Capítulo 11 - 50 Tons de Cinza

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Heejin e Yeji eram as melhores amigas de Sooyoung, bom... Pelo o que eu pude perceber, seus assuntos eram muito íntimos, mas claro, fizeram questão de me incluir em tudo, Sooyoung não era tão ruim assim, descobri várias coisas sobre ela, como: ela ter um medo enorme de aranhas, eu tenho bastante medo também, mas Heejin contou que Sooyoung já havia desmaiado por conta disso, o que me tirou boas risadas, havia contado sobre o Regional, as mulheres me parabenizaram, e comemoramos bebendo três garradas de vinho, é claro, eu havia maneirado por conta do carro.

— Bom meninas, já está na hora de irmos embora, marcamos outro dia. — Sooyoung fala cortando a conversas de suas amigas.

— Vai fraca do caralho, não aguenta nem beber. — Heejin diz me arrancando uma gargalhada.

— Vai se foder Jeon, eu bebo mais que você, porém tenho que cuidar da minha enteada. — Ela sorri para Heejin que nega, eu estava um pouco confusa, mas resolvi só me despedir das mulheres antes de voltar para casa.

Sooyoung havia ficado o caminho todo com a cabeça para fora do carro, o que me fez pensar que ela estivesse morta, mas em alguns momentos ela erguia os braços para fora também.

Assim que chegamos em casa, eu guardo o carro na garagem, fico ali por alguns instantes procurando algo que eu não tivesse que descer para pegar, Sooyoung me olhava curiosa, o que me fez fita-la assim também.

— Você é tão linda, pena que é arrogante. — Reviro os olhos dando uma breve risada.

— Me diga algo que eu não sei Ha Sooyoung. — Ela parece pensar por alguns segundos me fazendo arquear as sobrancelhas. — Ok, agora podemos voltar a ter nosso relacionamento afastadas, continuo não gostando de você, saia do meu carro e não bata a porta. — Saio de meu carro vendo-a fazer o mesmo ato entrando dentro de casa com raiva.

Sorrio cinicamente ao vê-la retirando seus saltos, passo pela mulher subindo as escadas indo para meu quarto.

[...]

Chego da escola jogando minha bolsa em algum canto aleatório, já estava de noite, e eu sabia que Sooyoung provavelmente já estaria dormindo, o que me fez pular de alegria, vou até a cozinha pegando tudo o que eu gostava levando para sala, assim ligando a tv em minha série favorita.

Lúcifer.

Enquanto assistia o último episódio vejo a tv apagar, por algum momento pensei que fosse o demônio vindo me buscar, mas não, Ha Sooyoung havia trocado minha série para um de seus filmes bregas.

— Que inferno, por quê você não me deixa em paz um minuto se quer? — Pergunto-lhe enquanto sentava ao meu lado com um pote de pipoca.

— Se retire daqui então. — Ela fala.

Apenas reviro os olhos me afastando dela, logo olhando para tela da televisão, a série havia sido trocada por um filme intitulado "cinquenta tons de cinza".

Sooyoung ficava vidrada com cada cena que se passava, enquanto eu não havia achado nenhuma graça.

Me inclino para pegar a pipoca que estava no pote, vendo-a mesma virar para mim com uma cara nada boa.

— Você tem certeza que sua mão está limpa? — Ela pergunta me fazendo rir internamente.

— Claro que sim, eu acabei de bater uma siririca pro diabo, ele era o personagem principal da série que eu estava assistindo e você interrompeu. — Minto para ver sua reação, que não foi uma das melhores, me fazendo rir. — Agora suas pipocas estão infectadas com o meu gosto. — Ela rapidamente coloca o pote em cima da mesa, fazendo com que eu pegasse e começei a comer.

— Hum, que pipoquinha boa. — Provoco vendo ela me olhar mortalmente.

— Cala a boca, eu quero assistir meu filme, inferno. — Dou de ombros prestando atenção no filme, e merda, tinha tantas cenas de sexo, pego meu celular tirando uma foto da tela escondida mandando para minhas amigas, eu realmente havia ficado chocada com o tipo de conteúdo que a mulher assistia.

