3- capítulo

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03| botas de chuva

Segunda feira, após um pacato final de semana a torturante segunda chega. O Min já estava milagrosamente de pé, talvez pelo fato de que a casa estivesse vazia pois sua irmã não estava presente. Ou por que tenha passado uma parte da madrugada cheretando o Instagram do "Sorveteiro Bonitão", é claro que ele não adimitiria que teria o feito. E não é como se ficasse stalkeando qualquer um por aí. Mas não pode negar o fato de que a curiosidade falou mais alto.

Embora tenha passado algumas horas involuntárias ali, não teria visto nada muito comprometedor, e nem as básicas informações como seu nome, sua idade, onde mora. Essas coisas. E nem tinha tantas fotos do sorveteiro.

Pelo visto ele estava viajando.

Enfim, logo após o café, o Min se apressou para sair o mais rápido possível. Caminhou até o ponto de ônibus, passando em frente rapidamente a cafeteria que frequentava, que estava fechada. Está que só abre de manhã às sextas.

Já no ônibus sentou-se próximo a janela para observar um pouco melhor aquele lugar. Viu as paisagens correrem rápido sumindo, indo embora.

Seu coração estava quentinho. Talvez o dia fosse bom. Foi oquê pensou, descartando essa possibilidade quando seu chefe o mando um e-mail dizendo que ele faria uma viagem até a cede da empresa para uma reunião, e teria que preparar todos os documentos. A vontade de jogar aquele notebook no chão foi grande, mas jamais aconteceria. Conteve sua raiva e voltou a trabalhar.

[...]

Agora já na hora do almoço, o Min resolveu ficar ali mesmo, e talvez tenha até cogitado almoçar com os outros, mas desistiu depois de pensar em mil coisas pra dar errado. Então ficou em sua mesma mesa, não era tão ruim. Não tinha quase ninguém alí, apenas umas mulheres que ficavam cochichando no trabalho as vezes.

Já quase nos minutos finais algumas pessoas tinham subido, e o Min não parou de preparar os documentos, até que...

- Com licença...

Uma voz preencheu o ambiente, embora não fosse alta e nem escândaloza como de custume, pare calma e serena logo todos os olhares já estavam na figura que mantinha os olhos fixos em alguém específico sua beleza se mantia igual embora seu avental estivesse sujo mínimos detalhes que qualquer um poderia perceber.

- Entrega para senhorita, Choi.

Uma mulher que provavelmente seria a quem ele se referia saíu do meio de um dos seus grupos lá atrás. Ele entregou os sorvetes, que estavam embalados em um tipo de cartela específica, parecia ser personalizado apropriadamente para isso. Após a entrega os olhos do sorveteiro foram até o Min, que não parava de encarar. O sorveteito ascenou, e recebeu um asceno e um sorriso que poucos já teriam visto ali.

Após aquele breve encontro o trabalho continua! E até o final do dia após algumas horas fora do horário de trabalho, finalmente tinha mais da metade de tudo terminando, agora catar todos os documentos e arrastar até em casa, para virar a noite terminando tudo. Saindo dali o escuridão da noite banhava os céus da cidade, a opção mais fácil seria passar pelo centro da cidade e dali pegar um táxi. Porém o Min decidiu ir de ônibus, ignorando tudo oque os sentidos diziam.

Indo até la, coisas inúteis vagavam na mente, mas tudo finalmente se perdeu quando finas e miseráveis gotas de chuva banharam o solo antes seco e empueirado. O desespero que estabeleceu em Min quando lembrou, dos documentos em sua mala, o ponto estava muito longe, e a rua estava praticamente vazia. Restava ir até uma tapagem qualquer apenas para não prejudicar os documentos.
Avistou uma pequena tapagem que ao menos protegeria os dois, se encolheu ali mesmo, esperando que a chuva passasse ou que visse algum táxi disponível. Minutos se passaram e a chuva só aumentou, nenhum táxi, nem uma barrinha de internet, nada.

Mais alguns minutos e o cheiro de terra molhada, já não existia pois a terra era só lama. A barra da calça já estava toda molhada, mas a pasta continuava intacta. Nem a pau que ele iria perder aqueles documentos pras gotas de água suplicantes. Quando sua atenção foi para os passos divertidos de uma bota contra o chão molhado. Alí estava, o Sorveteiro bonitão, como um verdadeiro cavalheiro. Com um único guarda chuva, parado em frente ao Min, que tremia por causa do frio.

Já prestes a falar foi interrompido por um espirro, seguido um soluço, assustado.

- Oi. - serrilhou os olhos. Um sorriso surgiu na face do Sorveteiro.
- Oquê aconteceu? - Perguntou.
O outro suspirou, talvez com ódio, talvez cansado, talvez tudo junto e um pouco mais. - Nada... - cruzou os braços quase formando uma expressão irritada.

O sorveteiro franziu o cenho tentando entender, se ele estava bem ou se fazendo de marrento. - Quer ajuda?
Em negação lutando contra seu próprio orgulho o Min, analisou a situação e viu que talvez fosse o mais plausível ir com ele. E aceitar sua ajuda.

- Sim.

Deixando tudo de lado, foi pelo bem de seus valiosos documentos, apenas o fato de pensar que ele teria que reescrever tudo de novo o fazia tremer. O sorveteiro ofereceu um espaço no grande guarda-chuva.
- Para onde vai? - perguntou observando o Min passar com cuidado para o seu lado.
- Pode me levar até o ponto de ônibus? - o sorveteito assentiu posicionando o guarda chuva para que pudessem estar os dois ali.

- Vamos.

Os dois começaram a caminhar em direção ao ponto de ônibus, o silêncio entre eles se estabeleceu, as gotas de chuva caindo raivosamente contra o chão eram ouvidas claramente, alguns carros na pista, e os seus próprios passos. As faces plenas de ambos se mantiam não demostrando, o incômodo com o silêncio. Então o Sorveteiro resolveu ser o primeiro a falar. - Oquê faz na rua a essa hora?

- Acabei de sair do trabalho, e a chuva começou. - respondeu segurando firmemente a mala em seus braços. - E você? Já está bem tarde.

- Fui tomar um café. - sorriu de canto.

- Eu conheço um ótimo café por aqui. - o outro comentou calmamente. - Duvido que seja melhor do que esse. - provocou.

- Eu posso garantir que é.

E assim uma inusitada discursão sobre café se iniciou. E tudo estava tranquilo, risadas, conversas aleatórias, parecia que se conheciam a anos, mas nem ao menos sabiam os nomes um do outro.

[...]

Os dois jogaram muita conversa fora até que o ponto de ônibus estivesse visível.
- Alí. - apontou de longe. - pode me deixar alí mesmo.

- Certo.

Os dois caminharam até o ponto.
Após já estar em baixo da tapagem eles se despediram.- Obrigado.

- É ótimo ajudar. Até mais Sr. Min - disse esticando a mão para cumprirmenta-lo. - Até mais Sr...? - esperou o outro se apresentar. - Ah! Hoseok. Jung Hoseok. - Disse sorrindo envergonhado por não ter tido a consideração de se apresentar.

- Yoongi. Min Yoongi. - imitou.

Os dois sorriram um para o outro. Após isso o Jung foi embora e logo depois Yoongi pegou o ônibus. Em casa sua irmã não exitou encher-lo de perguntas, que o mesmo não se importou em responder. Após um banho merecido, que não fosse da chuva, foi até sua mesa e passou o resto da noite finalizando os documentos, sem conseguir dormir está noite. Boa noite...

🌸

Terceiro capítulo

Tutto per un gelato [Sope]Onde histórias criam vida. Descubra agora