Capítulo 08

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Klaus Mikaelson |•

Eu já fiz diversas coisas irreversíveis que não me arrependo, mas tratar a Caroline daquela forma é a coisa que mais me arrependo em toda a minha existência, eu não devia ter feito aquilo, agora ela não vai voltar mais. Estrago tanto as coisas a minha volta que consegui perder a mulher que amo.

Já mandei mensagens que obviamente foram em vão, não quero correr o risco de não vê-la mais, no entanto acho que é isso mesmo que vai acontecer

Mas não adianta lamentar, o que tenho que fazer agora é manter a cidade sob o meu controle e evitar que matem o meu filho que está prestes a nascer.

–– Está pensando na burrada que fez anteontem? –– Hayley entra no meu escritório sem nem ao menos bater.

–– Se você não percebeu, estou querendo ficar sozinho. –– Derramo mais um pouco do líquido da garrafa em minha garganta.

–– Ficar bebendo não vai trazer Caroline de volta, você fez uma merda sem tamanho. –– Caminha até a minha mesa e senta na cadeira a frente.

–– E parar de beber também não, então. –– Dou um sorriso e bebo mais um gole de bourbon. –– O que você veio fazer aqui além de regular a quantidade de álcool que eu bebo?

–– Estou com uma sensação estranha e algo me diz que é com a Caroline. –– Fala fazendo gestos de mão.

–– Virou sensitiva é? –– Reviro os olhos e balanço a cabeça em negação. –– Caroline está triste e decepcionada, acertei?

–– Larga de ser idiota. –– Revira os olhos também. –– É como se o bebê soubesse de algo e estivesse me fazendo sentir o mesmo.

–– Hayley, você só está preocupada. Liga pra ela e pronto. –– Bufo e coloco a garrafa na mesa.

–– E você acha que eu não tentei fazer isso? –– Olha pra mim como se eu tivesse falado um absurdo. –– O celular não chama, é como se ele estivesse desligado.

–– Ou ela não quer falar com você por minha causa. –– Dou de ombros. –– Caroline vai seguir a vida dela e nós temos que seguir a nossa.

–– Você tem razão. –– Concorda com a cabeça enquanto se levanta e eu dou um sorriso convencido. –– Só nessa fala você tem razão, fora isso não.

–– Tá bom... –– Levanto as minhas mãos. –– Agora deixa o trabalho de sensitiva para as bruxas de Nova Orleans.

Ela nada me responde e vai até a porta saindo do meu escritório. Quando estava prestes a relaxar e abrir outra garrafa de bourbon, escuto Elijah me gritando lá da sala.

–– Vou fingir que morri... –– Digo num tom mais baixo e fecho os olhos. –– Estou muito bem aqui.

–– Niklaus, faça o que eu estou mandando e venha até aqui. –– Diz com um tom de voz preocupado e me levanto.

–– Quando terei paz? –– Bufo e vou até ele em velocidade sobrenatural. –– O que você quer? –– Indago e ele apenas faz um sinal com a cabeça para que eu olhe para frente.

"Você jamais devia ter voltado para Nova Orleans, isso será respingado sobre as pessoas que você tem apreço." Escrito com sangue na parede.

–– Quem fez isso? –– Continuo olhar para o recado e me aproximo um pouco. –– É sangue de vampir-...

Automaticamente o cheiro do sangue da Caroline vem em minha mente, compartilhamos sangue diversas vezes desde que começamos a nos relacionar, esse sangue sem sombras de dúvidas é dela.

–– O que foi? –– Elijah olha pra mim e se aproxima. –– Você sabe quem pode ter sido?

–– Klaus! –– Hayley aparece no alto da escada antes mesmo de eu falar algo. –– Caroline tá em perigo sim!

–– Klau-... –– Christopher entra na sala e eu imediatamente vou até a ele o pegando pela camisa.

–– Quem entrou aqui!? –– Deixo minha raiva nítida escurecendo os meus olhos e deixando minhas veias saltarem enquanto o hipnotizo.

Vejo Diego entrando e o mesmo não interfere em nada e fica quieto observando.

–– Eu não sei, estava fazendo a ronda. –– Diz nervoso e eu o jogo no chão. –– Quem estava por perto era o Diego.

–– Não, eu não estava. Sai por uns instantes, fui beber sangue fresco. –– Diz como se tivesse a resposta pronta, mas eu deixo pra lá.

–– Klaus, acabei de ter uma espécie de visão, sonho ou sei lá o que. –– Hayley se aproxima de mim. –– Não dava para entender muita coisa, mas ela parecia estar em um tanque de verbena.

–– Era para ela estar em Mystic Falls, Caroline saiu daqui anteontem. –– Falo entre os dentes. –– Tem que haver uma explicação!

–– O que estão fazendo aqui ainda? Vão procurar por ela. –– Hayley olha para os dois vampiros. –– E chamem Marcel aqui, ele precisa estar a par de tudo e nos informar se sabe de algo.

Eles concordam com a cabeça e vão em direção a saída do quartel. Começo a caminhar pela casa na procura de uma mínima pista que seja.

–– Vou tentar ligar para a senhorita Gilbert. –– Elijah começa a se afastar, porém para no meio do caminho.

–– O que houve, Elijah? –– Hayley estranha a atitude dele e depois olha para mim.

–– Recebi uma mensagem. –– Diz ainda de costas e eu reviro os olhos.

–– Bem vindo ao século vinte e um, Elijah. –– Nego com a cabeça. –– Pessoas recebem mensagens constantemente e isso é normal.

–– Será mesmo, Niklaus? –– Diz e vira de frente para nós. –– Será que constantemente recebem mensagens de Elena Gilbert dizendo que Bonnie Bennet acha que Caroline está em perigo?

Rapidamente vou até ele e pego o celular de sua mão. "Elijah, Caroline nos disse que viria embora vai fazer dois dias e até agora nada" leio a primeira mensagem e olho para ele. "Sabe de algo? Bonnie acha que ela está em perigo" "Caroline está aí com vocês?" "Ela está bem?"

–– Caroline nem ao menos saiu de Nova Orleans. –– Hayley balbucia as palavras e eu concordo com a cabeça.

Marcel também chega para nos ajudar, e contamos a ele sobre a mensagem escrita com o sangue de Caroline na parede.

–– Klaus, vou enviar alguns vampiros para vasculharem a cidade e procurarem por qualquer sinal da Caroline. –– Marcel se compromete a colaborar.

–– Já eu vou fazer uma visitinha as bruxas, elas com certeza sabem de algo. –– Sem deixar com que alguém fale algo saio do quartel e vou em direção ao cemitério.

Aquelas malditas devem saber de algo, e vão ter que me falar, nem que eu tenha que explodir aquele maldito lugar.

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Spoiler: Uma das pessoas que apareceram nesse capítulo é o culpado (a)

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