Aos Olhos Teus.

𝑨𝑵𝑮𝑬𝑳𝑨

4th February, Tuesday
17h10
Chegamos na minha casa. Peguei a chave de baixo do tapete e abri a porta. Logo depois, subimos para o meu quarto.
-- Temos que pensar bem no que vimos hoje. -- Diz Axel ansioso.
-- Jeffred deve comandar isso tudo. -- Diz Robyn pensativa.
-- Será que Aughst era filha do Jeffred? -- Diz Mia pensativa e assustada com a possibilidade.
-- Não! Claro que não! Porque ele mataria a própria filha? Acho que ele queria dar um exemplo sobre o que iria acontecer com ela com uma criança. Até pq a Aughst não tinha morrido esfaqueada? A Megan também. -- Diz Axel apresentando mais uma possibilidade.
-- Quero mostrar um coisa pra vocês... -- Diz Robyn pensativa.
*Robyn pega o caderno, abrindo na primeira página.*
-- "Eu vi um homem chamado Jeffred...ele disse que precisava do meu cerebro para salvar a esposa dele...ele tem 42 anos e sua mulher morreu apos uma invasao em sua casa. As pessoas julgavam ele depois do acontecimento. Ele entrou em depressao profunda e se matou formando um M em seu rosto com uma faca de cortar pão." -- Diz Robyn recitando o trecho do texto de Megan.
-- Aqui diz que Jeffred tem 42 anos e se matou formando um M no seu rosto com uma faca de cortar pão. Jeffred disse PRA MIM que ele tem 43 anos e se matou formando um R em seu rosto. -- Diz Robyn apresentando uma ideia.
-- Ele pode ter feito aniversário, ué. -- Diz Mia.
-- Mas enquanto a inicial que ele cortou em seu rosto? -- Diz Axel pensativo.
-- Se a Megan foi esfaqueada em seu crânio e peito, ele deve ter cortado a inicial dela no rosto dela, né? Ou Jeffred cortou sua inicial no rosto dela? -- Diz Robyn pensando em um possibilidade.
-- Mas quem matou ela não foi o Phelipps? -- Diz Mia retrucando-a.
-- Na gravação, o Phelipps segura a Mia. Pode ser que ele tenha matado ela, mas Jeffred podia ter aproveitado que Phelipps estaria segurando Megan, esfaqueando ela. -- Diz Robyn convencida.
-- Tem muitas hipóteses que pode ter acontecido em relação a Phelipps e Jeffred. Mas ainda não falamos do Brody, o cara dos olhos. -- Diz Axel curioso e ansioso para discutir sobre a figura que havia visto.
Até que...
-- Que barulho é esse? -- Diz Mia curiosa.
-- Acho que meu pai chegou. Vocês esperem aqui e se escondam. Permaneçam calados.
-- 👍🏻 -- acenam Robyn e Mia.
Após o comunicado, Axel foi para a sala de estar para receber seu pai, até que ele recebe uma visita indesejada. Ele entra em casa com uma mulher loira. Ela seus cabelos eram bem grandes, olhos chamativos, e utiliza um batom bem vermelho e seu sorriso é bem estranho. Ela usa um vestido preto e salto alto.
-- Ah, que bom que você já está aí, Axel. Essa é Angela, minha namorada. -- Diz Roger, pai de Axel.
-- Namorada? -- Diz Axel indignado.
-- Chamei ela para um date no tinder, e ela me aceitou mesmo tendo...você. Disse que quer muito ser sua madrasta. -- Diz Roger empolgado.
-- Olá, querido. Espero que me considere como sua mãe de verdad- -- Diz Angela com sua suave voz.
-- Mãe de verdade? MINHA MÃE DE VERDADE MORREU A 10 ANOS!! -- Diz Axel interrompendo Angela. furioso com a notícia, assim, voltando para o seu quarto.
Meu pai ficou furioso, mas conseguiu disfarçar a sua raiva.
-- Me perdoe, querida. É rebeldia de adolescente, sabe como é...Axel geralmente é um bom menino. -- Diz Roger preocupado com a reação de Angela.
-- Sem problemas, sei bem como é.
