Epílogo

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*Pov Narrador*

30 anos se passaram desde o dia mais difícil de Any chegou. 30 anos desde a morte do seu amor verdadeiro, 30 anos desde o dia e que ela descobriu o real significado de dor.

Não foi nada fácil continuar, foram os piores meses de sua vida. Mas ela não estava só, não mesmo, ela tinha suas amigas, sua família, seus filhos, seu namorado. Sim, namorado. Não, ela não arrumou outro namorado após a morte de Josh, ela jurou a si mesma que seria incapaz de amar alguém novamente. Porém, mesmo que ele não estivesse fisicamente ali, ela sabia que ele estava espiritualmente, no começo foi difícil, mas com o tempo ela aprendeu a se contentar com isso.

Nicolas demorou 3 anos para aprender que Any era sua mãe e o amava mais que tudo, foram 3 difíceis e cansativos anos de trabalho emocional, certamente não é fácil passar por um luto e uma guerra sentimental conta seu próprio filho, mas no final deu tudo certo.

 Lunna sofreu com a morte do pai, logicamente. Mas ela foi forte, muito forte. Ela olhou sempre o lado com e foi a âncora que a mãe precisava para se recuperar, o amor incondicional das duas era maior que qualquer obstáculo. A pequena Lunna agora é uma incrível mulher, assim como sua mãe foi, e construiu uma linda família com seu esposo, Duarte, e seu filhinho, Kyle, em homenagem ao seu pai.

A vida não parou, o tempo continuou correndo, foi doloroso, mas é assim que funciona. Todos seguiram em frente, mas nunca esqueceram o passado. Josh sempre foi e será lembrado entre eles, e em breve a Any será da mesma forma.

- Como se sente, mãe? - Questionou Nicolas, segurando na mão àspera de sua mãe.

- Me sinto fraca Nic. Porém feliz de te ver aqui - respondeu Any, com seua velha e cansada voz.

- Eu também estou feliz de te ver - afirmou o jovem - vim o mais rápido que pude quando o diretor da faculdade me avisou sobre seu estado, me sinto um inútil por não estar aqui quando a senhora precisou

- Não diga bobagem, filho! Você estava trabalhando, não tinha obrigação nenhuma de estar aqui - acariciou a mão do filho, em consolo - deixe de se culpar, a culpa não é sua que a velhice já me atingiu e minha hora esta chegando

- Agora é você que está dizendo bobagem - afirmou o loiro - a senhora não está velha, mãe. Ainda tem muitos anos de vida para me dar puxões de orelha

- Você tá com 35 anos nas costas, Nicolas, não precisa mais de puxões de orelhas meus, vai ficar bem

- Credo, mãe, pare de falar como se isso fosse o fim - reclamou o Nick, temendo pensar sobre

- Só esto sendo realista, meu filho - falou calmamente a mais velha - Mas, mudando de assunto, como está a  Ana?

Está bem, com um barrigão enorme e desejos estranhos, porém bem. Mal posso esperar para a Aurora nascer, mãe - falou, sorridente - é tão assutador a forma como eu nem a vi ainda, mas já sinto que faria qualquer coisa po ela, qualquer coisa mesmo

- Isso é o amor paterno, filho. Você vai aprender em breve que nenhum amor supera o de pais, é um sentimento único

Antes que o garoto pudesse dizer qualquer coisa à mãe, dando continuação ao assunto, a porta do quarto se abriu com tudp faznedo um barulho que anunciava a entrada de Lunna e Kyle. A jovem correu até ao lado do irmão, ficando de frente para a mãe, e entregou seu filho com tudo nos braços de Nick. Em seguida correu ao lado da mãe e segurou sua mão.

- Mamãe, como a senhora está? Vim o mais rápido que pude, nem deu tempo de deixar Kyle com a babá - ofegante, ela despesava as palavras com preocupação - Está com dor? Fome? Consegue falar? E respira? A senhora tá respirando bem?

Juntos Pelo Acaso °{Beauany}°Onde histórias criam vida. Descubra agora