RED AND BLACK - Vinnie Hacker

20.

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HACKER

Acordei com um solavanco repentino como nas demais horas, todos os dias, sem parar no mesmo horário. Fiquei por algumas horas sentado e o coração batia forte com o repicar dos sinos, relógios e minutos do que se poderia esperar da ação. Cada dia e cada minuto era o momento para isso, mas a pergunta que me faço todos os dias seria: por que deixo pensamentos imperfeitos ficarem presos em minha mente? Por qual motivo devo me lembrar sendo que eu mesmo não me importava com nada ou comigo mesmo, não havia nada que me fizesse acomodar ou ser curado. Nada.

Ignorei que precisava descansar novamente onde não era necessário já que não estou acostumado a dormir nos horários de pico então fui direto ao banheiro enxugar todo o suor que acabou aparecendo como um aviso. Estou vestido como sempre, com roupas formais de elegantes, de grande valor e com cores completamente escuras, como se ninguém conseguisse perceber nenhuma luz ou certo brilho, que na realidade existe mais.

Ouvi a notificação no meu celular e fui verificar quem poderia ser e assim que vi de relance guardei o telefone e ignorei atender a pessoa então olhei para minha perna já tratada onde troquei o curativo e estava cobrindo por causa da calça que eu usava, me lembrando de ontem.Totalmente invasivo. Não sei por que diabos deixei ela tratar essa maldita ferida.

Ninguém deveria ousar me dar ordens ou cuidar da minha vida onde não tem o direito e me irrita só de lembrar ou pensar em querer alguém para me ajudar. Eu nunca vou aceitar isso, mas deixei ela fazer isso e ainda assim já estava calmo. Desta forma, devido à raiva já provocada pela manhã, não sinto dores e por isso caminho normalmente recusando-me a ficar num estado de fraqueza completamente insignificante. Eu imediatamente saio da sala pronto para sair e começar de novo, não me importando com nada que aconteça.

DIANA

Claro que acordar cedo é maravilhoso em algumas dessas horas, mas hoje estou um pouco mal-humorada por causa do que aconteceu ontem, que foi meio maluco. Não dormi bem pensando justamente em quem me despreza de forma tão icônica e por que reagiu daquela forma? Não era uma preocupação certa já que eu sabia do estado físico dele mas o que vi era um mistério e ela era sua mente, porém queria entender suas ações, raiva e ódio compulsivo que sempre é inalado em seu olhar onde muitos acabam temendo eles. E justamente por isso não sei muito. Não sei nada sobre ele e tudo que ele me mostra vai contra tudo que penso de ver algo de bom dele. Acabei acordando no meio da noite e pensando até de madrugada no que poderia fazer. Mas eu não pude fazer nada.

Simplesmente cheguei primeiro à base onde consegui memorizar o caminho e assim pude conhecer melhor o local como estava fazendo depois de alguns minutos e novamente perdida em pensamentos e problemas que teria que resolver.

— Alguma coisa está incomodando você, certo? — a voz soou de onde eu já o tinha visto minutos atrás e fui tirada dos meus pensamentos quando percebi que estava olhando através do grande vidro.

— É tão óbvio? — perguntei a Thomas e o vi se aproximar.

— Sou um ótimo agente na leitura de expressões, mas também sou um homem e um pai que sabe diferenciar.

Suspirei.

— Nem todo mundo é capaz de distinguir o que sente, certo? — olhei para ele, então Thomas estava desviando o olhar tanto quanto eu o olhei.