Assim que o filme acaba, fito a mesma que me devolve o olhar com dúvida.

— Não era mais fácil ter colocado filme pornô? Aí a gente não teria que escutar esses diálogos sem sentido. — Questiono a mulher que revira os olhos.

— Ai que drama, é só um filme com contexto, é ótimo. — Ela diz se arrumando no sofá.

— Achei horrível, muito sexo explícito. — Minto, aliás, eu não iria falar para mulher que transa com meu pai que eu havia amado a temática de algemas e coisas do tipo.

— Ai S/n, vai me dizer que você é virgem? — Arregalo os olhos.

— Eu não sou virgem Ha Sooyoung, eu só não acho apropriado você assistir isso do meu lado já que eu sou uma "criança". — Ela revira os olhos colocando uma comédia romântica, que já de início havia me arrancado boas risadas.

Sooyoung Pov's

Observo os detalhes do rosto se S/n enquanto ela prestava atenção no final do filme, nós haviamos pela primeira vez nos dado bem sozinhas sem precisar de alguém pra forçar, quer dizer, ela xingou meu filme favorito mas não tem problema, crianças são assim mesmo.

— Ok, eu nunca tinha rido tanto em minha vida. — Ela diz colocando o pote de pipoca sobre a mesa.

— Eu também não. — Vejo-a pegar seu celular e abaixar a cabeça para digitar no aparelho, logo uma mecha de seu cabelo cai sobre seu rosto, e rapidamente eu coloco atrás de sua orelha, ela me olha meio atordoada, mas pareceu intenso demais, automaticamente meu corpo fica atento, e me vem uma imensa vontade de beijá-la, o que me pegou de surpresa.

Logo, mil pensamentos invadem minha cabeça, e sinto meu coração acelerar.

Fito seus lábios rosados entreabertos, estavam tão convidativos... Prefiro não pensar muito, pois a vontade era absurda e o querer também. Nem sequer pensei nas consequências e puxei seu rosto para perto do meu. Capturei seus labios com os meus, com certa delicadeza, antes que ela pudesse se afastar, invadi sua boca com minha língua vendo-a ficar totalmente rendida.

S/n acariciou minha língua com a sua, o que me fez arfar contra sua boca. Apertei sua cintura coberta por uma camisa branca, ela puxava meus cabelos de leve, o que havia me deixado completamente sem o juízo que eu tinha. Fui surpreendida demasiadamente quando S/n quebra o beijo se sentando em meu colo, com uma perna de cada lado.

Agora ela me beijava com mais voracidade, ofegavamos contra nossas bocas, eu já estava com tanto tesão que havia esquecido de quem se tratava. Coloquei as duas mãos sobre sua bunda coberta por um short fino, merda, ela era tão gostosa, sinto meu corpo ferver, então puxo nossos corpos para ficarem mais colados, se é que isso era possível.

Seu corpo definido estava me levando a loucura, me perguntava a todo instante se era possível eu ser capaz de dar conta de uma mulher daquela, porra, eu já disse o quão gostosa ela é? Quando o beijo foi acabando, S/n deu algumas mordidas em meu lábio inferior, eu rapidamente começo a desferir beijos molhados por seu pescoço.

Passei meus meus dedos por seu sexo molhado, o que resultou em um gemido baixo vindo da garota. Como eu queria ouvir mais de onde aquele havia vindo. Afastei seu shorts juntamente com a calcinha, passando os dedos ali, ouvindo um gemido dessa vez alto de S/n que mordeu o lábio inferior. Antes de eu fazer o que eu tanto almejava, sussurro no ouvido da garota, quebrando totalmente nosso clima.

— S/a... — Ela me empurra com leveza se levantando rapidamente, parecia confusa, sua expressão era diferente, ela me olha por alguns segundos logo abaixando sua cabeça, então sai correndo em direção às escadas.

E então volto a realidade.

— Que merda.

Madrasta | Yves/YouOnde histórias criam vida. Descubra agora