( 🛏 No quarto de Axel. )
-- Pode sair, gente. -- Diz Axel com uma voz de choro se sentando no chão como estava antes.
-- O que aconteceu, Axel? Seu pai te bateu de novo? -- Diz Mia preocupada se retirando do esconderijo.
-- Como assim seu pai te bate? Que absurdo. -- Diz Robyn.
-- Não, pior. Meu pai arranjou uma namorada no tinder e esqueceu completamente da minha mãe. -- Diz Axel, já chorando.
-- Nossa... -- Diz Mia, abraçando Axel.
*Robyn também se junta ao abraço*
-- Aquela mulher é sinistra. Ela entrou em casa e já me encarou de uma forma muito estranha abrindo um sorriso sinistro.
𝒕𝒐𝒐𝒄 𝒕𝒐𝒐𝒄...
-- Se escondam, galera. No mesmo lugar. -- Diz Axel sussurrando.
Vou caminhando até a porta e assim, eu abro.
-- Olá, eu vim conversar contig- -- Era a Angela, logo depois eu fecho a porta na cara dela.
-- NÃO TENHO PAPO CONTIGO!! SAI DAQUI. -- Diz Axel falando entre a porta.
Até que Angela deixa um papelzinho debaixo da porta escrito: "Você sabe sobre o Jeffred, né?"
Em seguida, eu abro a porta e deixo ela entrar.
-- Então, você sabe mesmo, né? -- Diz Angela surpresa.
-- Sei, e daí? Você também é um capanga dele? -- Diz Axel curioso, mas também zangado com ela.
-- Não, cruzes. Minha filha foi morta por ele. Não sei se você já a viu, mas o nome dela é Aughst. -- Diz Angela sentindo uma lágrima escorrer em seu rosto.
-- Não é possível...Como que isso aconteceu?
-- Eu sou de uma cidade grande. Fui trabalhar como de costume, eu trabalho em uma editora. Eu ajudo na confecção dos livros, tipo nas biografias e sinopse, sabe? Deixei minha filha em casa com a Babá dela, elas eram tão amigas. Enquanto eu estava no trabalho, a Babá me ligou desesperada a dizer que deixou a Aughst brincando na sala e logo foi morta, seu pescoço foi cortado fora. Eu fui rapidamente para casa. Quando eu cheguei, os paramédicos já estavam lá a levando para a ambulância em uma maca. Eu não aguentei, eu comecei a chorar tanto que era de soluçar. Me lembrei de todos os momentos que tivermos juntas, ela tinha apenas 7 aninhos... -- Diz Angela chorando horrores.
*Axel abraça Angela confortando-a*.
-- Moça, nos perdoe por não termos saídos daqui antes de você ter entrado, mas é que eu sou curiosa, então eu permaneci ali. Meus pêsames, viu? -- Diz Mia saindo de seu esconderijo.
-- Eu também tenho problemas com o Jeffred, ele é um filho da puta realmente...e com certeza, tudo isso que tá acontecendo agora é culpa dele. -- Diz Robyn.
-- Obrigada, meninas. -- Diz Angela se recompondo.
-- Estavamos investigando mais sobre a morte da Megan, a jovem que morreu recentemente aqui na cidade. -- Diz Axel apresentando o caso para Angela.
-- Interessante... -- Diz Angela realmente interessada.
-- Junte-se a nós. Axel estava abordando sobre uma outra criatura. Parece ser menos pior do que Jeffred. -- Diz Mia convidando Angela para a "roda da investigação".
Então, Angela se senta junto com os três jovens e começam a conversar sobre.
-- Angela, como sabe que foi Jeffred que matou Aughst? -- Diz Axel interrogando-a.
