Quando a brasileira Maria Luiza Salles e Joseph Quinn se encontram continuamente ao longo dos anos ao redor do mundo - Brasil, Califórnia, Las Vegas, Portugal, Londres - os dois percebem que nenhum encontro é por acaso. Mas seria o destino suficient...
Joseph, Oliver, Willie e Rose estavam adorando Portugal! Era a primeira vez de todos eles no país, exceto por Oliver, claro, que havia estado lá a trabalho semanas antes. A turma já havia visitado as belas praias do Algarve e faltava agora dois destinos antes de voltarem à Inglaterra: Porto, onde estavam, e o arquipélago de Açores, para finalizar a viagem com chave de ouro.
- Este lugar é lindo, não acredito que ainda não havia visitado Portugal, é tão perto de casa! - comentava Rose, a namorada de Willie, para os rapazes.
- É verdade. Eu já tinha ouvido falar que Portugal estava se tornando um destino famoso de turismo, mas não imaginava que fosse tão linda assim - concordou seu namorado
- Eu também. Estou adorando cada um dos lugares por onde passamos - dizia Joseph, tirando os óculos escuros de seu rosto e passando a mão por entre os fios de seus cabelos ondulados, que já estavam suados devido ao calor.
- Vamos pedir uma rodada de bebidas e alguns petiscos? - indagou Oliver, que havia trazido com ele sua câmera e estava encarregado de ser o fotógrafo oficial da turma
Eles estavam na cidade do Porto desde a noite anterior e, naquela manhã, haviam visitado a Catedral da cidade e feito compras em um centro comercial. Para aquela tarde, haviam decidido conhecer o Cais do Porto, por indicação de um comerciante local. "Tem música ao vivo todas as tardes e é ponto de encontro de jovens e turistas ao lado da ponte mais charmosa da cidade. Vocês vão gostar muito".
Foi ali, em frente à Ponte Luiz I, que o grupo de amigos britânicos almoçava. Eles aproveitaram para descansar e conversar enquanto diversas pessoas caminhavam pela calçada - a maioria dela, também turistas.
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Enquanto os amigos papeavam, descansavam e comiam, Joseph Quinn estava levemente distraído pelo vai e vem dos barcos e das balsas passando por baixo da ponte. Ele adorava viajar, conhecer novas culturas e observar pessoas e seus comportamentos. Joe reparava nas mesas espalhadas pelo cais, com famílias, casais e crianças. Ele gostava de ver seus atos e comportamentos, como as pessoas interagiam entre si e suas expressões faciais e reações. Era fascinante para ele poder observar as pessoas sem ser notado, pois Joseph era muito criativo e curioso, e isso também o ajudava na sua profissão de ator.
Em poucos minutos, ainda observando os arredores, Joseph nota um adolescente com Síndrome de Down a um restaurante de distância. Ele trajava uma camiseta azul clara e bermuda cargo bege e carregava uma bandeja com bebidas. Joe não pode deixar de notar o semblante de felicidade do rapaz, que parecia muito simpático e sorria o tempo todo. O garoto saía de dentro do restaurante ao lado e caminhava em passos cuidadosos, sorrindo, indo em direção à uma mesa também no calçadão do Cais do Porto.
Em seguida, Joe observa uma moça ruiva se aproximar do menino e sente seu coração acelerar e também um nó no estômago que somente a ansiedade o fazia sentir. Imediatamente, Joe lembra de Maria Luiza, que desde o primeiro encontro lhe falava sobre Pedro, seu irmão com Síndrome de Down e por quem ela e seus pais tinham ido morar nos Estados Unidos quando ele nasceu, devido a seus problemas de saúde.
