Capítulo 18 - A arma certa contra uma espada

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  Então é desse jeito que conseguimos perceber o tempo congelar.

  Boa reflexão para quem está em queda.

  O desespero foi engolido pela aceitação do destino.

  Nos primeiros instantes, gesticulava inutilmente enquanto gritava internamente achando que conseguiria algo. Que Yasi poderia ajudar de alguma forma, mas agora está serena do que aconteceu. Pois entendeu que aquilo é a armadilha surpresa dessa edição, que afeta todos. E nem mesmo ela foi capaz de se salvar.

  Pelo menos tentei até o fim.

  Achou que o sangue tinha chegado ao cérebro quando enxerga outras pessoas vindo na direção oposta. Subindo ao invés de caindo, passando por ela da mesma forma que ela passa por eles, tendo as mesmas reações que ela teria se não estivesse achando que estava alucinando.

  Sua espada foi puxada da mão segundo depois de cair, parecendo que um ímã tinha sugado todos os metais. Então está no aguardo do fim que teria.

  Um fim que veio rápido.

  Antes se sentia um raio caindo, veloz e imparável, recebendo agora a sensação de ares contrários, como se o choque de uma força oposta retardasse sua velocidade, que aos poucos ia desacelerando até um novo piso se tornar visível a olho nu.

  Acreditava que daria de cara na superfície arenosa, no entanto, está quase parando em pleno ar, sendo talvez um sinal que não é para se espatifar toda.

  Ou quase isso.

  O "parar" ainda não foi o suficiente de livrá-la de algum impacto forte no chão e mesmo o traje aliviando a dor e protegendo, sentia-se quebrada até o último osso, estirada na nova superfície, faltando pouco para se contorcer toda. Observando um céu artificial preencher o espaço acima e iluminar o local.

  A voz entusiasmada de Ynus com suas notas de informação vinha de estímulo para não ficar ali parada. De ficar alerta novamente.

  — Mudança de ares pessoal! Acabamos de misturar os participantes restantes e os realocar de lugar. Ganha o último que restar de cada piso.

  Ouvindo isso se levanta na hora.

  Ainda continua na disputa.

  Felicidade é o que resume a reação do público enquanto procura pela própria barra de vida nos telões, que reaparece juntamente da foto e as de outras três pessoas e suas respectivas barras.

  A nova redistribuição de competidores não prezou por manter a quantidade que estava antes, o que é bom para Alexssandra. São obstáculos a menos no caminho até a vitória. Em contrapartida, tinha levado um dano considerável nessa brincadeira de queda.

  732. Dava para ter sido pior.

  Outra procura que fez foi a da arma, que não via nas proximidades, causando certa preocupação. Agravada ainda mais quando vê um novo oponente chegando, armado com diversas adagas amarradas em cordas.

  Não gastou tempo para observar o que ele faria e pôs-se a correr em busca da espada. Olhando sempre o adversário que vem atrás.

  Pela lógica a espada devia estar próxima e não tão distante quando Alexssandra a encontrou(agora sim fincada na areia). Retira sem muita dificuldade e escuta vibrações de gritos da plateia com algum acontecimento.

  Segue a intensidade das ondas sonoras para descobrir que seu mais novo perseguidor está congelado, estaticamente parado.

  Já foi derrotado? Como? Não tem ninguém perto.

A Princesa e o Passado do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora