♥♣Ka(Teiko)rui ♠♦

♥♣Capítulo 40♦♠

Preparem suas fichas, preparem as cartas, votem e acalmem os corações porquê o jogo vai começar...

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Narrador//

Quem diria que o humor poderia ser mudado com um pouco de cafeína? É... Não foi a cafeína, mas sim quem o deu e porquê o deu. Aquele ato era o que ele precisava tanto para se sentir melhor por alguns horários, mas quando a adrenalina baixou ficou ainda mais confuso...

O sinal de intervalo toca e todos saem por ter aula no pátio, de física, mas o maior não se levanta.

- Não vem Atsushi? – Pergunta sua amiga.

- Já vou só preciso de um pouco de sossego...

Ela compreende e vai com o irmão, assim Atsushi fica mais largado na cadeira, parecia exausto mentalmente e fisicamente.

- Parece que o Atlas da Teiko não consegue mais carregar o céu. – Uma voz da mesa do professor surge.

- Que susto, as vezes esqueço que você é pai do Kuroko-chin...

O professor devia ter 1,70, pele pálida como do filho, olhos grandes e azuis, rosto calmo e cabelo já estava em um azul grisalho de tanto estresse que passa na escola, mas ele ama dar aula então isso era o de menos para ele.

- Isso de assustar é com meu Tetsuya, eu estava aqui o tempo todo e você sabe disso. – o professor se levanta e vem para o fundo da sala – Mas o que aconteceu? Normalmente você é o mais falante da minha aula, mesmo que eu tenha visto você anotando tudo...

O aluno arruma a coluna e senta direito na cadeira.

- Eu estou com muita coisa em mente... Sobre meus pais, minhas amizades, como vejo alguém só porque outros falam de nós...

- Então está crescendo amadurecendo isso é normal, principalmente quando tem fatores externos. São coisas que requerem muita atenção para a melhor mudança.

- Mas e se eu não quiser essa mudança...

- Ai recorremos ao que é conveniente – O professor o lembra de uma aula.

"Eu acredito que tudo muda..."

Ele tinha disto isso em uma aula e seu professor tinha contra-argumentado:

"...mas como pode me explicar por que continuamos gostando de determinadas pessoas mesmo com elas mudando constantemente, mas nosso sentimento por elas não?"

E sai da boca do maior a única resposta que ele tinha e mente na hora:

"Conveniência, talvez, passamos tempo com elas e acabamos consumindo coisas parecidas ou porque tem mudanças delas que nunca veremos..."

- Como eu poderia mudar para algo assim? – ele enfatiza a dúvida – Meus pais estão estranhos, eu não sei se tenho amigos reais e estou me iludindo em uma ideia de amor porque as pessoas acham que é isso, mas eu... Eu nunca presenciei esse sentimento!

- Tetsuya fez algo?

- Não... É só que cresci com ele então não sei se sou conveniência ou amizade tanto com ele quanto com os outros e isso está me corroendo...

- Bom você sabe que eu coloco frases, no quadro, para vocês pensarem. – Ele aponta para o quadro atras dele – acho que essa foi para você...

O maior olha para o quadro:

 'A gente não faz a leitura da vida com pressa, não se pode viver com pressa nem se compreender com pressa'

- O que isso significa? – O maior pela primeira vez questiona o professor no sentido de querer uma resposta e não um diálogo.