Han Jisung
A ânsia de vômito voltou quando Minho parou o carro em frente aquele enorme prédio. Eu estava muito nervoso com a entrevista de emprego e aquele prédio era por demais intimidador.
Eu observei as pessoas entrando e saindo dele, com seus ternos de aparência extremamente cara e suas maletas de couro.
Contorci meu rosto em uma careta quando olhei para meu próprio corpo e analisei as roupas do Minho, que ficavam grandes em meu corpo.
Minho percebeu meu desconforto e insegurança e tratou de segurar a minha mão.
Encarei sua mão perfeitamente encaixada na minha e senti um arrepio subir por minha espinha.— Eu sei que só o prédio assusta mas acredite, eu também fiquei assim a primeira vez que meu pai me trouxe para cá. Acredite ou não, até hoje me dá certo arrepio. — Sorriu tranquilizador.
— Nem parece um alpha. — Rimos e ele balançou a cabeça.
— Te garanto que na cama eu sou. — Piscou atrevido e beijou minha bochecha.
— Informação desnecessária. — Revirei os olhos mas apoiei minha mão em sua coxa.
— Preciso te avisar. — Aproximou mais o rosto. — Para quando decidir se entregar para mim não tome um susto. — Bufei audível e comecei a rir.
— Espero que não esteja realmente falando sério. — Tirei minha mão de sua coxa e apertei seu nariz.
— Talvez sim, talvez não. — Destravou as portas e saímos do carro. — Pronto para a aventura?
— Mais ou menos. Estou me sentindo um nada vendo todas essas pessoas importantes e elegantes. — Fez uma careta e me analisou de cima a baixo.
— Vamos passar na sua casa e esse problema será resolvido. — Deu tapinhas leves no meu ombro. — Mas quero deixar bem claro que não acho uma boa idéia, não deveríamos ir lá.
— Já conversamos sobre isso, Minho. E também... — Corei pela vergonha. — Eu tenho esperanças que minha família se arrependa e me peça para voltar. Isso é muito ruim? Eu ainda querer aprovação? Ter esperança de um arrependimento?
— Não quero que crie muitas expectativas, Hannie. — Passou os dedos por meus cabelos. — Eu sei como é ter tantas esperanças e depois ver como as coisas realmente são. — Deu de ombros. — Você não precisa se torturar assim.
— Eu sei mas não consigo evitar. — Assentiu lentamente e suspirou.
— Okay, vamos fazer como você quer. Afinal, você pode até estar dividindo o apartamento comigo mas eu não direito algum de me meter na sua vida.
— Que bom que compreende. — Sorri e ele retribuiu no mesmo segundo. — Então, acho melhor entrarmos logo...
— Uh, tem razão! — Riu parecendo sem graça e apoiou a mão nas minhas costas, me guiando para dentro do prédio.
Era imenso e realmente muito elegante. Me senti um intruso quando vi tantas pessoas cumprimentando o filho do chefe.
O que era bastante curioso, o olhar e a expressão totalmente séria que o mesmo mantinha no rosto era realmente curioso.
Eu vi algumas pessoas ficarem intimidadas e se ajeitarem para o receber, como se ele fosse algum tipo de celebridade ou personalidade importante.
— Sei o que está pensando. — Afirmou enquanto chamava o elevador. — Meu pai sempre diz que devemos manter um pose de profissionalismo e respeito.
— E eu deveria manter essa pose também ou é só para as pessoas importantes e elegantes? — Brinquei.
— Eu acho isso uma completa baboseira, mas aconselho que no começo assuma uma postura. Alguns colegas não serão agradáveis e vão tentar te prejudicar.
— Me prejudicar?
— Sim, se você tiver sucesso no que faz algumas pessoas vão colar em você e outras vão tentar te atrapalhar fazendo de tudo para que fracasse. Estou falando isso porque mesmo sendo o filho herdeiro de tudo isso, já tentaram.
— Uou! Estou começando a ficar realmente nervoso.
— Vou cuidar para que isso não aconteça.
— Mas não acho que aconteceria... — Murmurei e o elevador parou.
— Sim, vai acontecer. Eu tenho certeza que vai se sair muito bem. — Sorriu e eu analisei seu rosto, em busca de alguma coisa que indicasse sinal de brincadeira ou ironia.
"Nada."
"Ele realmente acredita que eu posso?"
— Só uma última coisa... — O elevador abriu as portas e demos de cara com uma porta de vidro escuro. — Meu pai pode ser um pouco... — Pareceu procurar palavras. — Invasivo. — Assenti relutante. — Então não deixe que ele tente te fazer perguntas não profissionais e propostas desagradáveis. — Arregalei os olhos. — O rejeite e ele vai entender. Ele é muito cheio de si, só precisa que você o mostre que para você ele não é nada.
— Mas por que está falando isso? E que tipo de propostas?
— Acho que vai descobrir assim que começar sua entrevista. — Assenti temeroso. — Eu vou entrar com você, mas não estou permitido a falar absolutamente nada. Não deixe que ele intimide você. — Assenti com firmeza e ele abriu a porta.
— Quantas vezes eu já falei que tem que mostrar um pingo de respeito e bater na... — Me assustei mas o mesmo se interrompeu ao nos ver. — Oh, são vocês. Entrem! — Sorriu simpático.
— Trouxe Jisung para a entrevista. — Minho apontou e o senhor me analisou de cima a baixo.
Seus olhos analisaram cada parte do meu corpo e vi seus lábios darem forma a um sorriso malicioso."Acho que entendi o que Minho quis dizer."
...
Heey, espero que estejam gostando ♥
+10 comentários e eu volto :)
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Lightning | Versão Minsung | M.Preg ✔
FanfictionO raio cortou os céus e iluminou tudo ao meu redor. Vi o homem correr até seu carro e ligar os faróis, me cegando por alguns segundos. Eu apaguei diante de seus olhos. Ele me salvou. Ou, Em um dia chuvoso, Han Jisung é expulso de casa após descob...