-- A morte da minha filha ocorreu de tarde. A noite, eu estava prestes a me deitar para dormir, estava sentada na cama. Derrepente, Jeffred aparece se apoiando na minha cômoda segurando a mesma faca que esfaquearam a minha filha. A minha vontade era de gritar de tanto medo que aquilo me trouxe. Logo após, ele me disse: "Pobre Aughst, tão nova...tão indefesa...". "Como conseguiu chegar aqui? O que fazes com essa faca" Digo desesperadamente. Logo ele responde: "Essa faca? A arma que utilizaram para matar sua filha? Essa menina realmente é um presente pra ti, não é? Porque não amassa-lo?". Então, aparece a minha menina cabisbaixa com uma aparência bizarra. Seus cabelos estavam bagunçados, já os seus olhos eram buracos pretos que escorriam um líquido vermelho, ela utilizava uma roupa hospitalar. Apareceram facas ao seu redor que iam perfurando-a. Eu me senti desesperada e então disse "CHEGA!!!". Aughst rapidamente some junto com as facas. Jeffred diz "Quero deixar minha marca como vingança. Após a morte da minha mulher, Anne espalhou para toda a cidade que fui quem matou a minha mulher, e assim, todos começaram a me julgar. Você sabe quem é Anne, não é? Uma mulher ridícula que hoje tem cabelos brancos...na época com seus olhos azuis e cabelos castanhos, amiga da minha mulher, mas já minha? Nunca. Anne tinha ciúmes de mim com a minha mulher, não podia sair de casa com ela, que Anne estava caminhando conosco com sua presença indesejada, sua presença me deixava desconfortável." Fiquei mais chocada ainda com a história que Jeffred havia me contado. Anne é minha mãe nascida em 1949, hoje com 74 anos. Após a fala de Jeffred ele sumiu, deve ser pq falou muito. Levantei da cama, onde eu estava, para examinar os rastros de sangue que jeffred havia deixado, lá estava um papelzinho escrito Jeffred. -- Diz Angela se recordando do acontecimento.
-- Caralho esse Jeffred é brabo, hein. -- Diz Mia surpresa.
-- Reparou só agora, bonita? -- Diz Robyn debochando-a.
-- Espera, então o caso do Jeffred é real?! Porque é usado a expressão "na época"?! -- Diz Axel "encaixando as peças".
-- Puts, pior que pode ser mesmo. -- Diz Robyn pensativa.
Em seguida, Axel se levantou do chão e pegou seu laptop. Assim, abrindo o site de notícias nacional.
-- Pesquisa aí: Caso do Sr.Jeffred. -- Diz Angela guiando-o.
Dito e feito, abrimos a noticia de Jeffred e lá estava as informações.
-- Achei -- Diz Axel ansioso.
-- Então é real mesmo... -- Diz Angela assustada.
-- Fala aí -- Diz Robyn curiosa.
-- Aqui diz que em 1987, Jeffred morreu aos 48 anos. Ele se matou dando um tiro em sua cabeça e fincou uma faca em seu peito.
Amigos relatam que ele se afetou com os julgamentos que recebia pelas costas após sua mulher de 36 anos ser morta em uma invasão de sua própria casa. Publicado em 2000.
-- Tá porra... -- Diz Mia descontrolada.
*Robyn dá um belisco de leve na Mia lembrando-a que Angela estava lá.*
-- VOCÊ TAMBÉM TINHA FALAD- -- Diz Mia indignada.
-- Gente, já é 18h. Eu preciso ir, minha mãe deixa eu ficar fora de casa até as 18h. -- Diz Robyn apressada e interrompendo Mia.
-- Puts, mas já? Tá tão cedo... -- Diz Axel.
-- Pois é...pelo menos conseguimos investigar bem, só interrompemos o brody...podemos falar dele amanhã depois da aula! -- Diz Robyn incluindo Brody na investigação.
-- Claro! Vamos sim. -- Diz Mia ansiosa.
-- Tchau, gente! -- Diz Robyn se despedindo, juntando suas coisas e indo embora.
-- Tchau, Robyn!! -- Dizem todos ao mesmo tempo.
-- Ai, gente, acho que eu já vou embora também. Melhor esperarmos ela pra vermos isso tudo juntos. -- Diz Mia.
-- Ok, então... -- Diz Axel.
-- Tchau, gente!!
-- Tchau, Mia. Se cuide, vá junto com Robyn. -- Diz Angela preocupada.
-- Pode deixar, Angela. Tchau Axel!! -- Diz Mia.
-- Tchauzinho.
Meu dia acabou ali mesmo. Angela, agora minha madrasta, foi para seu quarto e eu permaneci lá. Os pertencentes de investigação permacem comigo. Guardei-os no meu armário.