13 - Quer vir comigo?

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Maiara saiu e Marília pegou uma bandeja para colocar algumas das iguarias que ela tinha levado.      

— Nossa, parece que tem um batalhão nessa casa de tanta coisa que ela trouxe.      

Depois de ajeitar tudo, ainda incluiu frutas e iogurte. Subiu as escadas e foi para seu quarto. Maraisa estava tentando se ajeitar na cama.      

— Ei, por que não me chamou? – a loira deixou a bandeja na beirada da cama e foi ajudá-la. – Trouxe comida, está com fome?  

— Não, mas sei que tenho que comer.  

— Isso aí, boa menina.      

Maraisa comeu um pouco de tudo e depois ficou tomando seu suco preferido. Marília olhou no relógio e viu que era hora de passar o remédio nos ferimentos e dar o analgésico. Já tinha deixado água no quarto. Separou tudo e deu a ela.        

— Esse remédio tem um cheiro horroroso. – Maraisa reclamou enquanto Marília o passava.  

— Sinceramente? Também acho. – riu. – O farmacêutico disse que ele é o melhor do mercado, pois seca rápido e não mancha, além de ser um ótimo cicatrizante.  

— Podiam ter feito com um cheirinho melhor.   - Prontinho. – guardou o frasco.  

— Você pode pegar aquela minha bolsinha transparente?  

— Claro. – a loira pegou e entregou a ela.      

Maraisa procurou por alguma coisa e não achou.      

— Hum... – fechou a bolsa e colocou no criado ao lado da cama.  

— Que foi?  

— Nada, eu queria passar algum perfume. Estou me sentindo mal com esse cheiro e devo estar incomodando você.  

— Perfume? Acho melhor não passar querida, vai que pega num dos machucados? Pode arder depois. Você não me incomoda. Vamos ver o que dá pra fazer. – Marília procurou em seu closet um hidratante e achou um de perfume suave. Sentou ao lado da chef e foi passando pulando somente os lugares dos curativos. Cada pedacinho onde era passado o hidratante, também ganhava beijinhos de leve. Deixou o pescoço por último e quando terminou beijou a nuca e mordeu abaixo da orelha de Maraisa, sentindo sua pele se arrepiar.  

— Você é a mulher mais linda que eu já vi, não só pela beleza física, mas pelos gestos, delicadeza de movimentos e por ter esse olhar que só me encanta. – olhou nos olhos dela. – Ver esses olhos é o mesmo que ver a sua alma. – beijou-lhe os lábios.  

— Acho que a beleza física já não conta. – Maraisa olhou para baixo se sentindo triste.  

— Pra mim você continua linda como no primeiro dia em que a vi naquela inauguração do restaurante. Não são meia dúzia de arranhões que me fizeram mudar de ideia, continuo apaixonada por você.    

Maraisa sorriu e chorou ao mesmo tempo. Sentiu que estava mais emotiva por conta da situação. Ouvir aquilo era mais importante do que ela pensou. Segurou o rosto de Marília e beijou seus lábios. A loira sentiu o gosto de suas lágrimas e chorou também. Sentiu rendição e carinho totalmente sinceros ali.   

— Que tal assistirmos um filme? Ou algum programa que goste? Você tem a missão de passar vários dias comigo. – riu.  

— Só tenho essa opção? – Maraisa a olhou se mostrando séria.  

— É. – Marília apertou os lábios num jeito conformado.  

— Ótimo, não poderia estar em melhor companhia. Aceito assistir um filme desde que tenhamos pipoca. Posso comer pipoca?  

Medida certa - Malila Onde histórias criam vida. Descubra agora