Treze

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Sábado

A manhã de sábado foi algo normal, acordei na hora do almoço, comi as sobras que mamãe havia deixado na geladeira e fiquei a manhã toda com ela, assistindo aos canais aleatórios da TV. A partir de uma da tarde comecei a me arrumar e mamãe apareceu em meu quarto, me desejando boa sorte e depositando um selar em minha testa, avisando que iria para o hospital trabalhar. 

Saí do banho e fui escolher minha roupa, como eu não sabia para onde iriamos, optei por algo não tão pesado, vestindo uma saia jeans, um cropped preto e um casaco xadrez vermelho que pertencia ao meu avô. Calcei meu all star preto, ajeitei meus cabelos, passei um perfume leve e um gloss com brilhinhos. 

Peguei minha bolsa, conferindo se meus documentos e meu cartão de crédito estava li, juntamente com um pouquinho de dinheiro que carregava para emergências. Meu celular vibrou, indicando que havia chegado uma mensagem, e eu logo soube que era Zachary. Desbloqueei meu celular e li a mensagem que avisava que ele estava saindo de casa para me buscar, coisa que não demoraria. 

Desci as escadas correndo e a campainha tocou, avisando que Zac estava ali. Abri a porta, saí e tranquei-a, me virei, deparando-se com um Zac bem arrumadinho e cheirando a 212 vip men. O loiro sorriu para mim e me abraçou, fazendo-me sentir ainda mais o cheiro de seu perfume. 

— Está linda. -Sorriu Zac.

Senti minhas bochechas queimarem e eu abaixei minha cabeça, tentado disfarça-las.

— Obrigada. -Murmurei.- Você também está lindo. -Sorri.

Zac me estendeu a mão, que eu prontamente peguei, e fui guiada para o carro. O loiro abriu a porta 'pra mim e eu agradeci, sentei-me, coloquei o cinto e ouvi Zac fechando a porta. Me aconcheguei no banco e avistei ele sentando-se ao meu lado, no banco de motorista, ligando o carro para dar partida. 

— Sem sono hoje? -Perguntou.

Sorri e neguei.

— Sem sono. 

Zac concordou e ligou o som, peguei o celular dele, coloquei a digital do mesmo e abri o Spotify, indo em uma playlist de música latina. Meu Deus, eu falo tanto mal do meu país, mas eu amo ser latina. Comecei a dançar no banco do carro e a cantarolar. Peguei meu celular e comecei a gravar um story para o Instagram, mostrando o caminho para o shopping e sorri, ao ver Zac querendo aparecer no meu vídeo. O loiro cantarolava e batucava a melodia com os dedos no volante. 

Chegamos ao shopping, estacionamos o carro e descemos, indo em direção ao cinema. Compramos nossos ingressos e o filme escolhido foi Aves de Rapina*, sim, eu sou uma nerd de carteirinha! Odeio quando algum homem vem querer bancar o "incrível" conhecedor de quadrinhos, filmes e etc, e querendo desmerecer nós mulheres. Zac comprou a pipoca e os refrigerantes e nos dirigimos para a sala, sentando nas cadeiras do fundo. 

🌙

Assistimos o filme e eu posso dizer, ele foi incrível. A Margot Robbie nasceu para a ser a Harley Queen, se bem que, para mim, ela parece muito mais com a Barbie. Caminhamos pelo shopping, conversando, fofocando, rindo e, as vezes, julgando a roupa de algum coleguinha... Não somos de ferro, okay. 

Zac segurou a minha mão e começou a me puxar para o outro lado do shopping. Franzi as minhas sobrancelhas, não entendendo para onde iriamos, pois o combinado era irmos em uma livraria e não para....Não faço a mínima ideia.

— Para onde vamos? -Perguntei.

O loiro me olhou sorrindo e continuou me puxando para a direção.

— Um lugar muito legal. -Respondeu.

Revirei os olhos e deixei-me ser guiada. Ao ver para onde Zachary estava me levando, senti meus olhinhos brilharem e um sorriso crescer em meu rosto. Lá, no meio do shopping, estava a placa mais feliz da minha vida: QUALQUER LIVRO POR APENAS R$10,00!. Comecei a correr, ultrapassando Zac e puxando seu braço para o centro, sendo ele o puxado da vez. 

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