•Capítulo 28•

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Finalmente, após andar muito, chego na Praia. Demorou muito pra chegar, pois meu braço doia cada vez mais, me causando mal estar e outras coisas ruins também. Nunca pensei que conseguiria sobreviver e muito menos aguentar dores fortes como esta.
Ao longe avisto algumas pessoas conhecidas e caminho até elas. Porém uma forte fisgada de dor vem diretamente de meu braço ferido. Acabo perdendo minhas forças e caio deitada no chão. Meus olhos estavam prestes a se fechar. Minha visão estava completamente embaçada.
Escuto passos rápidos vindo em minha direção.

-Saiam da frente!- Uma voz masculina ecoa pelo local.- S/n!

Em seguida, apago completamente.

[...]

Após abrir os olhos lentamente, acordo em meu quarto. Minha cabeça pulsava de dor juntamente do meu braço, que agora está enfaixado.

A maçaneta é girada e a porta é aberta por um mulher de cabelos negros e curtos.

-Q-quem é você?- Pergunto confusa.

-Pelo visto não se lembra de mim, não é?- A moça diz enquanto torcia um pano molhado dentro de uma tigela.- Sou a Ann. Do Conselho.- Ela começa a passar o pano em minha testa.

-Ann...- Sussurro seu nome ao tentar me lembrar.

Ann torce o pano úmido mais uma vez na tigela e o passa por cima dos meus ferimentos com um certa força. Com isso, solto um gemido de dor, me deixando com raiva.

-Por que esta aqui!? Não devia estar cuidando da sua vida!?- Tiro o pano de sua mão com brutalidade.

-Na verdade não. Uma pessoa pediu que eu cuidasse de você e limpasse suas feridas.- Ela diz serenamente, após colocar o pano de volta na tigela.

-Eu não preciso de ninguém.- Serro meus olhos nos dela.- Saia do meu quarto, por favor!- Aponto para a porta.

Ao levantar da minha cama, ela suspira.

-Por que eu aceitei fazer esse favor pra aquele idiota?...- A escuto falar consigo mesma.

-Idiota?... Que idiota?- Pergunto, curiosa.

Ann suspira mais uma vez.

-Niragi. Niragi me pediu para fazer isso. E eu não sei o por quê aceitei. Sabe, S/n,- Ela deixa a tigela com o pano molhado em cima da cômoda- você tem razão. Você não precisa ninguém, consegue de virar sozinha.

Em seguida, ela sai do meu quarto, por fim fechando a porta.

-Niragi...- Sussurro seu nome.

Pego a tigela com o pano úmido e limpo meu braço ferido. Em seguida, tomo um banho. Assim que termino, visto uma calça juntamente de um cropped e faço um curativo com faixas que encobriram meu braço por completo.
O sol se pôs e eu estou faminta, então decido ir ao refeitório e comer alguma coisa.

Como sempre, a festa comia solta na praia. As pessoas não cansavam, não se preocupavam com o dia de amanhã e nem se quer com o fato de que poderiam morrer a qualquer hora. As vezes penso que devia ser como elas. Afinal, vivemos só uma vez.
Após esse pensamento, as memórias da minha família vem a tona. Meu pai, minha mãe, Tsuky... Me arrependo profundamente de não ter aproveitado enquanto estavam comigo. Espero me reencontrar com vocês logo.

-S/n?- ouço uma voz feminina logo atrás de mim.

-Kuina.- Digo seu nome assim que a vejo.

-Você está bem? Estava tão quieta e parada ai.- Ela fica ao meu lado enquanto brinca com seu cigarro na boca.

Respiro fundo.

-Esta.- Respiro fundo mais uma vez.- Eu... Vou me deitar. O dia foi muito longo.- Saio andando em direção a escadaria que leva para os quartos da Praia.

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⏰ Última atualização: Sep 27, 2023 ⏰

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𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝑺𝒐𝒖𝒃𝒆 𝑸𝒖𝒆 𝑬́ 𝑽𝒐𝒄𝒆̂... (♤♢𝑵𝒊𝒓𝒂𝒈𝒊 & 𝑺/𝒏♡♧) Onde histórias criam vida. Descubra agora