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Pov Apollo:

Não estou entendendo nada do que está acontecendo aqui, aparentemente observar os mortais é bem diferente do que viver como um deles.
Sigo com o resto dos alunos do primeiro ano para nossa comunal, enquanto andávamos Remus Lupin, o monitor chefe, nos dava instruções sobre a escola. Assim que passamos pelo retrato da mulher gorda, me preparei para subir aos dormitórios, afinal, vim dos Estados Unidos para cá e mesmo sendo um deus, estou "usando um lado mortal", então me sinto acabado. Mas paro no primeiro degrau ao sentir uma mão me segurando pelo braço, me viro e dou de cara com quatro garotos aparentemente bem irritados.

— em que posso ajudá-los senhores?

— então Apollo, — o garoto diz meu nome em tom de deboche — não me lembro da sua resposta no trem, quais suas intenções com a minha irmã?

E agora, o que eu respondo? Que são as melhores? Que eu nunca a machucaria? O que eu faço, não estou acostumado a interagir com humanos de forma não romântica. Percebo pelo canto do olho que os quatro me olham esperando uma resposta, então apenas digo:

— não entendi a sua pergunta

— entendeu sim, qual é a sua? A Mel nunca sequer mencionou o seu nome e agora vocês aparecem amiguinhos? Isso tá muito estranho, conheço ela desde criança e sei que ela tá escondendo alguma coisa em relação a você, e eu vou descobrir

— foi mal interromper a sua ameaça, policial malvado, mas ela falou dele pra mim — Remus Lupin você é meu herói, tenho que garantir seu lugar no elísio só por isso

— como é que é? Ela te mandou cartas nas férias? — o Potter que até aquele momento estava no sofá pensando em sabe se lá o que levanta — ela nem falou comigo direito

— não? Estranho... Mas enfim, deixem o garoto em paz

— obrigado — digo voltando a subir as escadas apressado, nunca achei que ficaria com medo de quatro adolescentes, quer dizer três e meio, afinal o tal de Peter nem participou da conversa/ameaça

Procuro pelo meu quarto e vejo que vou dividi-lo com Frank Longbottom, mas este já se encontrava dormindo quando entrei.

Na manhã seguinte, mesa da Grifinoria no salão principal:

Me sentei entre Lily e Alice para o café da manhã, no banco à minha frente estavam os marotos, que me encaravam enquanto comiam agressivamente, menos Remus, é claro. Estava pegando uma tortinha quando vejo Warm se aproximando de Sirius e James e os abraçando por trás

— bom diaaa

— oi, bom dia! — diz James a abraçando e sinto Lily se remexer desconfortável ao meu lado

— bom dia, Corbeau

— oi Pete... Sirius, por que tá encarando o Apollo assim? Achei que o Remus é que era o seu tipo

Assim que as palavras saem dos lábios da garota, o Black se vira a olhando assustado enquanto Lupin fica mais vermelho que todo o salão comunal da nossa casa.

— dona Melissa, eu quero saber um negócio... — Potter entra na conversa salvando os amigos de mais constrangimento — que história é essa que você escreve pro Aluado nas férias e pra mim não? Você não sabe que não pode haver preferências entre a gente??

— do que que você tá falando Jay, eu te escrevi o verão todo, você que não respondeu

— EU. NÃO. RESPONDI? — o garoto diz pausadamente parecendo chocado

— isso, e Sirius também não me respondeu...

— que bom que te achei Mel, acho que você confundiu o endereço — um garoto ruivo diz se aproximando com um bolo de cartas

— oi Amos, como assim?

— minha casa é em Godrics Hollow, n°63, a de James, n°23. Recebi cartas endereçadas a ele e a Sirius o verão todo. — ele diz rindo e Melissa runoriza

— por Merlim, me desculpa Amos, foi sem querer juro

— não, que isso, sem problemas — dito isso ele saí e James cai na gargalhada

— não to acreditando!! Tem certeza que foi pra casa certa?

— cala a boca Potter

Logo depois fomos cada um para sua classe e não tive a chance de falar com ela a sós.

A witch or a demigod? - MARAUDERS ERA Onde histórias criam vida. Descubra agora