda. ㅡ Damon tirou uma das suas mãos do volante e tocou na minha, que ainda estava na sua coxa. ㅡ Você precisa de acalmar, ok? Já vamos resolver isso.

Umideci meus lábios com a língua, balançando a cabeça em concordância.

ㅡ Acho que sei de um lugar que pode te acalmar.

Juntei minhas sobrancelhas, olhando lentamente para Damon que olhava para a estrada com um sorriso nos lábios. Um sorriso que, claramente, dizia que ele estava com uma ideia brilhante na cabeça.

Uma ideia que, com certeza, me surpreenderia.

... ... ...

ㅡ Meu Deus, Damon! ㅡ Falei de um jeito empolgado assim que chegamos na ala onde tinha apenas pinturas.

Pois é, pasmem. Damon me trouxe até uma galeria de artes ㅡ não era apenas uma galeria, e sim uma das mais famosas construída pela Emily Kelly ㅡ , onde tinha muitos quadros famosos e artes que enchiam meu coração de felicidade.

Meu coração estava aquecido e acelerado, olhando para um dos quadros da Maya Ferreira na parede. Damon me abraçou por trás e beijou minha bochecha em seguida.

ㅡ Como você me disse que ama artes, tive essa ideia a alguns dias. Novos quadros da Emily Kelly estava chegando, junto com outros e também da Maya Ferreira. ㅡ Explicou, me girando ficando frente a frente. ㅡ Não sabia se conhecia elas, mas preferi arriscar.

Lhe dei um beijo apaixonado, com meu coração ainda mais aquecido e apaixonado por ele. Damon sempre conseguia me surpreender.

ㅡ Eu te amo, Damon. ㅡ Falei assim que me separei dele, enquanto ele me apertava em seus braços. ㅡ Obrigada, amor. Estava precisando mesmo.

Ele beijou minha testa, em seguida sorriu.

ㅡ Eu também te amo. ㅡ Afirmou, me puxando mais para ele. ㅡ Quer ir pra casa? Amanhã já vamos levar o Anthony pra casa, acho que ele quer passar mais tempo com os irmãos.

Sorri, balançando a cabeça.

No entanto, antes que pudéssemos sair dali o meu celular tocou dentro da minha bolsa transversal. Peguei o celular ali dentro pensando que poderia ser o Connor ou até a Sie, porém, arregalei meus olhos ao ver que era um e-mail da Universidade.

" Roxy Kimberly Jhonson

Temos o prazer em anunciar que foi selecionada para ser uma das alunas do curso de Artes Visuais na Universidade. O ano letivo está para começar, então precisamos que confirme e pague a mensalidade caso ainda queira fazer parte da nossa comunidade particular.

Esperamos ansiosos para seu contato.

Atenciosamente, Diretoria da UM. "

ㅡ Ai, meu Deus...

Damon me olhou rapidamente.

ㅡ O que foi, amor?? Aconteceu alguma coisa?

ㅡ Damon... Eu passei!

ㅡ O que?

ㅡ Eu passei, Damon! Eu passei! ㅡ Abracei ele na mesma hora irradiando felicidade, agradecida por aquele dia ter sido melhor do que eu imaginava.

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Casando-se com um BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora