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Caminhei até o quarto de meu filho, Anthony. Abri a porta de seu quarto com Cautela e o vi sentado no chão Tentando enfiar suas roupas dentro de sua mochila de uma forma totalmente desajeitada, iríamos viajar em breve e para isso, pedi ao mesmo que arrumasse suas coisas.
Me aproximei do mesmo calmamente enquanto ele ainda tentava colocar suas coisas em sua mochila.
-Precisa de ajuda? _ Eu perguntei_
Ele me olhou e concordou com a cabeça.
eu peguei sua mochila e logo comecei a ajeitar as roupas do mesmo ali dentro, e Após fazer isso, fechei a mochila e a entreguei a ele
-pegou todas suas coisas, certo? Não podemos nos atrasar.
-Uhum! Eu já peguei.
-tem certeza? Caso tenha esquecido de algo, não iremos voltar para buscar.
-eu não esqueci de nada, eu tenho certeza.
Ele se levantou, pegou sua mochila a colocando em suas costas.
-Vá para o carro, eu só irei fazer algumas coisas e já irei, tudo bem?
-Sim _o garoto respondeu e em seguida saiu de seu quarto praticamente correndo_
Eu suspirei, saí do quarto e fui até o banheiro e engoli um comprimido para dores de cabeça, no momento, eu não estava sentindo dores em minha cabeça, Porém tenho esse tipo de dor com muita frequência e resolvi tomar o remédio agora para evitar futuras dores.
Olhei meu reflexo no espelho, passei minhas mãos em meus cabelos que estavam grandes e totalmente desajeitados, fazia bastante tempo que eu não cortava meu cabelo Pois, ultimamente não tive tempo de fazer muita coisa.
Coloquei meus óculos e logo sai do banheiro, caminhei até meu quarto para pegar Minhas malas e após isso, fui até o carro.
Coloquei minhas malas no porta-malas até que escutei Anthony me chamando, Então, caminhei até o mesmo e logo vi o garoto abaixado tentando amarrar os cadarços de seu tênis porém falhando miseravelmente ao tentar fazer o ato.
-você fez uma grande confusão aqui em _ eu disse e soltei uma pequena risadinha e logo me abaixei para ajuda-lo_ Perguntarei uma última vez, você pegou todas as suas coisas? _perguntei enquanto desfazia os nós que Anthony havia feito em seus cadarços_
- sim, eu peguei.
- certo _amarrei os cadarços do mesmo e me levantei_ entre no carro e coloque o cinto.
O garoto apenas balançou sua cabeça concordando e logo entrou no carro.
Eu entrei no carro logo em seguida, coloquei meu cinto e comecei a dirigir.
fazia algum tempo que eu não dirigia por quilômetros.
Na maioria das vezes, não temos muitas escolhas, Eu odeio dirigir. Sempre que possível, vou aos lugares a pé, de ônibus ou de trem para viagens mais longas, Mas infelizmente Vayalen não está em nenhuma das principais rotas de ônibus e a estação de trem mais próxima fica realmente longe da cidade então nem adianta muito pegar um trem.
minha única opção foi dirigir, Mas como eu disse uma vez; nem sempre temos escolhas.
- Eu estou com fome _Anthony falou_
-Eu também estou, mas daqui a pouco iremos parar em um lugar incrível para tomar café, certo?
-se eu não como, eu vomito, você sabe disso
-e eu fico com dor de cabeça quando não como, aguenta mais um pouco, não vai demorar para chegarmos, ah e ..não olha pela janela, isso só vai te deixar mais enjoado _precisava tentar distrair Anthony de Algum jeito pois saberia que ele faria a maior birra se não conseguisse o que queria em tal momento, decidi tentar puxar algum assunto com ele_
-você já leu aquele livro que compramos semana passada? _Por incrível que pareça, aos seus 6 anos de idade, Anthony já sabia ler perfeitamente bem e por isso, vivia comprando livros para ele aperfeiçoar mais sua leitura_
- já..
- e o que você achou do livro? Vamos, me conte sobre a história.
-eu não me lembro
-lembra sim. Eu sei que você lembra, Eu também estou de mal humor, vamos tentar mudar isso juntos ou você prefere ficar emburrado a viagem toda? -eu acho que prefiro ficar emburrado toda a viagem.
-tem certeza disso? Se você ficar desse jeito durante toda a viagem, não irei comprar aquele boneco que você vive pedindo e lembre-se que seu aniversário não está muito distante.
O garoto ficou quieto por alguns segundos, parecia estar pensando sobre o que eu havia acabado de dizer.
Ele suspirou e começou a me contar sobre a história, detalhe por detalhe.
Após um tempo, o mesmo havia terminado de contar a história, fiquei quieto por alguns segundos mas não demorei muito para dizer algo. -mas enfim, você gostou da história? _perguntei a ele_
-Mais ou menos, a história me deu um pouco de medo
-ah sim, entendi, mas não precisa ter medo disso, é apenas uma história, não é real, eu já te expliquei sobre isso uma vez.
- então a garota da lenda não existe?
-na verdade eu não sei, talvez ela tenha existido.
O garoto pareceu ficar meio confuso
-eu não entendi ...a história aconteceu de verdade ou não?
-sim e não, não tem como saber se foi verdade.
E mais uma vez, o garoto se mostrou estar confuso.
poucos minutos se passaram Mas agora, Anthony estava dormindo
estacionei o carro em frente a um tipo de restaurante.
olhei em volta e soltei uma pequena risada ao ler o nome do restaurante ''yellow submarine''
automaticamente me lembrei da música dos The Beatles, fui viciado nessa música a alguns anos atrás.
-Anthony? _eu o chamei_ Vamos tomar café
eu disse a Anthony que acordou quase que de imediato e esfregou seus grandes olhos verdes.
Saímos do carro e adentramos no restaurante, Anthony correu em minha frente e se sentou em uma das mesas perto da janela E enquanto isso, fui buscar cardápios para vermos as opções de comida que havia ali.
Me sentei na frente de Anthony, em seguida. Entreguei um dos cardápios a ele.
A garçonete caminhou até a gente para poder anotar os pedidos.
Anthony insistiu por um kit de lanches especializado para crianças (tive a total certeza que ele escolheu aquilo por conta do brinde que vinha junto com o kit, que era uma miniatura de um submarino amarelo)
já eu, pedi apenas um café sem açúcar e um sanduíche.

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