Capítulo 13

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Ítalo

Se passaram duas semanas depois da desastrosa ideia de ter ela volta.

Falhei miseravelmente.

Em três anos ela nunca quis ir antes, eu não sei oque fazer, eu me sinto triste.

Ela não me liga, não me procura, ela tem me ignorado tão fácil.

Tenho focado todo esse sentimento de merda que venho sentido em treinamento para me tornar cada dia um líder e um soldado melhor.

Conrado tem viajado muito, ando muito preocupado, daqui a pouco ele não vai conseguir controlar os caras, mas ele insiste em dizer que não estou pronto.

Eu me sinto preparado, não há nada que eu não possa resolver, ele já tem me enrolado de mais com tudo isso, sinto que ele esconde algo.

Respiro fundo terminando de bolar um, cato o isqueiro e vou pra janela.

A noite estava escura e as estrelas estavam brilhantes, taco fogo e fico por ali um bom tempo olhando pro céu até ouvir a campainha.

Lá estava ela, depois de me torturar por tanto tempo.

-Estou surpreso.- confesso, ao encarar ela meu coração acelerou, ela sorri de lado.

- A gente pode conversar. - ela pergunta entrando dentro de casa, ela olha tudo com calma como se procurasse algo ou melhor alguém.

-Claro, o'que você quer conversar? - pergunto me juntando a ela na sala.

- Meus pais não atendem o celular, eu tô muito preocupada. - ela diz brincando com seus dedos.

- Sabe que eles estão ocupados. - disse me ajeitando no sofá.

- Eu sei, mas é diferente, nem as mensagens têm chegado. - ela diz com os olhos brilhando.

Eu conheço o Conrado, ele nunca deixaria ela às cegas assim, respirei fundo pensando no que Podia ter acontecido.

-Italo, o que tá acontecendo? - ela pergunta baixo, o tom de medo era nítido.

-Sinceramente eu não sei, mas eu vou descobrir. - falo olhando para o nada.

- Eu posso ficar aqui hoje? - ela pergunta, chegando perto de mais de mim

Encaro ela ficando em silêncio, ela nunca ficava na minha casa, eu acho que seria demais ter que lidar com o cheiro dela no outro lado da cama e ter suas coisas espalhadas pelas minha casa.

Solto uma risada, eu era um medroso.

-Pode sim. - digo finalmente.

-Vamos na minha casa pegar algumas coisas? - ela diz abrindo aqueles olhos verdes.

Eu tenho me ligado tanto aos pequenos detalhes dela.

-Você pode usar uma roupa minha, amanhã passamos lá. - digo me levantando e saindo de perto dela.

- Por mim tudo bem, eu tô com fome. - ela se levanta e vai pro meu quarto.

Me pergunto o'que ela vai fazer lá.

Faço um pedido de pizza e subo pro quarto.

Maldita hora que não bati na minha própria porta.

Eu sempre achei ela gostosa, mas ultimamente ela tem se tornado uma deusa aos meus olhos.

Encaro o reflexo dela que vestia apenas uma calcinha vermelha fio dental, se encarava através do espelho como se procurasse algum defeito e por deus, não havia um defeito naquela mulher.

RAISSAOnde histórias criam vida. Descubra agora