«11» Briga nossa de cada dia

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*Pov Any*

No meio do beijo, daquele beijo, melhor beijo da minh vida, eu percebo o erro que estou cometendo e separo rapidamente nossos lábios.

- Para! Isso não está certo - me levanto rapidamente

- O que não está certo? - Josh franze o cenho

- Isso - aponto para ele e depois para mim algumas vezes

- Nós?

- Nós, o beijo, tudo isso

- Any eu não estou entendendo, o que você quer dizer com isso?

- Que temos que esquecer esse beijo e voltarmos a agir como sempre, foi só calor do momento

- Acha que foi calor do momento? - ele fala e não consigo identificar o que ele está sentindo pelo tom da sua voz

- Eu tenho certeza que foi

- Ótimo - ele se levanta bruscamente - Vá a merda

- É sério que vai começar a me xingar agora?

- Você não queria que esqueçamos tudo e voltemos a agir como sempre? Então é isso o que vai acontecer - o seu tom de voz deixa claro sua indignação e raiva

- Não na parte das brigas

- Impossível, porque não nos aturamos e é humanamente impossível ter algum relacionamento de paz com você - ele fala com sua face estremamente séria e fria

- Comigo? É sério? Você é o fator que faz com que nós dois não consigamos ser amigos

- Puta merda, Gabrielly - ele passa a mão pelo rosto indignado - você é inacreditável

Ele diz e sai da sala batendo o pé. Vou atrás dele e o vejo pegar o seu capacete, chaves da moto e ir até a porta para sair da casa.

- Não deveria andar de moto, os pais da sua filha morreram em um acidente de carro - falo cruzando os braços e me encostando na parede

- ELA NÃO É MINHA FILHA - ele grita puto da vida na minha direção

- Então é de quem? - pergunto calmaaamente olhando em seus olhos

Ele apenas me encara por alguns segundos e sai batendo a porta atrás de si.

Depois é humanamente impossível ter algum relacionamento passivo comigo.

Escuto o choro da Lunna vindo da sala e vou até ela pegando a mesma de dentro do cercadinho.

- Oi, amorzinho - falo com voz doce - está com fome?

Obviamente ela não responde nada, porém seu choro se cessa e então a levo até á cozinha. Coloco Lunna no cadeirão dela e vou preparar uma papinha para ela.

- Dessa eu tenho certeza que você vai gostar - falo cortando um morango- sabe, Lunna, que tal a gente treinar um pouco a fala?

Ela me olha com seus lindos olhos negros e sorrio.

- Fala Any - digo olhando para ela e colocando todas as frutas que cortei dentro do liquidificador - fala A...ny

Ela continua me olhando por um tempo depois vira o rosto.

- Nossa que grossa - falo rindo e derramo um pouco de leite no lidificador - sua mãe era bem mais simpática

Coloco um pouco de manteiga adociada para dar textura e pasta de amendoim. Bato tudo ni liquidificador e depois que chega na consistência de papinha que eu quero, a coloco em um pretinho de bebê.

- Pronta? - pergunto a Lunna me sentando a sua frente e colocando o pratinho no suporte do seu cadeirão - por favor come

Pego um pouco da papinha com a colherzinha e levo até à boca dela que rejeita.

Juntos Pelo Acaso °{Beauany}°Onde histórias criam vida. Descubra agora