Bill Kaulitz
Magdeburgo, 2002Nessas últimas semanas, as únicas coisas que venho fazendo são ir para escola, fazer o trabalho de ciências e treinar música com meu irmão. Confesso que não preciso muito mais que isso para sobreviver
A única coisa que faltava para terminarmos o trabalho era montar o experimento, íamos fazer isso na casa de Lilith mais tarde, para podermos apresentar na semana seguinte
Todas as aulas ainda eram completamente desinteressantes, matérias chatas, professores me dando broncas desnecessárias e eu simplesmente não tinha ninguém para conversar. Lilith, além de ser uma alunos exemplar no quesito comportamento, tinha outros amigos, não falava tanto comigo
Eu sinto falta do meu irmão
— Bill Kaulitz- o professor de matemática diz me tirando dos pensamentos- ouviu o que eu disse?
— não- confesso
— lição de casa para segunda feira- ele repete e volta sua atenção para seu livro- página 32 inteira, podem sair
Finalmente! Eu estava livre, o fim de semana ia começar e eu poderia fazer tudo o que eu quiser. Tenho que ver se Tom gostaria de ir na piscina
— Bill- Lilith aparece na minha frente com suas mochilas já nas costas- você vem comigo?
Eu tinha esquecido disso por um segundo, meu final de semana não vai começar tão cedo
— claro, só vou avisar meu irmão- digo me levantando e começando a pegar minhas coisas
...
Eu e Lilith ainda não tínhamos um clima tão agradável, ela tentava falar comigo e eu respondia tranquilamente, adorava ouvir a voz dela, mas tinha alguma conexão faltando
O caminho para a casa da garota não era tão longo, 15 minutos a pé. A casa é enorme, uma mansão, em tons de branco, chique, um lindo e bem tratado gramado verde, definitivamente mais verde que o dos vizinhos
— mamãe, cheguei- ela diz enquanto fecha a porta
O lado de dentro era em tons mais escuros e móveis antigos, parecia uma casa antiga dos anos 30. Era bonito mas passava uma vibe perturbadora
Uma mulher de cabelos loiros artificiais, pele bronzeada, quase laranja, e rosto com mais plástico do que a garrafa pet que iamos usar para o trabalho, aparece descendo as escadas, fazendo um barulho alto com seus saltos enormes e pesados. Além do seu rosto, sua bunda e peitos pareciam ter quilos de silicone
— finalmente- revira os olhos- quem é essa?- me olha de baixo para cima
— É o Bill- ela sorri e a mãe solta uma risada nasal
— é um menino? Achei que era uma garota esquisita, que nem a filha da vizinha- cruza os braços- na minha época, se alguém se vestisse assim, os pais já teria expulsado de casa
— não estamos ma sua época- a garota diz
Quem aquela mulher plástico pensava que era para falar de mim daquele jeito na minha frente? Pelo menos eu não precisava me entupir de botox e preenchimento para parecer mais novo
— tem algo para comermos?
— a cozinheira está doente, por acaso tenho cara de quem cozinha algo para criança? Se virem, vou almoçar com umas amigas
Toda a energia negativa que eu sentia naquela casa estava vindo daquela mulher estranha pelo jeito
— ok. Vem, Bill
A garota segura minha mão, me fazendo sentir o quão macia ela era, e me levou até a cozinha. A cozinha era inteira branca, muito bonita, tinha várias frutas e mantimentos na bancada, tudo de alta qualidade
— podemos fazer macarrão- diz animada abrindo o armário de cima e procurando pela massa- pode pegar para mim?- aponta para a caixa na prateleira de cima do armário
Caminho até ela e olho para cima, coloco as mãos na cintura e a olho
— eu também não alcanço- comprimo os lábios
Lilith olha para os lados e se dirige até a cadeira da mesa da cozinha. Segura ela no alto e a trás para perto de mim. Subo na cadeira enquanto ela segura, pego a caixa de macarrão e desco
— obrigada- sorri pegando a massa de minha mão
Ela organizou as coisas para fazer o macarrão e eu apenas fiquei olhando o que fazia. Eu não sei cozinhar então provavelmente iria atrapalhar se eu tentasse ajudar, já ela parecia gostar do que fazia
Ao acabar ela serve o que fez nos dois pratos, que eu peguei em algum armário, e se senta na minha frente
— espero que goste- diz
Assim que coloco o espaguete na boca, me surpreendo com o sabor delicioso da massa. Como pode ser o melhor macarrão que eu já comi na vida?
— está muito bom!- digo colocando mais um pouco em minha boca
— que bom que gostou- diz animada
Comemos o resto do macarrão enquanto conversávamos sobre nosso trabalho e como íamos apresentar para todo mundo
— sua vizinha deve ser legal- comento terminando de comer- para ser comparada comigo, ela deve ser incrível- digo e ela ri fraco
— Desculpa minha mãe, ela não devia falar de você assim- abaixa a cabeça e larga o garfo
— tudo bem- sorrio- já terminou?
— quase- diz e volta comer sua refeição
...
Estávamos tentando fazer o nosso filtro de água no jardim da casa dela. Juntamos todos os matérias, a primeira coisa que fizemos foi a construção do aparelho com garrafa pet
— coloca primeiro o algodão- digo enquanto ela abria o pacote com bolinhas brancas macias
Assim ela faz, encheu uma boa parte da garrafa com as bolinhas de algodão e logo pegou uma caixa com carvão
— coloca menos que três dedos- digo olhando para ela e assim ela faz- três dedos de areia fina e menos que três de pedra
Após dizer isso ajudo ela a colocar o resto dos materiais dentro da garrafa de plástico. Depois de pronta, fomos até a cozinha e enchemos um copo com água, logo voltamos para o jardim e sujamos o líquido com terra
— será que vai dar certo? - ela pergunta enquanto despejo um pouco da mistura em cima da pedra
Observamos por alguns segundos mas mada aconteceu
— cadê?- pergunto me curvando para tentar ver se ia sair algo e logo começa a pingar gotas de água limpa- deu certo!- digo animado ajeitando minha postura
— sabia que ia dar certo- ela me abraça animada
Retribuo o abraço e ficamos vendo água se transformando em limpa rapidamente, sem soltar do abraço dela por nenhum segundo. O trabalho pode dar muito certo, tinha tudo para ser perfeito
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Eu acho que estou viciada em escrever fanfic com o mini Bill
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AUTOMATIC| Bill Kaulitz
Fanfiction"Não há amor real em você- Por que eu continuo te amando?" Bill Kaulitz fanfic