Capítulo 19

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*Nota: Leiam os comentários depois de ler o capítulo, para caso tenhamos alguns detetives que já solucionaram o mistério

O caminho de volta não havia sido tão revelador quanto sua estádia no local secreto, infelizmente, Sana nunca conseguiu se acostumar a usar o telefone em movimento, sua cabeça parece entrar em uma grande montanha-russa e o enjoo é inevitável, dessa forma, sua única escolha foi observar o belo céu escuro antes que chegasse em seu destino.

O tempo estava passando mais rápido do que gostaria, mesmo que já tivesse encontrado diversas informações, ainda assim se sentia atrasada, se sentia como numa corrida contra corredores profissionais, porque o tempo estava correndo como um louco e cada segundo poderia estar um pouco mais longe de Jihyo. E se ela resolvesse simplesmente viajar a outro lugar? Se fosse ficar nesse primeiro local apenas por um período curto de tempo? É provável que Jihyo voltasse por conta própria, mas quando? Quanto mais o tempo passava, mais Sana tinha medo de quais consequências Jihyo teria na empresa.

A empresa não era santa, o que importa sempre foi o lucro, e se um de seus mais bem sucedidos grupos simplesmente perder uma integrante, ainda uma querida pelos fãs, isso significa menos dinheiro e mais polêmica, duas coisas que eles preferem evitar, tudo parece um enorme paradoxo, já que eles não querem perder uma integrante por conta de dinheiro então precisam de Sana para resgatá-la, mas se recusam a dar férias prolongadas e apoio psicológico por quererem explorá-las até seu último suspiro para se ter mais dinheiro, dinheiro por dinheiro, é sempre o mesmo objetivo que mata milhares.

Talvez a noite estivesse tão comum que esses pensamentos inundaram a mente da japonesa, mas logo seu destino chegou em seus olhos e se viu obrigada a deixar o veículo. Lá estava Sana em frente ao grande dormitório em que vive, em que vive também alguém que tem conhecimento sobre a fuga de Jihyo, ainda não sabia quem era o leitor misterioso, mas sabia que esta pessoa conseguiu estar a frente de seus passos e estava entre os outros, deveria manter sigilo e descrição para que pudesse chegar a Jihyo, mais tarde irá descobrir quem é o leitor, mas primeiro precisava ter notícias da líder.

Ao entrar na casa sentiu o silêncio das paredes, muito provável que estejam em sua maioria descansando, afinal, ninguém parou desde o sumiço da mulher, todos continuaram trabalhando como se nada houvesse, algo incômodo e cruel, mas o que poderiam fazer, precisavam pagar as contas, não poderiam simplesmente parar, certo?

Sana se dirigiu a varanda como na noite anterior, nem se preocupou em trocar de roupa naquele momento, apenas tirou o celular de sua bolsa e correu para a galeria. Passou a analisar cada detalhe presente na parte frontal da imagem, novamente observou as casas em estilo europeu, os moinhos ao fundo e o lago refletindo o céu, correu os olhos sobre as bordas listradas em vermelho e branco e encontrou as iniciais ZS do lado esquerdo, anotou as informações em sua mente e passou para a imagem traseira da foto, pode ver os números 8, 15, 12, 1, 14, 4, 1, respectivamente, no canto direito, ao canto esquerdo, pode observar os números 52, 28, 25.55, 4, 49, 7.35, com o primeiro e o quarto número sendo acompanhados pelo sinal de °.

Se apoiou na cadeira da varanda e retirou de sua bolsa sua caderneta de morangos juntamente com uma caneta, anotou todas as informações, observou ambas as imagens mais algumas vezes e ao não encontrar mais nada relevante, se direcionou as informações adquiridas.

- Okay! Então temos dois grupos de números e uma dupla de letras, no primeiro grupo temos 7 números, todos sem nem um sinal acompanhado... Temos a repetição do número um... Não dá pra ser um número de celular, é muito longo, mas então como um conjunto de números seria relevante para um cartão postal? – Pegou o celular em mãos mais uma vez e observou a foto da parte traseira com atenção, com a mente andando como uma engrenagem de uma máquina industrial. – Números são relevantes em cartões postais, mas não tendo tantos números em um só conjunto... Apenas se os números não forem apenas números! Se o cartão postal for algo importante para Jihyo, é provável que ela tenha utilizado algum código para dizer o que queria, como ela fez com as páginas do livro nas letras das músicas! O primeiro grupo provavelmente é um código! – A japonesa fez uma setinha ligada ao primeiro grupo e escreveu “código” em sua frente, pensando em como poderia conseguir encontrar seu real significado. – Existem inúmeras maneiras de traduzir códigos, como eu vou saber qual está certa? Bom, eu não posso parar por aqui, vamos torcer para que ela não tenha ido tão longe.

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