♥♣Ka(Teiko)rui ♠♦

♥♣Capítulo38♦♠

Preparem suas fichas, preparem as cartas, votem e acalmem os corações porquê o jogo vai começar...

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Narrador//

Ainda era terça-feira, mas era momento do grêmio estudantil. 

Seijuro Akashi estava no lado esquerdo da sala revendo a agenda dele com o vice no telefone. Shintaro Midorima anotava os planos do resto do semestre e o que teria no próximo, mas com essa seriedade não impedia que quatro pessoas começassem a discutir em voz alta perto da janela com tendo dois no puff e dois em pé.

- Mas não faz sentido isso! Como pode dizer que justiça é algo que não pode ser feito com ações! – Daiki Aomine aponta o dedo para Ryota Kise – Nós literalmente fazemos isso no jornal da escola!

- Mas é após termos informações!

Ryota se levanta do puff e Joice Kagami se senta no lugar dele.

- Acho que foi uma péssima ideia usa-los como cobaias sobre nosso trabalho – Fala Atsushi Murasakibara que virou apenas a cabeça pro lado direito para ver a amiga.

- Acha? Eu tô adorando. – Ela mostra um sorriso enorme – Não podemos esquecer que é contra lei fazer justiça com as próprias mãos, mas então porquê permitem histórias que os protagonistas fazem isso? Robin Wood, super-heróis, vigias...

Daiki aponta para ela como se ela fosse a voz da razão.

- Mas se eles não tivessem o mínimo de conhecimento não fariam nada! – O maior entra na briga.

Era a vez do Ryota apontar para o Atsushi.

- Viu você acabou de concordar que precisamos agir, mas nunca disse que alguém deve atacar de cabeça quente sem provas. – Daiki sorri vitorioso.

- Eu estou falando que eles não são brutos ou assassinos.

- E nós dissemos isso em algum momento? – Daiki fala abrindo ainda mais o sorriso – Apenas queremos resolver as coisas e se necessário nós resolvemos isso da maneira mais rápida...

- Mostrando para a pessoa e falando ou para com isso ou te revelamos ou eu te quebro.

- Justiceiros de merda vocês. – Fala o loiro

Eles começam a rir e o clima ficou mais leve, Joy pega um livro.

- Agora é culta? – Daiki fala olhando-a abrindo na página que parou

- Eu sempre gostei de ler, mas eu estava esperando meus livros chegarem.

O moreno revira os olhos achando que o livro devia ser chato.

- Missão Romance? – o loiro agacha de frente para ela.

- É meu favorito da coleção em quesito de desenvolvimento de casal. Os dois tem um atrito de não se darem bem, mas tem um interesse em comum e com isso tentam ao máximo engolir o orgulho para fazer isso acontecer. Aos poucos eles se apaixonam e o cara se apaixona primeiro e a parte que eu amo: ele e os amigos leem livros de romance escrito por mulheres tentando entender o que eles fizeram de errado no relacionamento ou o que deveriam evitar para não piorar uma discussão.

- Isso não seria errado? – Atsushi se intromete saindo da pesquisa para a atividade de arte – Tipo como se as Mulheres fossem robôs com manual?

- Pergunta: você quando briga com a garota que gosta você vai resolver a beijando sem aviso prévio ou conversar com ela?

- Conversando – isso era obvio para o maior – isso é que nem pedir em casamento só porquê o relacionamento está por um tris!

- Viu você entendeu. Existe muitas mulheres e garotas fortes que se fossem beijadas, mesmo que fosse pelo cara que amam, iam odiar essa ação não imporá se o beijo for bom ou se ela sentiu minimamente feliz com aquilo. Essa ação: primeiro é presunçoso, egoísta e se ela nem se quer deixou piora 10x mais porque é uma falta de respeito ao espaço dela de crescer e amadurecer sobre o assunto e se torna assedio. Enquanto conversar é o que ela quer, ela quer chorar, gritar, dizer que não é culpa sua e sim do momento em que estão e que quer ou não resolver isso ao seu lado. E é exatamente isso que eles olham nos livros as reações das mulheres de acordo com a ação dos personagens masculinos.

Ela olha pra capa sorrindo como se ela já tivesse uma meta de relacionamento pré-definida.

- Então não, não somos robôs e não temos manual de instrução, mas assim como estudamos em livros e artigos de psicologia para entendermos o que ocorre na mente de pessoas que tem TOC, ansiedade etc... Eles leem esses romances para entender o que elas interpretaram quando disseram que fizeram algo que os afetou por ela. Resposta: elas se sentem culpadas pela tragedia que eles provocaram a si mesmo.

O arroxeado parecia surpreso pelo modo sonhador que a menor contou tudo.

"Okay esse é um lado novo da Joy-chin"- ele pensa vendo o rosto dela se iluminando ao começar a ler – "E gostei... É um lado que vive num mundo longe com próprios sonhos e..."

- Ei terra chamando Murasakibaracchi – Kise sussurra para ele – Pelo menos não deixe tão na cara que ela te encanta.

- Ela não... – Ele é interrompido pela menor.

Ela tinha se levantando do puff toda animada, com um sorriso enorme e Mura acha ter visto o olho dela com a cor caramelo natural.

- Eu devia perguntar? – Ele fala em voz alta sem notar.

- Certo teve um beijo, falso? Sim, mas ainda é um beijo e ele foi tipo "se for pra nos beijarmos eu vou continuar" ou seja 2 FUKING BEIJOS QUE ELE AMOU MESMO SENDO DE MENTIRA. Mas um de verdade meu amigo ardente. – ela balança o corpo dançando no lugar.

O maior não consegue olhar para esse comportamento sem achar fofo, parece um filhotinho de cachorro que ganhou o primeiro brinquedo que apita.

- Ouvi ardente! – Aomine volta – Então isso tem partes interessantes...

- Interessantes são as engraçadas e acredite tem muitas.

- Quantas vezes você leu esse livro? – Pergunta o loiro

- Essa é a 5 vez, mas essa cena não perde a graça.

Atsushi não podia julgar ela, ele tinha filmes que ele assistia com o mesmo entusiasmo e livros... Bom, não é como se ele não lesse, mas ele só não fica tão focado lendo.

Joice devia ter falado o nome da coleção, mas ele não ouve por estar perdido vendo a garota que tinha um brilho rubi nos olhos ganhar um outro brilho, por trás dela, fraco e dourado.

Aquela tarde valeu cada segundo para ambos.

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Acabou o jogo recolha as fichas que você ganhou enquanto o crupiê arruma a mesa para o próximo grupo...

E deixe aqui sua aposta para o que vai acontecer depois daqui bjs...