ㅤ❑. 𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 11: 𝘼 𝙏𝙖𝙡 𝙁𝙚𝙨𝙩𝙖 𝙙𝙤 𝙆𝙞𝙢 𝙂𝙤𝙨𝙩𝙤𝙨𝙖𝙤 ˎˊ˗ .

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Sim, Jung Ho-seok conseguiu arrastar seu melhor amigo rabugento a ir na fucking festa de Kim Nam-joon. Ou melhor, era de seu cunhado, mas ambos sabiam que só estava indo para ver o garoto que fazia seu coração acelerar.

— Você vai ficar com essa cara o tempo todo? — pergunta com um pequeno bico involuntário nos lábios, verificando sua roupa pela milésima vez. Formal demais ou relaxado demais? Esse era seu dilema. Yoon-gi não fez nem o favor de dizer o tema da festa e Ho-seok, completamente nervoso pela ocasião, só se lembrou de perguntar em cima da hora.

— Vou ser obrigado a ver o idiota do Jeon, isso deixa qualquer um de mau humor. — isso, com certeza, era um sim.

Jung pensou que a melhor opção seria ignorá-lo e fingir que ele estava numa boa. Mas essa opção caiu por terra quando viu Min Yoon-gi e Jeon Jung-kook do lado de fora, provavelmente esperando por eles. É claro, tinha que entregar-lhe o convite.

— Oi, Hobi! — Mostrou seu sorriso mais simpático, na intenção de não deixá-lo desconfortável por estar com ele.

Obviamente, Park faria tudo ao contrário. Em menos de cinco minutos de conversa, já teria pedido para beijá-lo, ou coisa pior. Falando no diabo, Yoon-gi teve que o silenciar pois a cada segundo, o baizinho mandava cerca de quinhentas mensagens, xingando-o por tê-lo deixado de fora da festa. Poxa, a única chance que tinha com Hobi e ele deu um jeito de arruinar seus planos maquiavélicos. Bom, sorte do mesmo, não?

— Oi, Yoon-gi. — Retribui o sorriso com seu jeitinho meigo de ser. Isso encantava Yoon-gi de verdade.

Yoon-gi estendeu a mão e lhe entregou dois convites novinhos em folha, o que aliviou um pouco Ho-seok, que não esperava um pingo de responsabilidade vindo de qualquer amigo do garanhão ali.

— Não acredito que me fizeram esperar esse tempo todo por causa de uma porra de um convite. Tenha santa paciência! — claro, o Sr. Reclamão não poderia ficar quieto e deixar de fazer uma queixa sequer. Tae-hyung meio que já estava acostumado, mas não perdeu a oportunidade de revirar os olhos.

Ok, Jung-kook, mantenha-se no plano! disse à si mesmo.

— Podemos entrar? — Jung pareceu ler a mente de todos e Yoon-gi deu espaço para eles entrarem. Nem mesmo deu ouvidos às reclamações de Jeon, já se adaptara às reclamações do mesmo, mas esperava que seus convidados, mais do que, especiais, não se importassem com seu jeito fofo, só que ao contrário, de ser.

Ambos adentraram o salão de festas e os olhinhos travessos e adoráveis de Ho-seok foram logo procurando por Nam-joon e seu adorável par de covinhas. Mas nada. Ok, foda-se o seu cunhado, o negócio era literalmente só ele. E não importava se ele não o conhecia.

— Ok, cadê o Nam-joon? — Cruzou os braços, indo direto ao ponto.

— Vem, comigo, vou te apresentar os meus amigos. — Pegou sua mão, sendo o mais delicado possível.

Hobi não achou nenhum motivo para contestar, então, apenas foi. Aliás, talvez, no caminho, esbarrasse com seu alvo.

Os olhares de Jung-kook e Tae-hyung se cruzam, ao serem deixados sozinhos pelos amigos. Ambos desviam, deixando um Kim emburrado e um Jeon um pouco vermelho.

Tae-hyung não tinha o que fazer ali, apenas soltou um suspiro e iria diretamente ao bar para comer alguma coisa, se é que havia alguma comida ali. Só via bebidas. Quer dizer, isso antes de ser interrompido pelo mesmo segurando sua mão.

— O que você quer? — falou com firmeza.

— Tem uma mesa bem ali. — Aponta, ainda sem jeito de como fazer isso. Limpou a garganta. — Você tem que esperar o Tae-hyung e eu tenho que esperar o Yoon-gi. Eles estão juntos, então... — deixou que completasse o raciocínio em sua cabeça.

— Não sou estúpido como você, já entendi. Tanto faz, afinal. — completamente emburrado, porque realmente não queria estar ali, ele andou na frente do outro em direção à mesa.

Jeon deu de ombros para si mesmo e se sentou bem ao seu lado. Por mais que sua língua coçasse de vontade fazer alguma piadinha provocativa, o personagem era o principal. Se empolgou demais algumas vezes, agora, era hora de levar o plano todo à sério.

— É... — quebrou o silêncio. — Posso te fazer uma pergunta? — talvez fosse o melhor jeito de iniciar essa conversa.

Esse era o grande plano. Deixar o anônimo um pouco de lado e entrar consigo mesmo. Afinal, ele precisava se apaixonar por ele, não por uma conta fake!

— Por que diabos todo mundo resolveu me fazer perguntar estúpidas? — o rabugento disse. — Eu tenho cara de Google agora?! — Ok, talvez tivesse sido um pouco suspeito. Merda...

— D-deixa de ser ignorante! — por que caralhos tinha que gaguejar? Céus, esse plano estava fracassado. — É só uma pergunta que surgiu na minha cabeça do nada, só isso. — talvez tenha explicado na defensiva demais, apenas talvez.

— E por que justamente eu tenho que responder à isso? — O olhou cheio de raiva.

— P-p-porque está do meu lado, estúpido! — Tae-hyung não tinha mais argumentos para contestar, ou apenas estava cansado demais para lidar com o Sr. Competição. — Antes de fazer um telefonema, você costuma ensaiar o que vai dizer? Por quê? — fez sua pergunta, quase dando-se por convencido. Se não respondesse, não haveria como perguntar pelo anônimo, que ele parecia se dar melhor, pois o entregaria de vez, com a faca e o queijo na mão. Claro, iria irritá-lo até conseguir, pois era seu jeitinho.

— Que raio de pergunta... Eu apenas pego o contexto geral da mensagem e guardo na minha cabeça, como se fossem tópicos. Isso ajuda a fluir, na hora de dizer o que eu preciso. Isso responde, cabeça de vento?

— Olha, na verdade, sim. — Sorriu vitorioso. — Obrigado. Vamos comer alguma coisa, enquanto esperamos eles. O que quer? — Pegou o cardápio, estranhamente satisfeito.

Não era o que Tae-hy esperava, mas ele até que estava sendo minimamente gentil e interessante. De qualquer forma, ainda era o babaca que conhecia e, com toda certeza, se não respondesse à droga da pergunta, ele se tornaria em uma peste completa. Não era bom elogiar o que pode facilmente estragar.

ㅤ❑. 𝘼𝙨 36 𝙁𝙤𝙧𝙢𝙖𝙨 𝙙𝙚 𝙈𝙚 𝘼𝙥𝙖𝙞𝙭𝙤𝙣𝙖𝙧 𝙥𝙤𝙧 𝙑𝙤𝙘𝙚 ˎˊ˗ .Onde histórias criam vida. Descubra agora