1- capítulo

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01|Um sorveteiro bonitão

Em um cômodo totalmente escuro estava deitado sobre os colchões recém lavados a imagem de um advogado cansado que aos poucos acordava ao ouvir as músicas muito bem conhecido por ele soarem estrondosamente no andar de baixo, alguns resmungos e reclamações enquanto se remechia em negação em meio aos lençóis brancos foram feitos antes que se desse por vencido e levantasse da cama.

O homem se arrastou até a porta girando a maçaneta e abrindo a porta para mais um dia de cançasso, reclamações no trabalho, dor na coluna. Que vida! Saindo do cômodo lentamente se deixando ser absorvido por toda claridade sufocante e sons insuportáveis da manhã, sem contar com...

- Acordou cabeça-quente? - a voz afeminada um tanto irritante de cordo com o mesmo, gritou do andar de baixo, o homen se foi em direção às escadas, percebendo o som da música se intencificar. - Você faz isso de propósito, né? - perguntou referindo-se ao som, enquanto prestava atenção em cada degrau que, por sinal, não estavam totalmente nítidos em sua visão matinal.

- O quê? Como assim? Eu? - disse ironicamente provocando o mais velho.

Alguns resmungos e bocejos costumeiros se davam em quanto pegava o ônibus da manhã como sempre. As mesmas pessoas, as mesmas paisagens, o mesmo motorista, velho e careca, tudo como sempre. Algumas intrigas - fofocas - que o moreno acabava sabendo as vezes. O próximo ponto é o da senhora Kim, será que ela separou do marido? Da última vez o babado tava quente. O ônibus parou, ela subiu e sentou no mesmo lugar de todos os dias, parando para analisar, as olheiras estavam bem visíveis, embora estivessem cobertas de maquiagem, os brincos trocados e roupa amassada... É eu só sei de uma coisa. Eu não gostaria de ser o marido dela nesse momento. A senhora Kim é conhecida por ter um temperamento um tanto 'esquentadinho'.

Alguns pontos depois dela, o moreno desceu, caminhou por uns 10 minutos até o prédio da empresa. O aroma delicioso da manhã ia todo embora após pisar naquele lugar, ninguém mais aguenta. Passou pela mesma recepção de todos os dias no Hall de entrada, encarando o cartaz comercial da empresa. "Aqui nós presamos a sua felicidade, junte-se nossa família!" Julgando até a alma a hipocrisia daquele cartaz, como todos os outros cartazes de propagandas.

O dia estava ensolarado perfeito para uma praia, e tudo se resumia a um café gelado. Em uma fantasia qualquer obviamente. O advogado já estava farto de tanto trabalho. - Já não sei mais pra onde correr... - sendo seguido de um dispertador em seu celular que se encontrava em algum lugar embaixo de muitos e muitos documentos. - Ah, não sei sim! - catou em baixo dos papéis desligando o toque escolhido a dedo por sua irmã mais nova, quem ele iria buscar na escola agora.

Em frente a entrada da escola esperava a irmã, que vinha até o mesmo com um sorriso no rosto. - Gosta de se atrasar Hem. - pontuou o mais velho dando um leve peteleco em sua testa. - É, aprendi com você. - retrucou desafiando o mais velho que lançou um olhar de deboche e desinteresse, logo sendo empurado de leve. Os dois caminhariam até em casa calmante, reparando nos detalhes do outono, e como o clima frio estava presente. Os dois caminhavam lentamente passando pelo parque que os mesmos passavam sempre. Quando por um momento a mais nova parou apontando para um carrinho de sorvete. O mais velho parou junto a ela e voltou os olhares para o mesmo carrinho. Ela olhou para ele com olhos brilhantes. - É o Sr. Jung! - o mais velho cerrilhou os olhos fazendo um mísero esforço para lembrar em que momento sua irmã havia tocado em um assunto parecido. - Ah! O sorveteiro bonitão?

De acordo com sua irmã, provavelmente exagerada, o "Sr. Jung" era um sorveteiro bonitão que em certa época do ano rodava a cidade com seu carrinho de sorvete unindo casais, e por isso recebeu a fama de "cúpido" entre outras coisas. E de acordo com ela os casais que o Sr. Jung juntava ficavam juntos para sempre.

Vendo os olhos pidões da irmã resolveu ceder desta vez, apenas desta vez! - Ok, vamos dar uma olhada. - os dois se aproximaram do carrinho e quanto mais se aproximavam mais a imagem do homem ficava nítida. Ele possuía um belo rosto realmente, bochechas rosadas e lábios avermelhados.
Enquanto reparava um pouco nos detalhes do homem ouviu um suspiro triste de sua irmã. Chamando sua atenção. - Tem muita fila né. - choramingou manhosa.

- Cara, você é muito falsa. - disse percebendo um sorriso maroto se formar em seus lábios sabendo que havia conseguido oquê queria.
Porém ele nem mesmo havia percebido no tamanho da fila, ela era formada por mais ou menos uns seis casais. Eles esperaram na fila por quase 15 minutos, e nesse período de tempo outra pequena fila se formava atrás deles, "Esse cara deve conseguir um bom dinheiro aqui" foi oquê se passou na cabeça do advogado naquela hora.

O último casal antes deles tinha acabado de passar, os dois foram afrente fazer os pedidos, e de perto, realmente ele não é de se jogar fora. Assim podiasse ver mais claramente os detalhes em sua pele, limpa de maquiagem, o único artificial talvez fossem os lábios avermelhados. Os fios morenos quase loiros reluziam contra o sol deixando sua feição extremamente elegante. Uau!

Deixando tudo de lado, quando foram se posicionar a frente para fazer o pedido, o homem abriu um largo sorriso quase com uma gargalhada. - Você é a Srt. Min? - perguntou fitando os olhos da menina.

- Como sabe... - a menina questionou. - Ah! O Sr. Geom, pediu para que eu lhe entregasse, ele disse que passaria aqui acompanhada de seu irmão.- disse entregando um envelope com detalhes feitos a mão. E em seguida montando dois sorvetes e entregando aos irmãos. - É por conta da casa. - Deu um sorriso que não foi percebido pelo advogado.

O Min mais velho olhou para a irmã vendo um rubor surgir em seu rosto e deduziu que não era por causa do frio. A garota aceitou o sorvete e sorriu de volta para o homem simpático. - Eu agradeço pelo sorvete, mas, não obrigada. - segurou a irmã pela manga arrastando. - Então agora, você recebe cartas de garotos?

- Né? Isso é... É tão... Ah! Eu não acredito.

- Por quê? Agora vai começar a namorar também? - cruzou os braços fazendo uma expressão irritada.

- Sim... Por que? Está com ciúmes? - Provocou o mais velho, rindo arteira. O Min mais velho simplesmente saiu andando iguinorando a tentativa de irrita-lo.

"Tá com ciúmes né?","Ciúme mata viu?" E coisas do tipo foram ditas algumas vezes ao longo caminho para casa. Os dois adentraram o ambiente ao som da fechadura da porta. Conforme eles entravam no cômodo o corpo rapidamente se aquecia junto a casa. Logo Min já estava banhando e pronto para suas preciosas oito horas de sono. Boa noite...

🌸

Primeiro capítulo.

Eu achei que essa fic realmente combina com rosa.

Tutto per un gelato [Sope]Onde histórias criam vida. Descubra agora